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A visão eurasiática da Rússia

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A visão eurasiática da Rússia Empty A visão eurasiática da Rússia

Mensagem por Admin Sex Ago 08, 2014 6:57 pm

A visão eurasiática da Rússia Img_126x126$_186401

A escalada do conflito na Ucrânia entre o governo apoiado pelo Ocidente e os separatistas apoiados pelos russos focalizou as atenções numa questão fundamental: quais são os objectivos de longo prazo do Kremlin? Apesar de o objectivo imediato do presidente russo, Vladimir Putin, se ter cingido a reconquistar o controlo da Crimeia e a reter alguma influência nos assuntos ucranianos, a sua ambição de longo prazo é bem mais arrojada.

Essa ambição não é difícil de discernir. Certa vez, Putin disse que o desmoronamento da União Soviética tinha sido a grande catástrofe do século XX. Por isso, o seu objectivo de longo prazo tem sido o de a reconstruir de alguma forma, talvez na qualidade de uma união supranacional de Estados-membros, como a União Europeia.
 
Este objectivo não é surpreendente: decadente ou não, a Rússia sempre se viu a si própria como uma grande potência que deve estar rodeada de Estados-tampão. No regime dos czares, a Rússia Imperial foi estendendo o seu alcance ao longo do tempo. Com os bolcheviques, a Rússia construiu a União Soviética e uma esfera de influência que abrangeu a maior parte da Europa Central e de Leste. E, agora, com o regime similarmente autocrático de Putin, a Rússia pretende criar, com o tempo, uma vasta União Eurasiática (UEA).
 
Apesar de a UEA ser ainda apenas uma união aduaneira, a experiência da União Europeia sugere que uma zona de comércio livre bem sucedida conduz, com o tempo, a uma maior integração económica, monetária e, posteriormente, política. A intenção da Rússia não é criar mais um Acordo de Comércio Livre da América do Norte (NAFTA), mas sim criar uma outra União Europeia, com o Kremlin a deter todas as reais alavancas do poder. O plano tem sido claro: começar com uma união aduaneira - inicialmente composta pela Rússia, Bielorrússia e Cazaquistão – e acrescentar a maioria das restantes ex-repúblicas soviéticas. Com efeito, neste momento a Arménia e o Quirguistão estão também em vias de se juntar.
 
Quando se cria uma vasta união aduaneira, as ligações comerciais, financeiras e de investimento dentro dessa união crescem a ponto de os seus membros estabilizarem as suas taxas de câmbio uns com os outros. Depois, possivelmente cerca de duas décadas após o estabelecimento da união aduaneira, os seus membros ponderam criar uma verdadeira união monetária, com uma moeda comum (o rublo euroasiático?) que pode ser usada como unidade de conta, meio de pagamento e reserva de valor.
 
Tal como o comprova a experiência da Zona Euro, sustentar uma união monetária é algo que requer uma união bancária, orçamental, bem como plenamente económica. E uma vez que os membros abrem mão da sua soberania nos assuntos económicos, orçamentais e bancários, poderão acabar por precisar de uma união política que garanta a legitimidade democrática.
 
Concretizar um plano desta natureza poderá exigir a superação de sérios desafios e o investimento de vastos recursos financeiros durante muitas décadas. Mas o primeiro passo é uma união aduaneira, e, no caso da União Eurasiática, teria de incluir a Ucrânia, maior vizinha da Rússia no caminho para o Ocidente. Foi por isso que Putin pressionou tanto o ex-presidente Viktor Yanukovych a abandonar um acordo de associação com a UE. Foi também por isso que Putin reagiu ao derrube do governo de Yanukovych, anexando a Crimeia e desestabilizando o Leste da Ucrânia.
 
Os acontecimentos recentes debilitaram ainda mais as facções russas orientadas para o mercado e para o Ocidente e fortaleceram as facções nacionalistas e defensoras do capitalismo de Estado, que estão agora a tentar que se crie rapidamente a UEA. Muito particularmente, as tensões com a Europa e os Estados Unidos relativamente à Ucrânia irão transferir as exportações russas de matérias-primas e energia – e os oleodutos e gasodutos correspondentes – para a Ásia e China.
 
Do mesmo modo, a Rússia e os seus parceiros do BRICS (Brasil, Índia, China e África do Sul) estão a criar um banco de desenvolvimento que visa funcionar como alternativa ao Fundo Monetário Internacional e ao Banco Mundial, controlados pelo Ocidente. As revelações de vigilância electrónica por parte dos EUA poderão levar a Rússia e a China a criar um sistema de pagamento internacional alternativo para substituir o SWIFT, que os EUA e a Europa podem usar para impor sanções financeiras contra a Rússia.
 
Criar uma verdadeira União Eurasiática - que esteja gradualmente menos ligada ao Ocidente pelos laços comerciais, financeiros, económicos, políticos, de pagamentos e comunicações – poderá revelar-se uma utopia. A ausência de reformas na Rússia, bem como as tendências demográficas adversas no país, implicam um baixo potencial de crescimento e recursos financeiros insuficientes para criar a união orçamental e de transferências que é necessária para atrair outros países.
 
Mas Putin é ambicioso e – tal como os autocratas das nações do centro da Ásia – poderá manter-se no poder durante as próximas décadas. E, gostemos ou não, mesmo uma Rússia sem o dinamismo necessário para ter êxito no sector manufactureiro e nas indústrias do futuro continuará a ser uma superpotência ao nível da produção de matérias-primas.
 
As potências revisionistas, como a Rússia, a China e o Irão, parecem estar dispostas a enfrentar a ordem política e económica global que os EUA e o Ocidente construíram após o colapso da União Soviética. Mas agora uma dessas potências revisionistas – a Rússia – está a avançar agressivamente para recriar um quase-império e uma esfera de influência.
 
Lamentavelmente, as sanções que os EUA e a Europa estão a impor à Rússia, se bem que necessárias, poderão vir a reforçar a convicção – entre Putin e os seus conselheiros nacionalistas eslavófilos – de que o futuro da Rússia não está no Ocidente, mas num projecto separado de integração no Oriente. O presidente norte-americano, Barack Obama, diz que isto não é o início de uma nova Guerra Fria; as actuais tendências poderão em breve revelar o contrário.
 
Nouriel Roubini é presidente da Roubini Global Economics e professor na Stern School of Business da Universidade de Nova Iorque.
 
Direitos de autor: Project Syndicate, 2014.
www.project-syndicate.org
Tradução: Carla Pedro

08 Agosto 2014, 16:31 por Nouriel Roubini | © Project Syndicate www.project-syndicate.org
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