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Comércio e cultura
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Comércio e cultura
O que vale um ator de cinema? Não é uma pergunta estatística, muito menos financeira. É, isso sim, uma questão simbólica que as décadas recentes, através do poder universal dos blockbusters, conseguiram banalizar. Isto porque, pela conjugação do marketing mais simplista e da imprensa menos curiosa, os espectadores têm sido (des)educados para avaliar os filmes de forma pueril, pelos milhões que custaram ou pelos efeitos especiais que exibem... A generalização é redutora? Claro que sim. E importa reconhecer que, apesar de tudo, o mercado tem sabido recuperar alguma salutar diversidade. Podemos, talvez, relançar a pergunta inicial de forma menos simpática: no presente, onde está um ator que ocupe um lugar artístico (e possua um estatuto mitológico) idêntico ao de Kirk Douglas? E vale a pena responder de modo a evitar um jogo simplista entre "melhores" e "piores". Não é isso que está em causa. Acontece que ninguém ocupa o lugar de Kirk Douglas porque, em boa verdade, o sistema de produção que sustentava a sua imagem já não existe.Vendo ou revendo filmes agora programados pela Cinemateca, como O Grande Carnaval (Billy Wilder, 1951) ou Homem sem Rumo (King Vidor, 1955), deparamos com um sistema de produção que, de facto, possuía um programa de trabalho para os seus atores, envolvendo uma visão plural do fator humano. Mesmo Spartacus (Stanley Kubrick, 1960), prenúncio de uma crise aguda de todo o sistema de Hollywood, existia a partir de valores narrativos e afetivos em que a figura do ator ocupava um lugar nuclear. Daí o desafio comercial e cultural dos nossos dias: um jovem que tenha aprendido a olhar apenas através da "velocidade" dos jogos de vídeo sabe ver a complexidade da presença de Kirk Douglas face a uma câmara de filmar?
06 DE SETEMBRO DE 2016
00:02
João Lopes
Diário de Notícias
06 DE SETEMBRO DE 2016
00:02
João Lopes
Diário de Notícias
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