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Evolução do PIB foi suportada apenas pela procura interna
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Evolução do PIB foi suportada apenas pela procura interna
Dados das Contas Nacionais revelam ligeira revisão em alta do PIB no primeiro trimestre e queda do investimento. Números do INE reflectem que crescimento da economia portuguesa continua a ser suportado pelo consumo privado, defende Rui Bernardes Serra, economista-chefe do Montepio.
A ligeira revisão em alta do crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) no primeiro trimestre de 2016, de 0,1% para 0,2%, juntamente com a queda homóloga de 2,2% do investimento, revela que a economia portuguesa está a ser suportada apenas pela procura interna, com o crescimento do consumo privado.
A análise é do economista-chefe do Montepio, Rui Bernardes Serra, que admitiu ao Económico ter recebido “uma surpresa negativa” com os números ontem divulgados nas Contas Nacionais Trimestrais.
O INE anunciou uma ligeira revisão em alta do crescimento do PIB face às estimativas divulgadas a 13 de Maio último, mas o investimento caiu pela primeira vez desde 2013, numa altura em que as previsões económicas do Governo estão dependentes da retoma do investimento. Ao mesmo tempo, as exportações caíram, enquanto o consumo privado manteve o ritmo de crescimento que já vinha do último trimestre de 2015.
Para o economista-chefe do Montepio, Rui Bernardes Serra, estes dados confirmam o aspecto essencial do perfil de crescimento já avançado aquando da estimativa inicial, a 13 de Maio.
A principal excepção, defendeu, recaiu no investimento em capital fixo (FBCF): “acabou por observar uma queda, mas recaindo sobre dados revistos em alta, com a descida de 1,6% que tinha sido anteriormente reportada pelo INE para a FBCF no quarto trimestre”. Esta revisão em alta do investimento, prossegue, justificava, em parte, as “estimativas de regresso do agregado aos crescimentos no primeiro trimestre, na medida em que a FBCF também já tinha caído intensamente no terceiro trimestre de 2015 – a ser revista para um ligeiro acréscimo de 0,2%”.
Segundo Rui Bernardes Serra, esta surpresa negativa da FBCF acabou por ser compensada por um crescimento ligeiramente superior do consumo privado e por um contributo positivo do investimento em existências.
“A economia foi, assim, como esperado, suportada apenas pela procura interna, e reflectindo essencialmente o crescimento do consumo privado, apesar de o consumo público também ter crescido ligeiramente e o investimento total até ter crescido marginalmente (+0.02%), com as exportações líquidas a penalizarem a actividade económica, reflectindo uma queda das exportações e um acréscimo das importações”, defendeu o economista-chefe do Montepio.
Com efeito, explicou, a procura interna apresentou um contributo positivo de 0,9 pontos percentuais (p.p.) para o crescimento em cadeia do PIB no primeiro trimestre, depois de já ter apresentado um contributo positivo de 0.2 p.p. no trimestre anterior (menos 0,4 p.p. no terceiro trimestre de 2015), “reflectindo essencialmente o forte crescimento de 1,3% do consumo privado, em aceleração (mais 0,1% no trimestre anterior, revisto em baixa em 0,1 p.p.) e apresentando um contributo de 0,9 p.p. para o crescimento do PIB (+0.1 p,p. no quarto trimestre de 2015)”.
Rui Bernardes Serra destaca que o consumo público está a suportar também a procura interna (mais 0,3%, contra um aumento de 0,1% no quarto trimestre de 2015, revisto dos anteriores 0,0%), num contexto de estabilização do investimento.
“A estabilização do investimento total esteve associada a uma queda do investimento em capital fixo (FBCF), que contraiu 1.2% (+0,2% no quarto trimestre, revisto dos anteriores menos 1,6%), apresentando um contributo negativo de 0,2 p.p., mas que foi compensada pelo contributo positivo da variação de existências (+0,2 p.p, contra um acréscimo de 0,1 p.p. no trimestre anterior)”, afirma este responsável.
Angola e China penalizam exportações
Já sobre as exportações líquidas conclui: “apresentaram um forte contributo negativo de 0.7 p.p., indo inteiramente ao encontro das nossas expectativas e depois de terem apresentado um contributo nulo no trimestre anterior (revisto dos anteriores mais 0.3 p.p.)”. Este resultado, recorda, reflecte um decréscimo das exportações (menos 0.7% que compara com acréscimo de 1,9% no quarto trimestre e uma subida das importações (mais 1%, face a um aumento de 1,7%.
“As exportações terão sido bastante penalizadas, no primeiro trimestre, pela queda das exportações para Angola e para a China (por exemplo, carros da Autoeuropa, neste caso), mas também pelas greves dos trabalhadores da refinaria de Sines realizadas ao longo do trimestre, cujo efeito negativo provocado deverá ser revertido no decurso deste trimestre”, realça Rui Bernardes Serra.
01/06/2016 às 09:38
Jornal Floripa
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