Procurar
Tópicos semelhantes
Entrar
Últimos assuntos
Tópicos mais visitados
Quem está conectado?
Há 49 usuários online :: 0 registrados, 0 invisíveis e 49 visitantes Nenhum
O recorde de usuários online foi de 864 em Sex Fev 03, 2017 11:03 pm
Papel? Qual papel?
Página 1 de 1
Papel? Qual papel?
Acreditemos na sageza e na presciência do Presidente da República. "Ou há um documento escrito pelo senhor ministro das Finanças em que ele defende uma posição diferente da posição do primeiro-ministro ou não há. Se não há é porque ele tinha a mesma posição do primeiro-ministro, para mim é evidente." E se o senhor Presidente está descansado, ficamos nós também descansados? Não.
Antes de mais, porque não precisamos de papéis assinados para concluir que: 1) houve negociação entre Domingues e Centeno (e Costa); 2) o governo cedeu em tudo o que lhe foi exigido porque queria ter uma equipa de luxo à frente da CGD; 3) António Domingues contratou um escritório de advogados que redigiu as alterações à lei necessárias à sua contratação; 4) o governo aprovou, sem mais, essas alterações à lei.
Por outras palavras, temos todos os dados para saber que Mário Centeno não falou verdade quando enviou a resposta à CPI, dizendo que "inexistem" comunicações com Domingues, a acertar os detalhes da contratação. Existem. E-mails e cartas. Mas, aparentemente, nada com a assinatura do ministro a anuir às condições propostas por Domingues. Temos o cheiro a pólvora, a bala, o buraco e os estragos feitos por ela, mas falta-nos a arma fumegante. É quanto baste, em política, para que fique tudo na mesma.
E podemos esperar deste novo episódio algo mais do que um tropeção político para Mário Centeno? Não, não creio. Primeiro porque não deverá existir o tal papel assinado (Marcelo dificilmente arriscaria dizer o que disse sem certezas), depois porque o ministro das Finanças é, a esta altura, um ativo demasiado importante para António Costa.
Coisas verdadeiramente importantes: como é que um candidato a presidente da CGD contrata uma consultora para desenhar o plano de reestruturação, quando ainda está sentado na vice-presidência de um banco da concorrência? Ou como é que esse candidato consegue convencer o Estado de que o melhor mesmo é pôr o escritório de advogados que o representa a ele a redigir alterações à lei desenhadas à medida? Demos as voltas que dermos e, por estes dias, tudo aponta para um Estado frágil e para uma regulação inexistente.
10 DE FEVEREIRO DE 2017
00:01
Paulo Tavares
Diário de Notícias
Antes de mais, porque não precisamos de papéis assinados para concluir que: 1) houve negociação entre Domingues e Centeno (e Costa); 2) o governo cedeu em tudo o que lhe foi exigido porque queria ter uma equipa de luxo à frente da CGD; 3) António Domingues contratou um escritório de advogados que redigiu as alterações à lei necessárias à sua contratação; 4) o governo aprovou, sem mais, essas alterações à lei.
Por outras palavras, temos todos os dados para saber que Mário Centeno não falou verdade quando enviou a resposta à CPI, dizendo que "inexistem" comunicações com Domingues, a acertar os detalhes da contratação. Existem. E-mails e cartas. Mas, aparentemente, nada com a assinatura do ministro a anuir às condições propostas por Domingues. Temos o cheiro a pólvora, a bala, o buraco e os estragos feitos por ela, mas falta-nos a arma fumegante. É quanto baste, em política, para que fique tudo na mesma.
E podemos esperar deste novo episódio algo mais do que um tropeção político para Mário Centeno? Não, não creio. Primeiro porque não deverá existir o tal papel assinado (Marcelo dificilmente arriscaria dizer o que disse sem certezas), depois porque o ministro das Finanças é, a esta altura, um ativo demasiado importante para António Costa.
Coisas verdadeiramente importantes: como é que um candidato a presidente da CGD contrata uma consultora para desenhar o plano de reestruturação, quando ainda está sentado na vice-presidência de um banco da concorrência? Ou como é que esse candidato consegue convencer o Estado de que o melhor mesmo é pôr o escritório de advogados que o representa a ele a redigir alterações à lei desenhadas à medida? Demos as voltas que dermos e, por estes dias, tudo aponta para um Estado frágil e para uma regulação inexistente.
10 DE FEVEREIRO DE 2017
00:01
Paulo Tavares
Diário de Notícias
Página 1 de 1
Permissões neste sub-fórum
Não podes responder a tópicos
Qui Dez 28, 2017 3:16 pm por Admin
» Apanhar o comboio
Seg Abr 17, 2017 11:24 am por Admin
» O que pode Lisboa aprender com Berlim
Seg Abr 17, 2017 11:20 am por Admin
» A outra austeridade
Seg Abr 17, 2017 11:16 am por Admin
» Artigo de opinião de Maria Otília de Souza: «O papel dos custos na economia das empresas»
Seg Abr 17, 2017 10:57 am por Admin
» Recorde de maior porta-contentores volta a 'cair' com entrega do Maersk Madrid de 20.568 TEU
Seg Abr 17, 2017 10:50 am por Admin
» Siemens instalou software de controlo avançado para movimentações no porto de Sines
Seg Abr 17, 2017 10:49 am por Admin
» Pelos caminhos
Seg Abr 17, 2017 10:45 am por Admin
» Alta velocidade: o grande assunto pendente
Seg Abr 17, 2017 10:41 am por Admin