Ferrovia recebe mais 100 milhões de investimento em 2017

Até 2020 serão investidos 2,7 mil milhões de euros em ferrovia.

O setor ferroviário é um dos principais focos de investimento do ministério do Planeamento e Infraestruturas, no âmbito do Plano Ferrovia 2020, que vai aplicar 2,7 mil milhões de euros no setor até 2020. 

Em 2017 está previsto um investimento de 100 milhões de euros, duas vezes mais do que a execução prevista em 2016, segundo afirmou Pedro Marques, ministro da tutela, aos jornalistas.

O investimento estimado prevê intervenções em cinco linhas, especificou. “Na linha do Norte e do Douro já começámos as intervenções”, lembrou, revelando que a eletrificação da linha do Minho vai avançar em 2017, assim como a intervenção no corredor internacional do Sul, importante pela ligação ao Porto de Sines. 

Já no corredor internacional do Norte o objetivo é reforçar a ligação dos portos a Espanha através de um reforço na linha da Beira Alta. A intervenção propriamente dita, contudo, começa na linha da Beira Baixa em 2017, afirmou o ministro. Pedro Marques já tinha anunciado um investimento de quase 700 milhões de euros nesta linha.

Pedro Marques lembrou também o programa de modernização de 10 alfa-pendulares entre 2016 e 2019. 

Feitas as contas, até 2020 serão intervencionados 1.193 quilómetros de ferrovia, com a construção de 214 novos quilómetros no corredor internacional do Norte, na linha do Oeste e sobretudo no corredor internacional do Sul, que receberá 110 novos quilómetros.

No próximo ano também vai começar a ser desenvolvido o plano nacional de mobilidade 2030 e a solução sobre a capacidade aeroportuária em Lisboa.


Cinco mil milhões de investimento público e privado em 2017 

Pedro Marques lembrou as metas de investimento público e privado este ano no âmbito do Portugal 2020 como “alavanca do investimento na economia nacional”. São cinco mil milhões de euros repartidos entre investimento público e privado (33% do total) já no próximo ano. 

“O Orçamento do Estado fez o alinhamento perfeito com o nosso Programa Nacional de Reformas apresentado este ano e muito bem recebido pelas autoridades europeias”, disse o ministro.

O objetivo previsto neste OE é ter mil milhões de euros de incentivos às empresas, dinamizando o investimento privado e público. “Estamos muito focados no investimento industrial e na capacidade tecnológica, de transformação da indústria, e na capacitação internacional por estes investimentos”, afirmou o ministro. 

Em 2016 a procura de investimento empresarial chegou aos três mil milhões de euros, com uma procura recorde entre abril e maio e 3348 projetos aprovados, contribuindo para a criação de 23 mil postos de trabalho. 

No que diz respeito ao investimento público este sairá reforçado em 750 milhões de euros face à execução de 2017, numa estimativa global de investimento de 4,2 mil milhões de euros, um aumento de quase 22%, destacou o ministro, através da aceleração do investimento estrutural e da aceleração do investimento das autarquias.

Cátia Simões 
18.10.2016 / 13:07
Dinheiro Vivo