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Por dentro dos dias - Barreiro: Os cidadãos têm um papel na preservação da imagem e na limpeza da cidade
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Por dentro dos dias - Barreiro: Os cidadãos têm um papel na preservação da imagem e na limpeza da cidade
«Agradeço o contributo que o ‘Rostos’ tem dado na divulgação da nossa actividade», Horácio Alves da Academia de Judo do Barreiro
Ao fim da tarde, na minha rua, fui espreitar os contentores do lixo. Fala-se tanto no estado de limpeza nas ruas que, quis , ao menos, confirmar se por aqui a situação era idêntica. Levei comigo a máquina fotográfica e registei, hoje, dia 29 de Setembro, 18 horas, a imagem demonstra. Impecável.
Hoje, o dia começou marcado por cargas negativas. Costumo ir pela manhã comprar o jornal. Gosto de ler o jornal, sentir o papel.
No caminho, comecei por encontrar uma pessoa que não via há algum tempo. Olhou-me de revês, é daquelas pessoas que não me falam, não sei porquê, nem devido a quê, ou talvez sei, coisas de «ódios políticos». Nunca lhe fiz mal, nunca me intrometi na vida dele, nunca o prejudiquei, mas, isto de ter opções e ter opiniões, paga-se com este tipo de «desprezos». Aprendi a viver com eles. É vida e na vida como dizia o poeta – primeiro estranha-se e depois entranha-se… são muitos anos a viver coisas verosimilhantes. Apenas registo.
Mas, depois, lá chegaram, chegam sempre as cargas positivas.
“Bom dia”, disse para uma pessoa que me olhava, como querendo cumprimentar. Não estava a reconhecer.
“É o Sousa Pereira, do jornal «Rostos»?” – perguntou-me. “Sim, sou!”, disse-lhe.
“Tenho muito prazer em o conhecer pessoalmente. Tenho conversado consigo via e-mail. Sou o Horácio Alves da Academia de Judo do Barreiro. Agradeço o contributo que o ‘Rostos’ tem dado na divulgação da nossa actividade”, referiu.
Após cumprimentos, combinámos agendar um encontro.
Quero dizer-vos que isto acontece muitas vezes, pessoas que, na rua, por mero acaso, cumprimentam e referem o ‘Rostos’, o trabalho que o jornal realiza e que solicitam a nossa presença em reportagem e na análise de situações.
Muitas vezes, de facto, não correspondemos devido à falta de recursos humanos. Mas, estamos conscientes do nosso contributo para divulgar a vida e as dinâmicas locais. É que há mais vida, muito mais vida, que aquela vivida pelos corredores dos «poderes».
Estava sentado a ler as últimas páginas de um livro, apaixonante - «Mikia Matcho», de Filinto de Barros – uma obra que nos permite entrar no mundo da Guiné – Bissau. Sentir anos de história, de aculturação e de continuação da aculturação. Um livro que toca e permite pensar sobre as ideologias e as memórias de um passado recente e remoto do Cristianismo, do Islamismo, do Marxismo, as tradições e dos efeitos do colonialismo.
Embebido na leitura, nem dei pela presença da Lina Nogueira, que estava por trás de mim a espreitar. Uma amiga, a quem chamei «Mexicana».
“Nunca ninguém me chamou mexicana”, disse e sorriu.
Foi uma prazer reencontrá-la. Vamos indo por aí…
Ao fim da tarde, na minha rua, fui espreitar os contentores do lixo. Fala-se tanto no estado de limpeza nas ruas que, quis , ao menos, confirmar se por aqui a situação era idêntica. Levei comigo a máquina fotográfica e registei, hoje, dia 29 de Setembro, 18 horas, a imagem demonstra. Impecável.
Nem sempre é assim posso confirmar, mas, na maior parte das vezes, não é um problema de recolha dos resíduos urbanos, é a colocação exagerada de monos – cadeiras, armários, electrodomésticos, livros e cadernos, espalhados pelo chão ( apesar de a poucos metros estarem localizados, os contentores da AMARSUL). E, nestes casos, compreendo perfeitamente, que não há nenhum serviço de recolha – seja numa Câmara gerida pela CDU, PS, PSD; CDS ou BE – que consiga dar respostas eficazes. Eu próprio, me penitencio, já por vezes, tenho colocado monos. Embora, procure situações que nada lá esteja, de forma a não acrescentar lixo ao lixo.
Há cidades, por essa Europa, onde não se vê lixo nas ruas, porque há horas especificas que o mesmo deve ser colocado na rua pelos cidadãos, e, quando assim não o fazem estão sujeitos a coimas. Os cidadãos sabem que têm um papel na preservação da imagem e na limpeza da cidade.
Eu compreendo e até percebo que em Portugal existam estas situações, quando, de facto, a recolha organizada e sistematizada dos lixos urbanos é um assunto, intimamente ligado ao surgimento e desenvolvimento do Poder Local, nascido com o 25 de Abril.
Ainda há muita educação cívica para fazer. Todos temos muito que aprender sobre esta matéria e, principalmente, preparar as novas gerações para novos hábitos. Isto é um problema cultural.
Depois, há situações, que conheço muito bem, que nada têm a ver com o sistema de recolha de lixos urbanos, são locais, de zonas não habitadas, ou de antigas fábricas, onde, qualquer um, pela calada da noite coloca tudo e mais alguma coisa, dando, sem dúvida o contributo para imagens terceiros mundistas, no nosso espaço urbano.
São situações que alguns puristas, aproveitam para desancar em tudo e em todos. Por vezes, até tendo alguma razão, e ser justo, denunciarem a existência destas lamentáveis situações, pecam quando passam para o patamar de ofender e denegrir os portugueses, rotulando-os de tudo, desde ignorantes, passando por outras adjectivações. É pena, parece que sofrem de xenofobia.
Pronto ficam estes registos.
Ah, é verdade. Recebi um e-mail que ainda não percebi bem, vou ter que ler e reler. Sim, é verdade, antigamente eram cartas, agora são e-mail’s. É mais fácil, é mais rápido. Depois digo qualquer coisa. Vou pensar.
É que, é importante sublinhar, esta coisa de escrever «por dentro dos dias», quero que seja, para mim, um exercício diário de cidadania, de sentir, olhar e partilhar este tempo que vivo. É isto e apenas isto.
António Sousa Pereira
29.09.2016 - 19:03
Rostos.pt
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