Procurar
Tópicos semelhantes
Entrar
Últimos assuntos
Tópicos mais visitados
Quem está conectado?
Há 52 usuários online :: 0 registrados, 0 invisíveis e 52 visitantes :: 1 motor de buscaNenhum
O recorde de usuários online foi de 864 em Sex Fev 03, 2017 11:03 pm
Viagens mais caras, famílias mais pobres
Página 1 de 1
Viagens mais caras, famílias mais pobres
O novo modelo de mobilidade, que define o subsídio social ao transporte aéreo e terrestre entre o continente e as regiões autónomas foi feito à pressa pelo PSD, e por pressão eleitoral (na altura, disputavam-se as legislativas nacionais). E por ter sido feito à pressa, vem confirmar o adágio popular: o que nasce torto, jamais se endireita.
Hoje, os madeirenses pagam as viagens mais caras de que há memória, contradizendo indiscutivelmente toda a propaganda que o Governo Regional PSD tem encetado para forçar demonstrar o socialmente indemonstrável: que este modelo é melhor.
Não pretenderei alocar neste breve texto as soluções que o Movimento JPP apresentou na Assembleia Legislativa Regional para corrigir as lacunas existentes. As propostas foram tornadas públicas e globalmente pretenderiam a eliminação dos 60 dias para o reembolso (que acabou por vingar), a eliminação do teto dos 400 euros, inclusão de todos os estudantes (independentemente da sua idade) no estatuto de estudante, aumentos do reembolso para quem adquira bilhetes com antecedência e situações de exceção para emergências familiares ou médicas.
O executivo regional nega - contra todas as evidências do mercado - que a existência de um teto máximo (de 400 euros) não se traduziu num aumento brutal dos bilhetes. Mentira! Está, hoje, comprovadamente assumido – também pelos agentes de viagens, funcionários dos CTT e das companhias aéreas – que este novo (e caro) modelo trouxe viagens mais caras, especuladas pelo preço máximo. Saem prejudicados os madeirenses, que continuam sem uma verdadeira política de mobilidade, as famílias que são obrigadas a desembolsar muitas vezes preços exorbitantes para dar futuro aos seus filhos, os estudantes e os doentes.
Por incrível que pareça, o executivo regional não se questiona onde, nesta conjuntura adversa, vão as famílias buscar o dinheiro para fazer face a esses preços. Pois, não haverá aqui uma pretensa desresponsabilização governamental perante uma necessidade social premente, que também atira de forma contundente a responsabilidade para os cidadãos?
Com este modelo, que ultimamente tem vindo a mostrar que o mercado se está a sobrepor à regulação social, competência do Estado e da Região, fica mais explícito que quem ficou a ganhar foram as companhias aéreas. Todas elas, inclusive a TAP, na altura privatizada pelo PSD/CDS, à espreita coincidentemente desta oportunidade dos 400 euros (teto máximo).
Recorde-se que, em abril do ano passado, o então Primeiro-Ministro Passos Coelho, por entre sorrisos do executivo regional, veio anunciar aos cidadãos da Madeira e do Porto Santo “viagens mais baratas”. Apenas sete meses depois, o preço médio das viagens em novembro rondava os 350, 00€, tendo atingido no Natal valores acima dos 550,00€, sem direito a reembolso.
Agora que a Assembleia considerou um compromisso pluripartidário para um entendimento comum, tenta-se ganhar tempo para ouvir este ou aquele, e para chutar como sempre para o “inimigo” da República, que muda de adjetivo conforme a terminologia da “maioria”.
Élvio Sousa
Diário de Notícias da Madeira
Segunda, 10 de Outubro de 2016
Tópicos semelhantes
» Pobres de espírito estão mais pobres
» DESIGUALDADE: E se os oito mais ricos deixassem de ser tão ricos o que ganhavam os pobres com isso?
» Os impostos indiretos penalizam mais os pobres?
» DESIGUALDADE: E se os oito mais ricos deixassem de ser tão ricos o que ganhavam os pobres com isso?
» Os impostos indiretos penalizam mais os pobres?
Página 1 de 1
Permissões neste sub-fórum
Não podes responder a tópicos
|
|
Qui Dez 28, 2017 3:16 pm por Admin
» Apanhar o comboio
Seg Abr 17, 2017 11:24 am por Admin
» O que pode Lisboa aprender com Berlim
Seg Abr 17, 2017 11:20 am por Admin
» A outra austeridade
Seg Abr 17, 2017 11:16 am por Admin
» Artigo de opinião de Maria Otília de Souza: «O papel dos custos na economia das empresas»
Seg Abr 17, 2017 10:57 am por Admin
» Recorde de maior porta-contentores volta a 'cair' com entrega do Maersk Madrid de 20.568 TEU
Seg Abr 17, 2017 10:50 am por Admin
» Siemens instalou software de controlo avançado para movimentações no porto de Sines
Seg Abr 17, 2017 10:49 am por Admin
» Pelos caminhos
Seg Abr 17, 2017 10:45 am por Admin
» Alta velocidade: o grande assunto pendente
Seg Abr 17, 2017 10:41 am por Admin