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Mensagem por Admin Sáb Jan 07, 2017 11:40 am

A saúde mental exige uma linguagem própria baseada na descentralização da norma

Traduzir sofrimentos é permitir a expressão de dores fechadas em labirintos sem nome. A perturbação mental é muitas vezes um ciclo de enigmas e expressões sem legenda.

A vida que se desenrola em ciclos etários não se esgota nos intervalos numéricos transcende-os e tantas vezes percorre-os em ondas permanentes de emoção.

Há choros de infância que não tiveram colos de conforto que continuam a verter lágrimas que por entupimento dos sacos lacrimais procuraram outras janelas de saída ou ficaram presos em lagos de dor trespassando o tempo e o espaço de expressão original.

Não é a falta de coragem que impede a linguagem da dor é a ausência de receção e contenção que torna cativo o natural impulso de carência de proteção.

Ainda hoje no universo da saúde mental, da educação ou mesmo da reinserção social falta sensibilidade para ler histórias de vida e aceitá-las no seu real significado.

Há quem por falha académica ou de percurso de vida não consiga empatizar e há quem nem sequer tente por achar que o passado de cada um morre no renascer de cada novo presente, ignorando que o futuro alimenta-se mais das somas envolventes dos passados do que da emergência do presente que sem história definha imediatamente a seguir ao momento que o originou.

E ciclo após ciclo os tropeços das práticas esbarram quase sempre nas mesmas dificuldades, insistir em padrões de funcionamento que só podem manifestar resultado quando a comunicação estiver alinhada.

Esta é uma das áreas e disciplinas do saber que deveria ser transversal a todos os cursos académicos. Comunicar implica, entre outras competências, disponibilidade, conhecimento, empatia, reconhecimento dos diferentes universos de vida, interculturalidade e domínio dos códigos emocionais. Aprender a descodificar sem a pretensão da linguagem superior. A lógica da língua universal, aquela que mesmo não sendo a de origem permite que a maioria se entenda.

A sensação de vazio que inquieta tantas equipas e intervenções reside nesta teia de esforços desconcertados que apesar da vontade e da dedicação não conseguem atingir os objetivos predefinidos, sendo que muitas vezes a predefinição não teve em conta a especificidade dos grupos a intervir.

Quem sofre emocionalmente sente-se muitas vezes sozinho, incompreendido e como tal tende a silenciar as suas angústias e a tentar procurar em si as soluções. A possibilidade de ver descodificado o seu sofrimento cria esperança espaço interno e externo de se sentir pertença, integrado, mais-valia na comunidade em que pertence.

A saúde mental exige uma linguagem própria baseada na descentralização da norma e na possibilidade inequívoca de criar segurança aos interlocutores em sofrimento. Para além do conhecimento teórico é preciso ser sensível à dor, aceitá-la nas suas diferentes formas de expressão.

Os técnicos de saúde mental têm a obrigação de dominar esta linguagem não só no contacto com as pessoas que os procuram como também dentro das equipas com quem trabalham. As equipas de saúde também sofrem se não souberem comunicar e ninguém cuida de ninguém se não souber cuidar de si. Ninguém comunica sozinho.

MANUELA PARENTE / 07 JAN 2017 / 02:00 H.
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