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A mentira da verdade das notícias
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A mentira da verdade das notícias
Atualmente, ainda é comum ouvirmos frases, “se veio no Diário (ou no Jornal) é porque é verdade” ou “se deu no Telejornal é porque aconteceu mesmo”, porque ao longo dos anos fomos interiorizando que o jornalismo tem ética e que, quando são divulgadas informações nos diversos órgãos de comunicação, já passaram pelo crivo da verificação e da confirmação de todas as fontes e dos conteúdos.
O jornalismo tem particular importância numa sociedade que se quer plural e democrática, onde, de forma fidedigna, conhecemos o mundo e nos permite formar opinião sobre determinados assuntos.
Não é por acaso que o Jornalista (e a maiúscula não é gralha) tem um código deontológico. Da página do Público transcrevo, o que considero de extrema importância para a minha reflexão: “
1.O jornalista deve relatar os factos com rigor e exatidão e interpretá-los com honestidade. Os factos devem ser comprovados, ouvindo as partes com interesses atendíveis no caso. A distinção entre notícia e opinião deve ficar bem clara aos olhos do público.
2. O jornalista deve combater a censura e o sensacionalismo e considerar a acusação sem provas e o plágio como graves faltas profissionais”.
Confesso que fiquei muito preocupada com uma notícia recente sobre o hospital. Foi dado a conhecer que um doente havia lá falecido pela falta de bicarbonato de sódio. Dois dias depois, houve um desmentido deste facto por parte do secretário regional da Saúde.
Enquanto cidadã, este é um assunto que me preocupa, pois está em causa a saúde pública e não sabemos quando podemos precisar daqueles serviços.
Acho que todos os responsáveis deveriam averiguar a veracidade ou da notícia ou das declarações, porque alguém nesta equação está mal. Ou o Jornalista não teve o rigor que devia ter e deverá ser publicamente responsabilizado, pois este é um assunto grave e que provoca alarmismo na população, ou o governo está a mentir e terá de haver consequências políticas e até criminais por um doente morrer por falta de um tratamento essencial.
Por diversas vezes, saem notícias e depois desmentidos e nunca sabemos quem diz a verdade. Entre a notícia e o desmentido há claramente uma diferença nos títulos e no espaço, passando a maior parte das vezes os desmentidos e as retificações de notícias despercebidos.
Isto poderá parecer um assunto menor. Mas não é. Andamos, aos milhares, a reproduzir ideias falsas, a construir as nossas opiniões em falsos pressupostos. Muitas vezes, “bebemos” sofregamente as palavras, dos Jornalistas, porque achamos que supostamente são isentos de critérios religiosos, raciais e político partidários, e não percebemos que estamos a confundir opiniões pessoais com factos. Na Madeira isto assume particular importância, porque os Jornalistas têm rosto e são conhecidos por toda a população. As suas páginas nas redes sociais são seguidas por muita gente e os seus “posts” partilhados.
O Jornalista tem direito à sua opinião e a ter as suas convicções, mas o que dizer quando as suas posições têm efetivamente um poder acima do cidadão comum (pela sua suposta isenção) e moldam a opinião pública? Será por acaso que muitos Jornalistas se tornaram políticos de muitos partidos e movimentos?
Neste momento e com estas situações fazem com que se questione tudo e aconselho a que efetivamente se questione. O que é verdade, o que é mentira? (porque há Jornalistas e há jornalistas, ok?).
P.S - Para finalizar, e ainda sobre a polémica do nome do aeroporto, o artigo de opinião de Manuela Parente diz tudo.
P.S- Obrigado final, ao Fernando, meu revisor, que me vai ajudando na “Letra” dos meus artigos.
SARA ANDRÉ / 02 ABR 2017 / 02:00 H.
Diário de Notícias da Madeira
O jornalismo tem particular importância numa sociedade que se quer plural e democrática, onde, de forma fidedigna, conhecemos o mundo e nos permite formar opinião sobre determinados assuntos.
Não é por acaso que o Jornalista (e a maiúscula não é gralha) tem um código deontológico. Da página do Público transcrevo, o que considero de extrema importância para a minha reflexão: “
1.O jornalista deve relatar os factos com rigor e exatidão e interpretá-los com honestidade. Os factos devem ser comprovados, ouvindo as partes com interesses atendíveis no caso. A distinção entre notícia e opinião deve ficar bem clara aos olhos do público.
2. O jornalista deve combater a censura e o sensacionalismo e considerar a acusação sem provas e o plágio como graves faltas profissionais”.
Confesso que fiquei muito preocupada com uma notícia recente sobre o hospital. Foi dado a conhecer que um doente havia lá falecido pela falta de bicarbonato de sódio. Dois dias depois, houve um desmentido deste facto por parte do secretário regional da Saúde.
Enquanto cidadã, este é um assunto que me preocupa, pois está em causa a saúde pública e não sabemos quando podemos precisar daqueles serviços.
Acho que todos os responsáveis deveriam averiguar a veracidade ou da notícia ou das declarações, porque alguém nesta equação está mal. Ou o Jornalista não teve o rigor que devia ter e deverá ser publicamente responsabilizado, pois este é um assunto grave e que provoca alarmismo na população, ou o governo está a mentir e terá de haver consequências políticas e até criminais por um doente morrer por falta de um tratamento essencial.
Por diversas vezes, saem notícias e depois desmentidos e nunca sabemos quem diz a verdade. Entre a notícia e o desmentido há claramente uma diferença nos títulos e no espaço, passando a maior parte das vezes os desmentidos e as retificações de notícias despercebidos.
Isto poderá parecer um assunto menor. Mas não é. Andamos, aos milhares, a reproduzir ideias falsas, a construir as nossas opiniões em falsos pressupostos. Muitas vezes, “bebemos” sofregamente as palavras, dos Jornalistas, porque achamos que supostamente são isentos de critérios religiosos, raciais e político partidários, e não percebemos que estamos a confundir opiniões pessoais com factos. Na Madeira isto assume particular importância, porque os Jornalistas têm rosto e são conhecidos por toda a população. As suas páginas nas redes sociais são seguidas por muita gente e os seus “posts” partilhados.
O Jornalista tem direito à sua opinião e a ter as suas convicções, mas o que dizer quando as suas posições têm efetivamente um poder acima do cidadão comum (pela sua suposta isenção) e moldam a opinião pública? Será por acaso que muitos Jornalistas se tornaram políticos de muitos partidos e movimentos?
Neste momento e com estas situações fazem com que se questione tudo e aconselho a que efetivamente se questione. O que é verdade, o que é mentira? (porque há Jornalistas e há jornalistas, ok?).
P.S - Para finalizar, e ainda sobre a polémica do nome do aeroporto, o artigo de opinião de Manuela Parente diz tudo.
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SARA ANDRÉ / 02 ABR 2017 / 02:00 H.
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