Infraestruturas de Portugal passa de prejuízos de 12,2 milhões a lucros de 5,1 milhões

A empresa que gere as estradas de Portugal, IP – Infraestruturas de Portugal, atingiu um resultado líquido positivo no final do primeiro semestre de 5,1 milhões de euros face aos 12,2 milhões de euros negativos registados em termos homólogos. Esta evolução sob a batuta de António Ramalho, que irá para o Novo Banco assim que o BCE aprovar a sua idoneidade, deve-se à subida das receitas das portagens (8%) e à subida das receitas do transportes ferroviários (11%).

O EBITDA registou um decréscimo de 3% face ao primeiro semestre de 2015, fixando-se em 307 milhões de euros, em resultado da reversão das reduções remuneratórias que geraram o agravamento dos gastos com pessoal.

"Do lado da receita rodoviária há a destacar o comportamento positivo das portagens que registaram um crescimento de 8% quando comparado com período homólogo de 2015", diz a empresa.

"Pese embora a manutenção do nível de utilização da infraestrutura ferroviária e
estabilidade das tarifas, foi possível atingir 50 milhões de euros em receitas de serviços ferroviários, o que representa um crescimento de 11% em relação ao verificado no mesmo período de 2015", diz o comunicado enviado à CMVM.

No que respeita aos gastos decorrentes com conservação, os mesmos mantiveram-se estáveis assegurando um nível adequado de performance da infraestrutura.

Os resultados financeiros apresentaram uma recuperação na ordem dos 29 milhões de euros, diz a empresa sem especificar em que activos financeiros realizou aqueles resultados.

Em termos de endividamento. O déficit de financiamento neste semestre (excluindo reembolsos de dívida) situou-se nos 487 milhões de euros, o que representa 37% da totalidade do valor previsto para 2016.

A IP termina o semestre com 3.495 milhões de euros de capital social, fruto do aumento de capital de 400 milhões de euros integralmente subscrito e realizado e uma dívida financeira, em termos nominais, de 8.215 milhões de euros.

Do ponto de vista da Empresa, o maior desafio continua a ser o financiamento da sua actividade de investimento quer na rodovia quer na ferrovia.

A empresa do Estado é agora presidida por António Laranjo.

00:17 h
Económico