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A guerra colonial “só” durou 13 longos anos
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A guerra colonial “só” durou 13 longos anos
Vai ser necessário rejuvenescer as equipas, contratando jovens
Para quem viveu a guerra colonial, em três frentes principais, com um contingente de homens que, no seu pico, atingiu 150 mil homens, e que, nos anos 60, consumia mais de 40% da despesa do Orçamento do Estado “equilibrado” – mas em que a maior parte dos portugueses não beneficiava de educação, saúde, nem de pensões de reforma, e em que muitos emigravam para não ir combater – a guerra deve ter parecido interminável. Até que um dia terminou, terminando com ela uma ditadura ainda mais longa em resultado, particularmente, do papel decisivo dos capitães de abril, alguns dos quais madeirenses, a quem ficámos a dever a Liberdade. Algo similar ocorre em muitos outros acontecimentos da História como, por exemplo, na desintegração da União Soviética.
Esta capacidade de aceitar e de viver (sobreviver, resistir) em situações inaceitáveis, por exemplo, de guerra civil, como no caso da Síria, é intrínseca ao Homem. Permite-nos adaptar, racionalizando e encarando com normalidade, situações limite, que homem ou mulher algum deveria ter de passar. Adaptamo-nos ao que nos rodeia, aceitamos uma realidade por vez dura, que não está nas nossas mãos alterar. E prevemos o futuro em função da realidade actual.
O País e a Região Autónoma da Madeira estão, há já duas décadas, a passar por uma estagnação económica muito dura, com consequências económicas e sociais profundas. Os meus alunos, nos últimos 13 anos, tiveram o azar de se licenciar e entrar no mercado de trabalho num período em que o país regista o pior desempenho económico das últimas 5 ou 6 décadas, certamente. Elevado desemprego jovem e baixos salários são as consequências.
Mas como tenho dito aos meus alunos nos dois últimos anos, embora a capacidade de adaptação seja importante, é um erro extrapolar para o futuro com base no que ocorreu nos últimos 18 anos.
Apesar dos sinais serem de elevado risco político, económico e financeiro, nos EUA, no Reino Unido, na Grécia, em Portugal, na zona euro, parece-me que, estamos próximos daqueles momentos na História, em que a extrapolação irá falhar rotundamente. Afigura-se-me, e quero acreditar, que o futuro dos jovens que entram no mercado de trabalho no presente, será um pouco mais risonho do que o que presenteou os seus concidadãos um pouco mais velhos do que eles.
No sector privado e no sector público, no passado recente, fez-se cada vez mais com menos, limitando-se as novas contratações. E vai ser necessário rejuvenescer as equipas, contratando jovens. E o País, acredito e espero, voltará a crescer.
RICARDO CABRAL , VICE-REITOR DA UMA / 15 FEV 2017 / 02:00 H.
Diário de Notícias da Madeira
Para quem viveu a guerra colonial, em três frentes principais, com um contingente de homens que, no seu pico, atingiu 150 mil homens, e que, nos anos 60, consumia mais de 40% da despesa do Orçamento do Estado “equilibrado” – mas em que a maior parte dos portugueses não beneficiava de educação, saúde, nem de pensões de reforma, e em que muitos emigravam para não ir combater – a guerra deve ter parecido interminável. Até que um dia terminou, terminando com ela uma ditadura ainda mais longa em resultado, particularmente, do papel decisivo dos capitães de abril, alguns dos quais madeirenses, a quem ficámos a dever a Liberdade. Algo similar ocorre em muitos outros acontecimentos da História como, por exemplo, na desintegração da União Soviética.
Esta capacidade de aceitar e de viver (sobreviver, resistir) em situações inaceitáveis, por exemplo, de guerra civil, como no caso da Síria, é intrínseca ao Homem. Permite-nos adaptar, racionalizando e encarando com normalidade, situações limite, que homem ou mulher algum deveria ter de passar. Adaptamo-nos ao que nos rodeia, aceitamos uma realidade por vez dura, que não está nas nossas mãos alterar. E prevemos o futuro em função da realidade actual.
O País e a Região Autónoma da Madeira estão, há já duas décadas, a passar por uma estagnação económica muito dura, com consequências económicas e sociais profundas. Os meus alunos, nos últimos 13 anos, tiveram o azar de se licenciar e entrar no mercado de trabalho num período em que o país regista o pior desempenho económico das últimas 5 ou 6 décadas, certamente. Elevado desemprego jovem e baixos salários são as consequências.
Mas como tenho dito aos meus alunos nos dois últimos anos, embora a capacidade de adaptação seja importante, é um erro extrapolar para o futuro com base no que ocorreu nos últimos 18 anos.
Apesar dos sinais serem de elevado risco político, económico e financeiro, nos EUA, no Reino Unido, na Grécia, em Portugal, na zona euro, parece-me que, estamos próximos daqueles momentos na História, em que a extrapolação irá falhar rotundamente. Afigura-se-me, e quero acreditar, que o futuro dos jovens que entram no mercado de trabalho no presente, será um pouco mais risonho do que o que presenteou os seus concidadãos um pouco mais velhos do que eles.
No sector privado e no sector público, no passado recente, fez-se cada vez mais com menos, limitando-se as novas contratações. E vai ser necessário rejuvenescer as equipas, contratando jovens. E o País, acredito e espero, voltará a crescer.
RICARDO CABRAL , VICE-REITOR DA UMA / 15 FEV 2017 / 02:00 H.
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