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Crónica de bem-dizer

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Mensagem por Admin Qui Set 01, 2016 10:20 am

António Guterres e Rui Moreira são muito desprendidos dos aparelhos partidários, das lógicas de exercício e manutenção de poder convencionais, podendo assim exercer a política com a nobreza que está subjacente à sua razão de existir.

Não estamos habituados a ter uma cultura suficientemente forte de promoção e divulgação do que se faz bem, do mérito, da qualidade. É óbvio que exultamos com os feitos da Selecção, com uma ou outra transcendência mais mediática, quando alguém, que não um de nós, diz bem do que somos ou do que fazemos. De resto, a nossa tradição funda-se muito nas cantigas de escárnio e maldizer; os trovadores de antanho recorriam à matéria-prima mais fácil e abundante e souberam torná-la apetecível, perdurando esta abundância e apetite até aos dias de hoje.

Contrariando esta tendência, que é também muitas vezes minha, dedico esta crónica ao registo do que temos tido de melhor num período em que tudo parece mau.

   1. Começo por falar de António Guterres, o bem posicionado candidato ao cargo de Secretário-Geral da ONU. Tenho ouvido muito que seria excelente termos um Secretário-Geral português. Será tão bom como termos tido um português à frente da Comissão Europeia, e um pouco melhor dos que rejubilaram com um português à frente do Goldman Sachs. Lamento, mas se chegar lá, Guterres não poderá, nem quererá, dar um “jeitinho” a Portugal; e ainda bem. Este tipo de contentamento, que assumidamente partilho, é uma coisa meramente emotiva, a roçar a parolice de quem não vive o sucesso com normalidade.

O que me satisfaz nesta caminhada de Guterres, na cada vez mais real possibilidade de ocupar a Secretaria-Geral da ONU, é ter a confiança de que o cargo será bem ocupado. Guterres foi, no meu julgamento, um mau primeiro-ministro; um homem sério, bem formado, mas que não foi talhado para chefiar aqueles governos naquela conjuntura. O cargo de Alto Comissário deu-lhe a oportunidade de pôr a render os seus talentos, de se realizar e de mostrar ao mundo as suas notáveis qualidades naquele que é, para já, o maior desafio humanitário do século. Conciliador, discreto e eficaz, Guterres assumiu por mérito próprio um papel incontornável no plano das relações entre os Estados, pondo sempre a Pessoa no centro da sua acção. Aliar este humanismo militante à eficácia política que foi demonstrando, consolida uma vertente diplomática que é essencial na direcção do futuro das Nações Unidas.

Se Guterres lá chegar, como espero, terá a árdua tarefa de restaurar o papel e a credibilidade da ONU, num mundo que se transforma a uma velocidade estonteante. O mundo bipolar e previsível da guerra fria deu origem a uma nova ordem unipolar, liderada pelos EUA, mas cada vez mais pulverizada em termos dos actores e das suas formas de intervenção no quadro internacional. Guterres terá de lidar com os Estados, com os para-Estados e os Estados falhados. Será preciso muita sensibilidade, muito bom senso, muita eficácia política e diplomática, uma mundividência equilibrada e sempre actualizada. O carácter e o perfil de António Guterres encerram todas estas qualidades. O facto de ser um promotor de consensos e um homem de paz prometem o melhor. Quanto ao resto, Portugal tem todo o interesse na reabilitação e bom funcionamento da ONU, como qualquer outro Estado de bem. Por isso, e só por isso, deveremos celebrar se tal acontecer.

   2. Nunca se viu o Porto tão bonito, tão animado, tão justamente orgulhoso de si mesmo. Andar este Verão nas ruas do Porto é um gosto para quem gosta de Portugal. A cada esquina abre uma loja interessante com clientela lá dentro. Em cada ruela, muitas outrora mal-afamadas, recupera-se a beleza e o carácter de uma casa com passado. Em cada praia, na areia limpa, encontramos os típicos tripeiros em convívio com estrangeiros de todo o lado. Hotéis de bom gosto, independentemente das estrelas, e restaurantes de qualidade, independentemente dos preços, acolhem os locais e os turistas. As ruas não têm os buracos de Lisboa e de outras grandes cidades europeias. A cidade está limpa e bem iluminada. A rede de transportes melhora. A segurança, geral e natural, conforta quem a vive e quem a visita. Por fim, e muito importante, a cidade tornou-se, muito graças à acção do visionário Paulo Cunha e Silva, um pólo cultural de excelência.

Rui Moreira soube romper com a tradição autárquica da cidade e imprimir uma nova visão política global, fruto da sua permanente reflexão sobre o futuro das cidades e da sua afirmação no contexto europeu, atirando o Porto de braços abertos para o futuro. De forma simples, podemos afirmar que o melhor que aconteceu ao Porto foi a passagem radical de uma visão provinciana, para um modo de estar e de pensar cosmopolita. Ao contrário do que alguns Velhos do Restelo diziam, esta modernidade cosmopolita do Porto tem sido compaginada com rigor, boas contas e gestão transparente. Tem sido feita entre a defesa dos que ali vivem e a recepção de braços abertos a quem visita e se deslumbra. Faltará ainda que alguns agentes políticos e económicos adiram a esta onda de crescimento, em detrimento do exagerado centralismo que os tem deslumbrado. Mas o Porto, esse, já ninguém o conseguirá parar.

   3. Esta crónica de bem-dizer focou-se em dois homens e na sua acção pública. António Guterres e Rui Moreira são dos actores políticos, aqueles em que os portugueses seguramente mais se revêem. Não é, como alguns propalam, por não estarem a ser políticos; são ambos, e ainda bem, eminentemente políticos. Estão, isso sim, muito desprendidos dos aparelhos partidários, das lógicas de exercício e manutenção de poder convencionais, podendo exercer a política com a nobreza que está subjacente à sua razão de existir e que lógicas perversas do exercício do poder se encarregaram de ofuscar. Humildade à parte, valeria a pena parar para pensar um bocadinho nisto.

00:05 h
Raul de Almeida, Consultor
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