Citigroup: Queda do PIB português no arranque do ano será compensada por recuperação no segundo trimestre

O banco norte-americano mantém as perspectivas de crescimento para o produto interno bruto português, que deverá avançar 1,2% este ano e 2% em 2015. O Citigroup acredita que Portugal vai conseguir alcançar a meta orçamental definida para este ano.

O Citigroup manteve, esta quinta-feira, 26 de Junho, as suas perspectivas para a evolução da economia portuguesa. Numa nota de "research", o banco mantém inalteradas as estimativas que apontam para um crescimento do produto interno bruto (PIB) de 1,2% este ano, e de 2% em 2015.
 
No primeiro trimestre de 2014, o PIB caiu 0,7% relativamente ao trimestre anterior e cresceu 1,2% face ao período homólogo mas, segundo o Citigroup, a quebra será compensada por uma recuperação no segundo trimestre do ano.
 
"Há dados que confirmam que a quebra no primeiro trimestre será compensada por uma recuperação no segundo trimestre", lê-se na nota de "research" do banco norte-americano. "Tanto a produção industrial como a construção recuperaram em Abril, ao passo que as exportações ainda terão sido afectadas pelo encerramento temporário da refinaria de Sines da Galp."
 
O Citigroup acrescenta ainda que, apesar da decisão do Tribunal Constitucional, que chumbou normas relativas a cortes na despesa do Estado inscritas no Orçamento do Estado para 2014, é possível alcançar a meta definida para o défice orçamental este ano: 4% do PIB.
 
A análise do banco norte-americano estende-se aos restantes países periféricos que receberam apoio dos fundos do euro, incluindo Espanha, que vê as suas estimativas de crescimento aumentar na nota de "research" publicada esta quinta-feira. O Citigroup subiu em 0,3 pontos percentuais as estimativas de crescimento do PIB espanhol em 2014 e 2015, para 1,3% e 1,9%, respectivamente.
 
Segundo os analistas do banco, a melhoria reflecte os recentes indicadores que apontam para uma recuperação melhor do que o esperado no segundo trimestre deste ano, e também o impacto positivo estimado da anunciada reforma fiscal.
 
Sobre a Grécia, o Citigroup sublinha que "os indicadores mensais sugerem que o ritmo de contracção do PIB diminuiu ainda mais no segundo trimestre", em linha com as anteriores projecções do banco. No entanto, "ainda não é suficiente" para garantir crescimento económico em 2014. 

26 Junho 2014, 13:15 por Rita Faria | afaria@negocios.pt´
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