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BCE muda chefe da missão da troika em Portugal
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BCE muda chefe da missão da troika em Portugal
A economista belga Isabel Vansteenkiste substitui o alemão Rasmus Rüffer. Dança de cadeiras na troika foi uma constante desde 2011.
A equipa inicial da troika, em Maio de 2011: Rasmus Rüffer (BCE), Jürgen Kröger (Comissão Europeia) e Poul Thomsen (FMI) RUI GAUDÊNCIO
Com apenas duas avaliações regulares ao programa de resgate financeiro por cumprir, o Banco Central Europeu (BCE) decidiu mudar o seu representante máximo na troika. O economista alemão Rasmus Rüffer, que liderava a equipa da autoridade monetária para Portugal desde o início, foi substituído pela belga Isabel Vansteenkiste, anunciou o BCE nesta sexta-feira.
Rüffer era, dos três chefes de missão da troika (onde estão ainda as delegações da Comissão Europeia e do Fundo Monetário Internacional), o único que se mantinha nestas funções desde o início da aplicação do programa negociado por Portugal para receber o empréstimo de 78 mil milhões de euros.
Isabel Vansteenkiste já está em Portugal, tendo assumido o lugar de Rüffer na avaliação da troika que começou na quinta-feira, o penúltimo exame regular. A seu lado na missão da troika estão Jonh Berigan (Comissão Europeia) e Subir Hall (FMI), que passaram a ser representantes das instituições para substituir outros chefes de missão.
Na nota onde anuncia a saída de Rüffer a menos de três meses de terminar o actual resgate, o BCE nada diz sobre as razões que levaram a instituição a substituir os seus representantes.
A economista trabalha no BCE desde 2002 e é a responsável pela divisão responsável pela supervisão dos países da União Europeia na Direcção-Geral de Economia do BCE.
É neste departamento que são acompanhadas as políticas económicas dos países que partilham a moeda única e dos “processos de ajustamento na zona euro”, refere o BCE numa nota enviada à imprensa.
Antes, liderou outra divisão no BCE, a de Análise de Política Internacional, onde era responsável pela preparação das posições políticas, pela análise económica e financeira global, e pelos assuntos relacionados com política monetária internacional.
Vansteenkiste é formada em economia na Universidade Católica de Louvain, na Bélgica, onde viria a estudar economia aplicada e a concluir o doutoramento.
Dança de cadeiras no fim do resgate
Com esta substituição, já não resta nenhum dos representantes máximos da equipa inicial do FMI, Comissão Europeia e BCE. Nos quase três anos percorridos desde o pedido de assistência financeira, o fundo já alterou duas vezes os seus representantes e a Comissão Europeia fê-lo uma vez.
O dinamarquês Poul Thomsen começou por ser o rosto do FMI, sendo substituído em Fevereiro de 2012 pelo etíope Abebe Selassie, que também deixaria o lugar, sucedendo-lhe o indiano Subir Lall em Setembro do ano passado.
Na mesma altura, no arranque das oitava e nova avaliações, também a Comissão Europeia viria a substituir o alemão Jürgen Kröger na missão internacional pelo irlandês John Berrigan.
PEDRO CRISÓSTOMO
21/02/2014
Jornal de Público
A equipa inicial da troika, em Maio de 2011: Rasmus Rüffer (BCE), Jürgen Kröger (Comissão Europeia) e Poul Thomsen (FMI) RUI GAUDÊNCIO
Com apenas duas avaliações regulares ao programa de resgate financeiro por cumprir, o Banco Central Europeu (BCE) decidiu mudar o seu representante máximo na troika. O economista alemão Rasmus Rüffer, que liderava a equipa da autoridade monetária para Portugal desde o início, foi substituído pela belga Isabel Vansteenkiste, anunciou o BCE nesta sexta-feira.
Rüffer era, dos três chefes de missão da troika (onde estão ainda as delegações da Comissão Europeia e do Fundo Monetário Internacional), o único que se mantinha nestas funções desde o início da aplicação do programa negociado por Portugal para receber o empréstimo de 78 mil milhões de euros.
Isabel Vansteenkiste já está em Portugal, tendo assumido o lugar de Rüffer na avaliação da troika que começou na quinta-feira, o penúltimo exame regular. A seu lado na missão da troika estão Jonh Berigan (Comissão Europeia) e Subir Hall (FMI), que passaram a ser representantes das instituições para substituir outros chefes de missão.
Na nota onde anuncia a saída de Rüffer a menos de três meses de terminar o actual resgate, o BCE nada diz sobre as razões que levaram a instituição a substituir os seus representantes.
A economista trabalha no BCE desde 2002 e é a responsável pela divisão responsável pela supervisão dos países da União Europeia na Direcção-Geral de Economia do BCE.
É neste departamento que são acompanhadas as políticas económicas dos países que partilham a moeda única e dos “processos de ajustamento na zona euro”, refere o BCE numa nota enviada à imprensa.
Antes, liderou outra divisão no BCE, a de Análise de Política Internacional, onde era responsável pela preparação das posições políticas, pela análise económica e financeira global, e pelos assuntos relacionados com política monetária internacional.
Vansteenkiste é formada em economia na Universidade Católica de Louvain, na Bélgica, onde viria a estudar economia aplicada e a concluir o doutoramento.
Dança de cadeiras no fim do resgate
Com esta substituição, já não resta nenhum dos representantes máximos da equipa inicial do FMI, Comissão Europeia e BCE. Nos quase três anos percorridos desde o pedido de assistência financeira, o fundo já alterou duas vezes os seus representantes e a Comissão Europeia fê-lo uma vez.
O dinamarquês Poul Thomsen começou por ser o rosto do FMI, sendo substituído em Fevereiro de 2012 pelo etíope Abebe Selassie, que também deixaria o lugar, sucedendo-lhe o indiano Subir Lall em Setembro do ano passado.
Na mesma altura, no arranque das oitava e nova avaliações, também a Comissão Europeia viria a substituir o alemão Jürgen Kröger na missão internacional pelo irlandês John Berrigan.
PEDRO CRISÓSTOMO
21/02/2014
Jornal de Público
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