Paralisação no Porto de Lisboa pode estar a colocar em causa abastecimento das ilhas

De acordo com matéria publicada no jornal I, no passado dia 19, a greve dos estivadores - que tem tido como foco principal o Porto de Lisboa e as mercadorias dele desviadas para os portos de Setúbal e da Figueira da Foz - tem originado uma carência de produtos nas regiões autónomas da Madeira e dos Açores. A informação pode, assim, entrar em contradição com a efectiva aplicação dos serviços mínimos impostos pelo Executivo, decretados para suprir tal carência.

A luta laboral dos trabalhadores afectos ao Sindicato dos Estivadores do Centro e Sul e as reivindicações das operadoras portuárias têm estado no centro do debate, num antagonismo que parece não ter fim à vista: os estivadores iniciaram a paralisação no passado dia 20 de Abril e prevê-se que esta se prolongue até dia 16 de Julho. A estagnação do Porto de Lisboa levou à imposição de serviços mínimos, já que a paralisação colocou em causa, segundo a FIPA (Federação das Indústrias Portuguesas Agro-alimentares), o abastecimento das ilhas.

Ao jornal, a federação garante que a paralisação poderá colocar em causa os dados das exportações nacionais, ainda que o caso mais premente e flagrante seja mesmo o do abastecimento das regiões autónomas, que, de acordo com Pedro Queirós, director-geral da FIPA, não possuem alternativa ao transporte realizado por via marítima. Noticia o jornal I que existem mais de 200 contentores com atrasos superiores a uma semana no prazo de expedição aos clientes no porto de Lisboa.

23/05/2016
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