Norte é a região portuguesa mais pobre em relação à média da UE

Análise do Eurostat ao PIB per capita de mais de 270 regiões da União Europeia mostra que, em Portugal, só a área metropolitana de Lisboa fica ligeiramente acima da média.  

Com um PIB per capita 35% inferior à média da União Europeia, o Norte é a região portuguesa em que este indicador está mais aquém, quando comparado com o nível médio das regiões do bloco dos 28.

Depois do Norte, surgem o Centro e a Região Autónoma dos Açores como as regiões portuguesas onde o nível de riqueza está mais distante da média europeia, com um PIB per capita 33% e 32% inferior, respectivamente. A única região que supera a média nacional (23% abaixo da média da UE) e a própria média da União Europeia é a área metropolitana de Lisboa, cujo PIB per capita é 3% superior aos dos pares europeus.

Os dados constam de uma análise do Eurostat ao PIB per capita em 276 regiões da União Europeia, expresso em paridade do poder de compra. Os números revelados pelo gabinete estatístico da UE esta quinta-feira, 30 de Março, são relativos a 2015.

No topo do ranking surge o centro de Londres – Oeste, no Reino Unido, cujo PIB per capita é quase 6 vezes superior à média das regiões europeias (580%). De seguida surge o Luxemburgo (264%), Hamburgo, na Alemanha (206%), Bruxelas, na Bélgica (205%) e Bratislava na Eslováquia (188%).

No total, existem 20 regiões cujo PIB per capita é pelo menos 50% superior à média: cinco na Alemanha, quatro no Reino Unido, duas na Holanda e Áustria, uma na Bélgica, República Checa, Dinamarca, França, Eslováquia e Suécia, assim como o Luxemburgo.

No outro extremo da tabela, Severozapaden, na Bulgária, é a região mais pobre, com um PIB per capita 71% inferior à média. Mayotte, uma ilha francesa no Oceano Índico é a segunda mais pobre, seguida das regiões de Severen tsentralen e Yuzhen tsentralen, na Bulgária, e Nord-Est, na Roménia.

Entre as 19 regiões cujo PIB per capita é, pelo menos, 50% inferior à média, cinco são na Bulgária, quatro na Hungria, quatro na Polónia, três na Roménia, duas na Grécia e uma em França.   

Rita Faria afaria@negocios.pt 
30 de março de 2017 às 11:49 
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