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    Mensagem por Admin Qua Set 14, 2016 10:53 am

    É evidente que a paz, no sentido de ausência de guerras, é o valor mais importante da ordem internacional, e por isso são tão objeto de estudo e até venerações os que foram considerados dignos de integrar a linha dos chamados projetistas da paz, dos quais Kant aparece de regra como referência cimeira. Tão essencial parece esse valor, nas relações internacionais mas também na vida habitual interna das sociedades políticas estaduais, que não tendo conseguido um modelo de "mundo único", e, como que de maneira absurda, a ameaça ou efetivação da ameaça de guerra originou a prática das alianças, que tendo por definição um interesse comum identificado é a partir do real que definem a lealdade e partilha de contributos e sacrifícios.

    No século XX tivemos uma experiência ao mesmo tempo penosa e gratificante, que foi acontecer que a ordem proclamada pela ONU para reger o "mundo único" e "a terra casa comum dos homens" foi posta em pousio pela Ordem dos Pactos Militares, a NATO e o Pacto de Varsóvia, que por meio século assegurava, na síntese do agora celebrado Aron, um regime de "guerra impossível e paz improvável", que durou de 1947 a 1991. Depois do fim da Guerra Fria, marcada historicamente pelo derrube do Muro de Berlim, as coisas não evoluíram no sentido de restituir forças à ONU e ao seu projeto. No lado ocidental ainda havia quem anunciasse "o fim da história" com o modelo da democracia, ela também plural nas definições propostas, mas os que foram chamados "órfãos do sovietismo", e os subdesenvolvidos ocidentais, acabaram por fazer nascer e prosperar uma linha de contestação que nesta data foi olhada por Charillon como tendo subido da provocação ao turbilhão, em que finalmente nos encontramos envolvidos. Infelizmente, o fim da Guerra Fria não impediu o Vietname, a Síria, a Líbia, o Iraque, a Coreia do Norte, que cresce de agressividade anunciada, ou que o Irão se posicionasse como um embaraço para os EUA, onde a doutrina do fim da história parecia acreditar na revogação definitiva do anúncio bíblico.

    Em vez do regresso aos projetos do fim da guerra mundial, o que aconteceu foi desenvolver-se uma espécie de articulação latente ou firmada contra o verificado domínio de potências, entre as quais os EUA sempre foram destacados, e de facto estabelecendo sedes inspiradas que não escondem o problema de saber se, e como, a ONU poderá retomar a função que para ela foi sonhada pelos fundadores. A começar pelo Conselho de Segurança, designadamente na sua relação com a crise que sacode a União Europeia a partir da circunstância que a rodeia, e onde o turbilhão das emigrações e da multiforme agitação muçulmana a encontra sem as capacidades jurídicas de Estado, e dos seus membros estão no Conselho a Inglaterra e a França, que dificilmente poderão secundarizar as dificuldades privativas em favor do interesse comum europeu. O facto é que o turbilhão de componentes variados mudou a circunstância em que, já passadas décadas, os ocidentais escreveram as suas propostas para um novo mundo, que evoluiu sem previsão a respeito das diferenças de leitura que seria feita pelos Estados que se multiplicaram, livres da tutela colonial, e em geral considerando que esses ocidentais tinham sido os maiores agressores dos tempos modernos.

    Os proclamados vencedores da Segunda Guerra Mundial tiveram suficientes motivos para reconhecer que apenas não a tinham perdido, e que a paz estava longe de ser um valor respeitado em termos de impedir novas catástrofes militares. Os Estados falhados multiplicaram-se, os emergentes não alinharam todos pela cooperação, a crise económica e financeira mundial fez que os deserdados do progresso somassem parcelas consideráveis da maioria dos antigos dominadores, de tal modo que o turbilhão atingiu os alicerces das antigas sedes imperiais. Por tudo, o tema das origens da ordem política, que tanto ocupa Fukuyama, abriu um novo capítulo de busca, para encontrar uma resposta ao turbilhão, que detenha as violações em progresso dos princípios. É evidente que também poderão triunfar diferentes princípios, destinados a reger uma utopia escondida no mar desconhecido que é o futuro. Por enquanto, e vista a nossa debilidade de prospetiva, todos os dias comprovada pelas surpresas, conviria não esquecer que a história é a única base de apoio, e esta não é nesta data diferente da descrição do comportamento dos utopianos de Morus, quanto ao jogo que chamou "combate dos vícios e das virtudes", e que descreve deste modo: "Mostrar este último [jogo] com evidência a anarquia dos vícios, o ódio que os separa, e no entanto o seu perfeito acordo quando se trata de atacar as virtudes." Mostra ainda quais são os vícios opostos a cada uma das virtudes, e "como aqueles atacam estas violenta e abertamente, ou por meio de astúcia e de processos desviados".

    A esperança do final feliz é lastimável que seja tão débil como a que orientou a criação da ONU, forte na convicção de que o turbilhão recebera um ponto final. O panorama atual não permite todavia imaginar que pelo menos a ilha da Utopia está à vista, embora tenha sido imaginada, segundo Morus, agora celebrados por um marinheiro português, Hitlodeu, o que mereceu a meditação de muitos dos nossos escritores, dos quais Pinharanda Gomes salientou Fernando de Mello Moser, que em Morus destacou os "Caminhos da Perfeição Humana". Mas sem localizar a ilha.

    14 DE SETEMBRO DE 2016
    00:00
    Adriano Moreira
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