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25 anos depois, o futuro
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25 anos depois, o futuro
1992-2017. Vinte e cinco anos depois, a conjuntura conseguiu mudar o paradigma.
Assim para começar indo direto ao assunto, o que se passa é que a morte anunciada há 25 anos da indústria têxtil e vestuário (ITV) é nos dias de hoje brutalmente desmentida por um conjunto de empresas, empresários e industriais, que só não posso dizer que ressuscitaram a ITV... porque na verdade ela andou mal de saúde, mas nunca chegou a morrer. Para quem como eu conseguiu ser um espectador atento e uma testemunha interessada e militante do percurso desta indústria no último quarto de século, chega a ser engraçado comparar o que acontecia e existia nos idos de 92, com o que acontece e existe atualmente. Nem de propósito, a realização nos dias de ontem e anteontem de uma cimeira dos têxteis técnicos, a Itechstyle Sumitt, que encheu em dois dias consecutivos o novíssimo e premiadíssimo Terminal de Cruzeiros de Leixões, permite desde logo uma primeira comparação muito interessante. Há 25 anos discutia-se o futuro da ITV. 25 anos depois, a ITV é o próprio futuro.
Outra coincidência, que é feliz, mas que evidentemente não é por acaso nem resultado de nenhum golpe de sorte, mas bem pelo contrário é fruto de muito trabalho, muito investimento e muita confiança é a novidade anunciada esta semana, que nos revelou que a meta das exportações fixada para 2020 foi ultrapassada já em 2016, tendo sido superados os 5 mil milhões de euros. É preciso recuar quase 25 anos, até 2001, para encontrar uma performance das exportações têxteis deste calibre, mas aquilo que é preciso salientar e nos diz tudo sobre a fantástica reconversão desta indústria é que em 2001, ainda em escudos, este valor foi atingido numa conjuntura em que na ITV existiam o dobro das empresas e o dobro dos trabalhadores. Mas como indústria que se foi tornando gradualmente mais abrangente e mais tecnológica, os números do seu sucesso não se medem só pelo volume de exportações conseguido. É todo o mundo que gira à sua volta que tem conhecido uma expansão que muitos, há 25 anos, julgavam impossível. Os cursos universitários de moda multiplicaram candidaturas, as escolas de estilismo modernizaram-se e organizaram a sua oferta, as agências de modelos cresceram e profissionalizaram-se, as marcas nacionais ampliaram a sua taxa de cobertura e sofisticaram o seu marketing, os desfiles e as presenças em feiras, sobretudo no exterior, tornaram-se quase uma rotina para uma Comunicação Social da especialidade, que há 25 anos nunca imaginou ver marcas ou designers portugueses a desfilarem em todas as capitais de moda mundiais. Mas acima de tudo isso, eu diria até, também por causa de tudo isso, a grande revolução foi a da mentalidade. Hoje em dia em Portugal, os jovens, os empresários, os economistas, os bancários e os banqueiros, os jornalistas e os governantes olham para a ITV não para lhe elogiar e agradecer o passado, mas sobretudo para o apontarem e considerarem um dos pilares do futuro.
Neste ano da graça de 2017 completa 25 anos de existência, curiosamente, a Associação Selectiva Moda, promotora fiel e ininterrupta dos chamados projetos conjuntos e programas de apoio à internacionalização que o COMPETE lançou no ambiente favorável dos últimos quadros comunitários. À data de hoje são já mais de 600 as empresas portuguesas que beneficiaram destes apoios e só em 2016 registaram-se mais de 1000 participações de empresas, em quase 100 feiras, de 35 países, de quatro continentes. Neste ano em que se celebram os 25 anos da Selectiva Moda também se festejará no segundo semestre a edição 50 da MODtissimo, âncora principal daquela que será a 10.ª edição da Porto Fashion Week.
Para alguns invejosos e palhaços que há 25, há 20 e até há 10 anos escarneciam no futuro da ITV e criticavam publicamente as políticas de apoio prosseguidas, aqui deixo uma sonora bofetada de luva branca. Para todos aqueles, felizmente muitos mais, que não só acreditaram mas também ajudaram e participaram neste gigantesco esforço de reconversão de uma indústria que hoje representa 10% do total das exportações nacionais, aqui deixo um abraço gigante de parabéns.
* EMPRESÁRIO
Manuel Serrão*
Hoje às 00:02
Jornal de Notícias
Assim para começar indo direto ao assunto, o que se passa é que a morte anunciada há 25 anos da indústria têxtil e vestuário (ITV) é nos dias de hoje brutalmente desmentida por um conjunto de empresas, empresários e industriais, que só não posso dizer que ressuscitaram a ITV... porque na verdade ela andou mal de saúde, mas nunca chegou a morrer. Para quem como eu conseguiu ser um espectador atento e uma testemunha interessada e militante do percurso desta indústria no último quarto de século, chega a ser engraçado comparar o que acontecia e existia nos idos de 92, com o que acontece e existe atualmente. Nem de propósito, a realização nos dias de ontem e anteontem de uma cimeira dos têxteis técnicos, a Itechstyle Sumitt, que encheu em dois dias consecutivos o novíssimo e premiadíssimo Terminal de Cruzeiros de Leixões, permite desde logo uma primeira comparação muito interessante. Há 25 anos discutia-se o futuro da ITV. 25 anos depois, a ITV é o próprio futuro.
Outra coincidência, que é feliz, mas que evidentemente não é por acaso nem resultado de nenhum golpe de sorte, mas bem pelo contrário é fruto de muito trabalho, muito investimento e muita confiança é a novidade anunciada esta semana, que nos revelou que a meta das exportações fixada para 2020 foi ultrapassada já em 2016, tendo sido superados os 5 mil milhões de euros. É preciso recuar quase 25 anos, até 2001, para encontrar uma performance das exportações têxteis deste calibre, mas aquilo que é preciso salientar e nos diz tudo sobre a fantástica reconversão desta indústria é que em 2001, ainda em escudos, este valor foi atingido numa conjuntura em que na ITV existiam o dobro das empresas e o dobro dos trabalhadores. Mas como indústria que se foi tornando gradualmente mais abrangente e mais tecnológica, os números do seu sucesso não se medem só pelo volume de exportações conseguido. É todo o mundo que gira à sua volta que tem conhecido uma expansão que muitos, há 25 anos, julgavam impossível. Os cursos universitários de moda multiplicaram candidaturas, as escolas de estilismo modernizaram-se e organizaram a sua oferta, as agências de modelos cresceram e profissionalizaram-se, as marcas nacionais ampliaram a sua taxa de cobertura e sofisticaram o seu marketing, os desfiles e as presenças em feiras, sobretudo no exterior, tornaram-se quase uma rotina para uma Comunicação Social da especialidade, que há 25 anos nunca imaginou ver marcas ou designers portugueses a desfilarem em todas as capitais de moda mundiais. Mas acima de tudo isso, eu diria até, também por causa de tudo isso, a grande revolução foi a da mentalidade. Hoje em dia em Portugal, os jovens, os empresários, os economistas, os bancários e os banqueiros, os jornalistas e os governantes olham para a ITV não para lhe elogiar e agradecer o passado, mas sobretudo para o apontarem e considerarem um dos pilares do futuro.
Neste ano da graça de 2017 completa 25 anos de existência, curiosamente, a Associação Selectiva Moda, promotora fiel e ininterrupta dos chamados projetos conjuntos e programas de apoio à internacionalização que o COMPETE lançou no ambiente favorável dos últimos quadros comunitários. À data de hoje são já mais de 600 as empresas portuguesas que beneficiaram destes apoios e só em 2016 registaram-se mais de 1000 participações de empresas, em quase 100 feiras, de 35 países, de quatro continentes. Neste ano em que se celebram os 25 anos da Selectiva Moda também se festejará no segundo semestre a edição 50 da MODtissimo, âncora principal daquela que será a 10.ª edição da Porto Fashion Week.
Para alguns invejosos e palhaços que há 25, há 20 e até há 10 anos escarneciam no futuro da ITV e criticavam publicamente as políticas de apoio prosseguidas, aqui deixo uma sonora bofetada de luva branca. Para todos aqueles, felizmente muitos mais, que não só acreditaram mas também ajudaram e participaram neste gigantesco esforço de reconversão de uma indústria que hoje representa 10% do total das exportações nacionais, aqui deixo um abraço gigante de parabéns.
* EMPRESÁRIO
Manuel Serrão*
Hoje às 00:02
Jornal de Notícias
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