"K" Line, MOL e NYK fazem balanço do «horrível» ano de 2016 e preparam fusão nos contentores

Na mensagem de Ano Novo dirigida aos associados e funcionários, os três principais armadores do Japão fizeram um balanço do «horrível» ano de 2016 para a indústria do transporte marítimo. As empresas "K" Line, MOL e NYK revelaram também que se encontram a preparar a já anunciada fusão no segmento do transporte contentorizado, que deverá entrar em prática em Abril de 2018.

«Desenvolvimentos como o fracasso de uma grande empresa de transporte marítimo internacional têm acelerado o processo de realinhamento e consolidação do sector», afirmou Junichiro Ikeda, CEO da Mitsui O.S.K. Lines (MOL), referindo-se à insolvência da sul-coreana Hanjin Shipping. «O sector do transporte marítimo internacional registou uma contração devido ao abrandamento do crescimento económico na China», complementou Tadaaki Naito, presidente da Nippon Yusen Kaisha (NYK).

À luz desse processo de consolidação, que ganhou força em 2016 devido às condições extremas do mercado (minguada procura e excesso de oferta, conduzindo a fretes marítimos baixíssimos e rentabilidades nulas), Eizo Murakami, CEO da Kawasaki Kisen Kaisha (“K” Line), lembrou a fusão das três companhias para o negócio dos contentores, anunciada a 31 de Outubro - os recursos combinados originarão uma frota com capacidade de 1.4 milhões TEU e uma quota de mercado global de 7%.

Para Murakami, o futuro da joint-venture passa por «lutar em igualdade de condições com os concorrentes estrangeiros, perseguir economias de escala através da introdução de competitividade dos custos gerados pelo tamanho combinado da nossa frota», num sector cada vez mais impiedoso, onde a simbiose de esforços poderá mesmo fazer a diferença entre um isolamento que conduz à morte ou a um mutualismo cooperativo que conduza ao fortalecimento perante condições de mercado adversas.

05/01/2017
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