Porto de Algeciras abre concurso para terceiro terminal

Até 30 de Novembro está aberto um concurso para a concessão de um terceiro terminal de contentores no porto de Algeciras por 50 anos, informa o jornal espanhol Transporte XXI na sua última edição. De acordo com o jornal, o objectivo é tornar o porto “uma grande referência portuária para o tráfego internacional no Mediterrâneo”.

Segundo o mesmo órgão de informação, o concessionário deve propor a automatização no porto, por via de soluções que confiram àquela infra-estrutura uma tipologia, pelo menos, semi-automática.

De acordo com a mesma fonte, o candidato terá que propor um tráfego mínimo de mercadorias não inferior a 400 mil TEU ou 250 mil TEU, respectivamente, no quinto ano da concessão, conforme a oferta inclua a entrada em funcionamento do terminal de uma só vez ou por fases.

Na segunda hipótese, a construção e a exploração do terminal serão feitas em duas fases (a primeira, numa superfície mínima de 15 hectares e que deverá arrancar até dois anos após a atribuição da concessão, e a segunda, que prevê o arranque até cinco anos depois da concessão).

O concurso prevê igualmente que os candidatos sejam operadores com experiência no capital social de terminais que mobilizem mais de 400 mil TEU por ano ou empresas de transporte marítimo que movimentem mais de dois milhões de TEU. O prazo de 50 anos é considerado aquele que “permite um retorno económico satisfatório para o concessionário”.

O terminal terá uma superfície de 305.150 metros quadrados na Fase B da Ilha Verde Exterior, no denominado molhe Este, com uma linha de atracagem de 680 metros e calado de 18,5 metros, refere o jornal. O molhe será ampliado até um máximo de 810 metros, “permitindo a atracagem de dois mega-navios em simultâneo”, refere o mesmo meio de informação, acrescentando que a capacidade máxima a concurso deverá ser “superior a 1,2 milhões de TEU”.

Diz ainda o jornal que a autoridade portuária prevê uma ampliação do molhe de 680 metros, que colocará em concessão com mais 130 metros, e cujas obras terão um prazo de dois anos para serem concluídas a partir da outorga da concessão.

Jornal da Economia do Mar