Redes transeuropeias Bruxelas sublinha importância da ligação Sines/Lisboa-Madrid

A Comissão Europeia destacou a importância da ligação ferroviária entre Sines/Lisboa-Madrid para o estabelecimento das redes transeuropeias de transportes e, em particular, para a criação do “Corredor Atlântico”. De acordo com um estudo de acompanhamento à criação deste corredor internacional, atualmente, a principal conexão em falta é entre Lisboa e Madrid, que pressupõe, do lado português, a ligação Évora-Caia. 

Recorde-se que a ligação ferroviária entre os portos portugueses de Lisboa, Setúbal e Sines a Madrid tem um financiamento disponível de 1,6 mil milhões de euros e deverá avançar até 2020. O Estado português terá, no entanto, de assegurar a comparticipação nacional de 25 por cento. Este corredor pressupõe ainda a ligação ao portos de Havre e Ruão, a Paris e a Mannheim/Estrasburgo, com linhas ferroviárias de alta velocidade e, em paralelo, linhas convencionais.

O plano da Rede Transeuropeia de Transportes (RTE-T) contempla um total de nove corredores, tendo identificado necessidades de desenvolvimento de infraestruturas num valor de 700 mil milhões de euros até 2030. 

A este propósito, Violeta Bluc, Comissária europeia dos Transportes(na foto), afirmou: “Temos de intensificar os nossos esforços para garantir que a rede principal estará plenamente operacional até 2030, para garantir fluxos de transporte suaves para passageiros e mercadorias em toda a UE. Agora é a hora de investir em projetos RTE-T e de maximizar os benefícios do Mecanismo Interligar a Europa e os 315 mil milhões euros disponibilizados no Plano de Investimento da Comissão. Afinal de contas, a Rede Transeuropeia de Transportes é crucial para uma União que luta por mais crescimento, emprego e competitividade. Como a Europa está lentamente a sair da crise económica, precisamos de uma União interligada, sem barreiras, para que o nosso mercado único possa prosperar”.

por: Andreia Amaral
16-01-2015