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Queda de arribas. Os avisos são inúteis
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Queda de arribas. Os avisos são inúteis
As notícias de ontem sobre a queda de arribas em praias algarvias trouxeram de novo a lume a discussão sobre a responsabilidade individual.
As autoridades têm alertado para o perigo de se apanhar banhos de sol, ou de fugir a eles, junto às arribas de determinadas praias. É perigoso, pois ninguém pode prever um desmoronamento e, como tal, cabe aos cidadãos optarem por não escolher esses locais.
Como não é proibido ir para essas zonas, os banhistas acreditam que as arribas são seguras como rochas, o que, como sabemos, não é verdade. Também não é mentira que as pessoas têm o direito de correr esse risco. O que seria do Algarve se praias lindíssimas como a da Marinha fossem de acesso proibido? É impensável que tal aconteça e, por isso, todos os anos haveremos de falar do perigo dos desmoronamentos e os utilizadores dessas praias haverão de continuar a fazer ouvidos de mercador, que é como quem diz que não vão ligar nenhuma.
Se acontecer, de facto, uma tragédia, pode ser que se coloque em questão se se deve ou não multar quem vá para zonas perigosas. Como sabemos, os portugueses funcionam muito bem com os castigos e adoram fazer de polícias sempre que veem alguém furar a lei. Basta ver o que se passa nas estradas quando algum automobilista faz uma manobra que não põe ninguém em causa, mas contraria o Código da Estrada. Parece que os restantes automobilistas são polícias sinaleiros. O mesmo se passa quando algum condutor vai na faixa da esquerda nas autoestradas e não sai porque já vai a 120 quilómetros por hora, o máximo permitido por lei. Mas não reparam é que também é proibido andar nessa faixa se não for para ultrapassar os outros carros.
Se algum dia passar a ser proibido estender a toalha de banho junto às arribas, não vão faltar polícias de ocasião que tratarão de chamar as autoridades competentes. Até lá, a conversa será a mesma de sempre. Que bem que se está debaixo desta sombra. O pior é mesmo quando a sombra cai...
08/08/2016
Vítor Rainho
vitor.rainho@newsplex.pt
Jornal i
As autoridades têm alertado para o perigo de se apanhar banhos de sol, ou de fugir a eles, junto às arribas de determinadas praias. É perigoso, pois ninguém pode prever um desmoronamento e, como tal, cabe aos cidadãos optarem por não escolher esses locais.
Como não é proibido ir para essas zonas, os banhistas acreditam que as arribas são seguras como rochas, o que, como sabemos, não é verdade. Também não é mentira que as pessoas têm o direito de correr esse risco. O que seria do Algarve se praias lindíssimas como a da Marinha fossem de acesso proibido? É impensável que tal aconteça e, por isso, todos os anos haveremos de falar do perigo dos desmoronamentos e os utilizadores dessas praias haverão de continuar a fazer ouvidos de mercador, que é como quem diz que não vão ligar nenhuma.
Se acontecer, de facto, uma tragédia, pode ser que se coloque em questão se se deve ou não multar quem vá para zonas perigosas. Como sabemos, os portugueses funcionam muito bem com os castigos e adoram fazer de polícias sempre que veem alguém furar a lei. Basta ver o que se passa nas estradas quando algum automobilista faz uma manobra que não põe ninguém em causa, mas contraria o Código da Estrada. Parece que os restantes automobilistas são polícias sinaleiros. O mesmo se passa quando algum condutor vai na faixa da esquerda nas autoestradas e não sai porque já vai a 120 quilómetros por hora, o máximo permitido por lei. Mas não reparam é que também é proibido andar nessa faixa se não for para ultrapassar os outros carros.
Se algum dia passar a ser proibido estender a toalha de banho junto às arribas, não vão faltar polícias de ocasião que tratarão de chamar as autoridades competentes. Até lá, a conversa será a mesma de sempre. Que bem que se está debaixo desta sombra. O pior é mesmo quando a sombra cai...
08/08/2016
Vítor Rainho
vitor.rainho@newsplex.pt
Jornal i
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