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Uns dias nos Estados Unidos
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Uns dias nos Estados Unidos
Não é por acaso que a economia americana cresce a 3% ou mais.
É uma sensação única estar na Universidade de Harvard a assistir à cerimónia de graduação de um filho como Master in Law (Mestre em Direito). A cerimónia é absolutamente impressionante, com milhares e milhares de pessoas a participarem.
Houve vários doutores ‘honoris causa’, nove mais precisamente, dois deles bem conhecidos dos portugueses: um, o ex-Presidente Fernando Henrique Cardoso – o que não deixa de ser simbólico no momento que o Brasil atravessa –, o outro, Steven Spielberg, que da parte da tarde fez uma intervenção. Mas mais algumas notas há a reter destes dias nos Estados Unidos.
Em primeiro lugar, a sensação que se recolhe, ouvindo vozes variadas, de que Donald Trump começa a ser um sério candidato e a ameaça que ele representa é levada cada vez mais a sério. Isto enquanto Hillary Clinton se vai digladiando com a história da violação da lei na questão dos segredos de Estado por causa do uso de e-mails privados. E Sanders faz os impossíveis para tentar ainda, pelo menos, empatar com Hillary.
Em segundo lugar, e ponto interessante aqui nos Estados Unidos, é a fraquíssima qualidade dos comboios. Aliás, eles têm poucas linhas de caminho de ferro e usam fundamentalmente o carro, o metro e autocarros. Os comboios não chegam a horas, os espaços interiores são de má qualidade e são caríssimos. Por exemplo, uma viagem de 300 km custa 130 dólares, mas essa é talvez a nota pior, porque a impressão geral é a de que é completamente diferente o pulsar da economia dos Estados Unidos em relação à da Europa.
Para já, mesmo aqui em toda esta área entre Washington, Nova Iorque, Providence e Boston vê-se muita zona verde, muitos lagos, muita água, muito espaço cuidado, mas também muita indústria do mais variado tipo. Como sabemos, na Europa e concretamente em Portugal, e não só, é cada vez mais serviços e cada vez menos agricultura e menos indústria. Nos EUA o equilíbrio entre os três setores é completamente diferente. Não é por acaso que a economia americana cresce a 3% ou mais, enquanto a economia europeia faz das fraquezas forças para crescer 1,5%. E é isso que se sente nas ruas e pelos campos, nas cidades e nos seus arredores.
Já agora, a propósito de equilíbrio e espaços verdes. Convinha que todos os presidentes de Câmara que querem fazer grandes mudanças nas suas cidades viajassem muito e conhecessem muito para poderem comparar. Não pensem que me estou a referir ao caso de Lisboa. Refiro-me a todos. Boston é um exemplo típico de uma cidade onde extraordinários espaços verdes e boas zonas de circulação para os transportes públicos coexistem com livre circulação automóvel. Há também, como é natural, uma grande diferença no parque automóvel, mas essa é outra questão.
Ler mais em: http://www.cmjornal.xl.pt/opiniao/colunistas/pedro_santana_lopes/detalhe/uns_dias_nos_estados_unidos.html
PEDRO SANTANA LOPES
27.05.2016 01:45
Correio da Manhã
É uma sensação única estar na Universidade de Harvard a assistir à cerimónia de graduação de um filho como Master in Law (Mestre em Direito). A cerimónia é absolutamente impressionante, com milhares e milhares de pessoas a participarem.
Houve vários doutores ‘honoris causa’, nove mais precisamente, dois deles bem conhecidos dos portugueses: um, o ex-Presidente Fernando Henrique Cardoso – o que não deixa de ser simbólico no momento que o Brasil atravessa –, o outro, Steven Spielberg, que da parte da tarde fez uma intervenção. Mas mais algumas notas há a reter destes dias nos Estados Unidos.
Em primeiro lugar, a sensação que se recolhe, ouvindo vozes variadas, de que Donald Trump começa a ser um sério candidato e a ameaça que ele representa é levada cada vez mais a sério. Isto enquanto Hillary Clinton se vai digladiando com a história da violação da lei na questão dos segredos de Estado por causa do uso de e-mails privados. E Sanders faz os impossíveis para tentar ainda, pelo menos, empatar com Hillary.
Em segundo lugar, e ponto interessante aqui nos Estados Unidos, é a fraquíssima qualidade dos comboios. Aliás, eles têm poucas linhas de caminho de ferro e usam fundamentalmente o carro, o metro e autocarros. Os comboios não chegam a horas, os espaços interiores são de má qualidade e são caríssimos. Por exemplo, uma viagem de 300 km custa 130 dólares, mas essa é talvez a nota pior, porque a impressão geral é a de que é completamente diferente o pulsar da economia dos Estados Unidos em relação à da Europa.
Para já, mesmo aqui em toda esta área entre Washington, Nova Iorque, Providence e Boston vê-se muita zona verde, muitos lagos, muita água, muito espaço cuidado, mas também muita indústria do mais variado tipo. Como sabemos, na Europa e concretamente em Portugal, e não só, é cada vez mais serviços e cada vez menos agricultura e menos indústria. Nos EUA o equilíbrio entre os três setores é completamente diferente. Não é por acaso que a economia americana cresce a 3% ou mais, enquanto a economia europeia faz das fraquezas forças para crescer 1,5%. E é isso que se sente nas ruas e pelos campos, nas cidades e nos seus arredores.
Já agora, a propósito de equilíbrio e espaços verdes. Convinha que todos os presidentes de Câmara que querem fazer grandes mudanças nas suas cidades viajassem muito e conhecessem muito para poderem comparar. Não pensem que me estou a referir ao caso de Lisboa. Refiro-me a todos. Boston é um exemplo típico de uma cidade onde extraordinários espaços verdes e boas zonas de circulação para os transportes públicos coexistem com livre circulação automóvel. Há também, como é natural, uma grande diferença no parque automóvel, mas essa é outra questão.
Ler mais em: http://www.cmjornal.xl.pt/opiniao/colunistas/pedro_santana_lopes/detalhe/uns_dias_nos_estados_unidos.html
PEDRO SANTANA LOPES
27.05.2016 01:45
Correio da Manhã
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