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Mapa: Portugal com a quarta maior dívida do mundo
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Mapa: Portugal com a quarta maior dívida do mundo
A dívida mundial não pára de crescer – já é o dobro do PIB anual – e o problema é ainda mais preocupante em Portugal. Veja o mapa da dívida e do défice das principais economias mundiais.
128,4% do PIB em 2016 e 128,2% do PIB em 2017. São estas as estimativas avançadas esta semana pelo Fundo Monetário Internacional para a dívida pública de Portugal.
A previsão até aponta para uma descida face ao peso da dívida pública em Portugal no ano passado (129% do PIB em 2015). E se as previsões se confirmarem, este será o segundo ano consecutivo de descida da dívida, o que em Portugal já não acontecia há muitos anos.
Apesar de a trajectória descendente ser uma novidade positiva, o elevado valor do peso da dívida pública na economia é notório, sobretudo quando se compara com os restantes países.
No lote das 35 economias desenvolvidas que foram seleccionadas pelo FMI, Portugal surge com a quarta maior dívida. O Japão lidera (com uma dívida que chegará a 253% do PIB em 2017), sendo que a Grécia e também Itália surgem com um registo pior do que Portugal.
As projecções do FMI para um horizonte temporal mais alargado (2021), apontam para que a dívida pública em Portugal continue a descer nos próximos anos, mas a um ritmo lento, já que dentro de cinco anos Portugal estará no pódio das economias desenvolvidas mais endividadas do mundo. Segundo as projecções do FMI, a dívida pública em Portugal estará em 125,9% do PIB, já acima do registado pela Itália (125% do PIB).
Se as previsões apontam para um ligeiro decréscimo na dívida pública em Portugal nos próximos anos, os valores actuais devem-se um forte crescimento no passado mais recente. Há menos de 10 anos o peso da dívida na economia era quase metade do actual – situava-se em 68,4% do PIB em 2007. No mesmo ano a média das economias desenvolvidas era de 71,7% e este ano deverá situar-se em 108,6% do PIB. Na Zona Euro passou de uma média de 64,9% do PIB para 91,7% do PIB.
Veja no mapa em baixo as estimativas do FMI para a dívida pública e o défice, em 2016 e 2017, de um conjunto de países seleccionados.
Mundo deve o dobro daquilo que produz anualmente
O elevado endividamento está longe de ser um problema exclusivo de Portugal e o relatório do FMI mostra-o de forma clara.
Nunca as famílias, empresas e Estados deveram tanto dinheiro como agora. O sector não financeiro tem uma dívida global equivalente a 225% do PIB mundial. São 152 biliões de dólares (sim, com "B") ou 136 biliões de euros. Tomando como referência o actual PIB nacional, Portugal precisaria de mais de 750 anos para produzir o mesmo.
O relatório do FMI é acompanhado por um artigo escrito por Vítor Gaspar, director do departamento de Assuntos Orçamentais, e Marialuz Moreno Badia. Os autores notam que esta é a primeira vez que se conhece a dimensão da dívida não financeira do mundo inteiro. "O quadro não é bonito", admitem. Dos 152 biliões de dólares, 100 biliões estão no sector privado: famílias e empresas. O restante é dos Estados.
O elevado endividamento dos agentes económicos constitui um dos principais travões ao crescimento económico, especialmente preocupante nas economias avançadas, onde alguma dívida privada migrou para o sector público. "Embora não haja consenso sobre a partir de quando [a dívida] é excessiva, os actuais níveis de endividamento, 225% do PIB mundial, estão em máximos históricos", lê-se no Fiscal Monitor, publicado esta quarta-feira, 5 de Outubro. "As implicações negativas de dívida privada em excesso para o crescimento e estabilidade financeira [sublinham] a necessidade de desalavancagem em alguns países."
O problema é que o crescimento débil torna este ajustamento muito desafiante. Desalavancar agora tornará um crescimento fraco ainda mais frágil.
Os técnicos do Fundo notam que, em média, os processos de redução do endividamento duram cinco anos. No entanto, a actual desalavancagem, iniciada em 2009, está a demorar muito mais tempo. Até agora, a diminuição dos rácios de dívida privada representa apenas um terço dos ajustamentos passados. O principal responsável é, como já foi referido, o crescimento.
O FMI recomenda que o endividamento excessivo seja resolvido com políticas de promoção do crescimento, especialmente para a Zona Euro, que tem avançado lentamente na resolução dos problemas na banca. As soluções podem variar, dependendo da margem orçamental de cada país, mas devem envolver soluções desenhadas pelo Governo, como subsídios para credores para aumentarem as maturidades ou criar veículos de compra de activos. Até ao final deste ano, o Governo português deverá apresentar uma solução para o malparado dos bancos.
NUNO CARREGUEIRO | nc@negocios.pt, NUNO AGUIAR | naguiar@negocios.pt | 08 Outubro 2016, 10:00
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