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As fragilidades da União Europeia
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As fragilidades da União Europeia
Nesta data, e particularmente pelo que toca aos interesses portugueses, na relação institucional com a União Europeia, é a área financeira que continua a destacar-se como se fosse uma variável independente da conjuntura em que nos encontramos, e na qual avultam riscos que escapam à abrangência das ideologias orçamentalistas que parecem independentizar da realidade os organismos datados do poder de tomar decisões e, ao que parece, imunes dos deveres de justificação. Ao lado deste privilegiado estatuto, também acontece que cabe nas competências, ou liberdades assumidas, de um presidente de partido europeu pedir, (uma excelente palavra para estatuto de submissão) à Comissão Europeia que as sanções previstas no Tratado Orçamental sejam usadas contra Espanha e Portugal, na "maior força", isto é, na expressão benevolente de Soromenho-Marques, usando "a subtileza de um carro blindado". Mais uma vez essa pequena instância da União mostra que ignora o facto de ter circunstância exterior a que não pode escapar, tal como cada um dos seus membros, em relação aos quais, todavia, como na ONU, vigora crescentemente uma espécie de hierarquia não legalmente prevista, em termos de os culparem pelas consequências das políticas que decidem eurocraticamente impor--lhes, sem real conhecimento das condições de cada sociedade envolvida. Esta distância constante da circunstância externa, numa organização que não é um Estado, e uma complexidade de governança que mostra perder racionalidade, leva a acontecer-lhe estar a enfrentar riscos externos que não previu, e cuja importância cresce em face das debilidades internas que descura. Sobre estas multiplicam-se os textos de interessados no europeísmo com que sonharam e não desejam decadente. Mas começam a sobressair as exigências que dizem respeito à segurança da União que não é Estado mas tem o anúncio de conflitos que trazem a segurança militar para o primeiro plano. A nossa Revista Militar, sobretudo o n.º 25, de abril do ano corrente, trata com profundidade e clareza suficiente para eleitores, do contexto internacional que a União, e cada membro, designadamente Portugal, estão a enfrentar. Embora se tenha habituado a agir como se não tivesse circunstância, os riscos, as ruturas, as incertezas da evolução do mal conhecido globalismo não deixarão de atingir. Com evidência do facto de a União não ser um Estado e por isso não ter voz própria no Conselho de Segurança, onde são a França e a Inglaterra que possuem lugar e não segura inquietação quanto ao futuro da União, a começar pelo conceito estratégico que lhe falta. O general Pinto Ramalho sintetizou naquela revista que vivemos uma nova ordem internacional, marcada pela conjuntura estratégica atual em que se salientam os desafios à paz e à estabilidade internacionais, a situação no Médio Oriente, a barbárie conduzida pelo autodenominado Estado Islâmico, a situação na Síria, no Iraque, na Líbia, incluindo a interrogação em como lidar com o futuro de Bashar al-Assad, não esquecendo recordar a postura estratégia da Rússia pela voz inequívoca de Putin, e as divisões internas de Estados europeus, onde a relação de confiança entre o eleitorado e os governos está afetada. O enérgico presidente de partido que exige severidade e energia nas sanções que reclama em nome da ideologia orçamental poderia alargar essa preocupação à indagação de onde estão os recursos previstos para enfrentar, e nos termos preconizados pela responsável da segurança europeia, a ameaça à paz. A metodologia das multas não deve chegar.
01 DE JUNHO DE 2016
00:00
Adriano Moreira
Diário de Notícias
01 DE JUNHO DE 2016
00:00
Adriano Moreira
Diário de Notícias
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