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Falta-lhe "um bocadinho de falta de experiência"
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Falta-lhe "um bocadinho de falta de experiência"
Se Passos Coelho é, pelo seu comportamento, um dos principais seguros de vida de António Costa, parece cada vez mais que Mário Centeno é o seguro de vida de Pedro Passos Coelho. O verão foi horribilis para o ministro das Finanças - o caso Galp, as trapalhadas em torno da CGD, sucessivas notícias sobre supostos aumentos do IMI - e agora tudo parece apontar para que com o Orçamento do Estado (OE) para 2017 as coisas não melhorem (já para não falar do facto de ter insuflado a ideia de segundo resgate).
Ontem, Centeno passou todo o dia a meter os pés pelas mãos em relação a supostos aumentos de impostos indiretos e a uma diminuição global da carga fiscal (o que interessa a um cidadão comum que a carga fiscal global diminua se a sua carga fiscal individual até pode aumentar?). Se a situação já era confusa, mais confusa ficou, e a isto há que somar a opacidade governamental em torno dos novos escalões do IRS.
Também ontem, mas em Madrid, Jorge Jesus explicou a derrota do Sporting com uma frase que só imaginamos o próprio Jesus a dizer: "Faltou-nos um bocadinho de falta de experiência." Isto, traduzindo de jesuês para português, quer dizer exatamente o contrário: à sua equipa faltou a experiência.
Ora é justamente este o problema de Centeno: falta-lhe "um bocadinho de falta de experiência". E já se percebeu que não melhora com o passar do tempo, pelo contrário. Não se está a querer reduzir o problema do ministro a um problema de comunicação. É muito mais do que isso, é de substância, quando se percebe, por exemplo, que as famosas políticas de dinamização da procura interna em nada têm incentivado o crescimento económico (que é anémico). Mas mesmo nestas circunstâncias, quando o conteúdo das políticas falha, o que se precisa é de um ministro das Finanças que explique com clareza o que pensa em vez de se enrolar em contradições. A comunicação não é só o "embrulho" da ação política. É em si mesma uma questão substantiva, porque é pela capacidade de os decisores políticos comunicarem que os cidadãos escrutinam a sua ação e fazem as suas escolhas.
O caso Centeno só prova, mais uma vez, que nos cargos políticos de topo o que falta são políticos profissionais e não académicos recrutados em gabinetes de estudo imunes à vida concreta das pessoas.
15 DE SETEMBRO DE 2016
00:02
João Pedro Henriques
Diário de Notícias
Ontem, Centeno passou todo o dia a meter os pés pelas mãos em relação a supostos aumentos de impostos indiretos e a uma diminuição global da carga fiscal (o que interessa a um cidadão comum que a carga fiscal global diminua se a sua carga fiscal individual até pode aumentar?). Se a situação já era confusa, mais confusa ficou, e a isto há que somar a opacidade governamental em torno dos novos escalões do IRS.
Também ontem, mas em Madrid, Jorge Jesus explicou a derrota do Sporting com uma frase que só imaginamos o próprio Jesus a dizer: "Faltou-nos um bocadinho de falta de experiência." Isto, traduzindo de jesuês para português, quer dizer exatamente o contrário: à sua equipa faltou a experiência.
Ora é justamente este o problema de Centeno: falta-lhe "um bocadinho de falta de experiência". E já se percebeu que não melhora com o passar do tempo, pelo contrário. Não se está a querer reduzir o problema do ministro a um problema de comunicação. É muito mais do que isso, é de substância, quando se percebe, por exemplo, que as famosas políticas de dinamização da procura interna em nada têm incentivado o crescimento económico (que é anémico). Mas mesmo nestas circunstâncias, quando o conteúdo das políticas falha, o que se precisa é de um ministro das Finanças que explique com clareza o que pensa em vez de se enrolar em contradições. A comunicação não é só o "embrulho" da ação política. É em si mesma uma questão substantiva, porque é pela capacidade de os decisores políticos comunicarem que os cidadãos escrutinam a sua ação e fazem as suas escolhas.
O caso Centeno só prova, mais uma vez, que nos cargos políticos de topo o que falta são políticos profissionais e não académicos recrutados em gabinetes de estudo imunes à vida concreta das pessoas.
15 DE SETEMBRO DE 2016
00:02
João Pedro Henriques
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