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Transformar o cante num ativo económico

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Mensagem por Admin Sex Mar 27, 2015 2:24 pm

Transformar o cante num ativo económico TomePires3-1718

A primeira etapa da valorização do cante está concluída com a inscrição na lista do Património Cultural Imaterial da Humanidade. Agora falta cuidar desde “bem”, trabalhar continuamente na sua salvaguarda, e transformá-lo num ativo económico. A receita é dada pelo presidente da Câmara de Serpa, uma das entidades promotoras da candidatura do cante, que apela agora à conjugação de esforços em torno da mais emblemática prática cultural do Alentejo. Nuna entrevista em “modo cante”, Tomé Pires fala ainda dos investimentos culturais em Serpa, da questão do endividamento excessivo daquele município e da transferência, em janeiro último, da administração do Hospital de São Paulo para a Santa Casa da Misericórdia de Serpa, resolução a que o autarca se opõe de forma “ideológica”.

Serpa ainda está em “modo cante”?

Acho que Serpa nunca deixou de estar em “modo cante” e claro que agora, com toda esta situação, prevê-se que assim possa continuar por muitos e bons anos.

O que é que esta classificação pela Unesco pode trazer, de facto, para o desenvolvimento de Serpa?

Além do reconhecimento, muita coisa. Um dos nossos pilares centrais de desenvolvimento é a cultura. Trata-se de uma vertente do desenvolvimento que tem duas faces. Uma é a salvaguarda do património cultural, um trabalho que tem de se fazer continuamente, no sentido de recolher os máximos dividendos. E aí entra o segundo passo, a segunda face, que é, de alguma forma, transformar este património cultural num ativo económico.

Onde é que o cante entra nesta equação?

Falando concretamente no cante, os projetos que estão em marcha vão também influenciar economicamente o nosso concelho. Para já, e estamos a falar poucos dias após a classificação, uma questão que se nota é o reforço do gosto pelo cante e um respeito maior pelos grupos corais. Ainda agora aconteceu na Feira do Queijo, quando entravam os grupos corais naquela tenda enorme, que é a tenda dos petiscos, onde as pessoas por norma estão a beber um copo, a fazer barulho, sentia--se uma grande atenção dada pelos presentes aos cantadores. Isto há cinco ou seis anos atrás era impensável.

Mas como é que o cante se pode transformar num ativo económico?

Uma das bases do turismo no Alentejo passa pelo património. Pelo património cultural edificado e também pelo imaterial. E o cante é o melhor exemplo de património imaterial que temos. É aquilo que nos retrata mais. Se conseguirmos “disponibilizar” o cante a quem nos visita, com certeza vamos atrair muitas pessoas ao Alentejo e, logicamente, ao concelho de Serpa. Essa “disponibilização” pode acontecer de várias formas. A Câmara Municipal de Serpa, por exemplo, está a criar mais um polo de atração para o nosso concelho e para a nossa região que é o Museu do Cante.

Pode concretizar melhor esse projeto?

Estamos a trabalhar no sentido de incluir o Museu do Cante no quadro comunitário que está a começar. Este equipamento irá ter um papel importante ao nível da investigação. A ideia passa por trazer cá pessoas para investigarem e também para ficarem mais conhecedoras do cante. E também disponibilizar o cante até nos ensaios dos grupos corais, disciplinar um pouco como e quando serão feitos esses ensaios para que as pessoas a eles possam assistir com regularidade. É um trabalho que tem de ser feito com pés e cabeça e nós já temos as bases. Estamos a trabalhar também o cante mais espontâneo, para que, aos poucos, vá regressando aos sítios de origem, nomeadamente às tabernas. Fomos motor nesta candidatura e também iremos ser motor no desenvolvimento desta via de trazer pessoas ao Alentejo para ouvir o cante.

Refere que Serpa foi o motor da candidatura do cante. Essa centralização não cria algum desconforto, por exemplo, noutras autarquias onde existe o cante?

Não me interessa falar no passado, mas quero dizer que essas polémicas que houve decorrem de um processo que não é fácil. Estamos a falar de um bem imaterial que é praticamente de todo o Alentejo. Claro que quando alguém avança é sempre alvo de críticas, quer pelo lado positivo quer pelo lado negativo. Isso aconteceu, mas acho que perdeu intensidade à medida que o processo foi avançando e à medida que fomos tendo feedback de que o processo estava bem estruturado e que tinha muitas hipóteses de sair vencedor.

Mas não acha que a candidatura poderia e deveria ter sido de outra forma, envolvendo outras autarquias e entidades?

Poderia ter sido feito de outra forma, como houve várias tentativas antes. E essas tentativas tiveram o resultado que todos sabemos. Este foi o modelo adotado e resultou. É um facto concreto. Claro que podemos fazer vários floreados à volta de tudo isto, mas o facto concreto é que hoje o cante é Património Cultural Imaterial da Humanidade. Acho que todas as pessoas que têm responsabilidades, se tiverem um mínimo de bom senso, percebem que não faz sentido falar no processo de candidatura, até porque estamos a perder energias. Há que centrar esforços é no pós-classificação e em colocar em prática o plano de salvaguarda. O que passou, passou, e, pelos vistos, correu muito bem. Agora é conjugar esforços.

Sente que agora há mais proximidade entre os municípios que têm cante?

Sem dúvida! Se existe uma diferença de velocidades entre os vários municípios é normal que assim seja, porque já antes acontecia. Não é por que o cante foi proclamado que toda a gente começa a trabalhar à mesma velocidade e no mesmo sentido. Isto é um processo que vai levar o seu tempo. Estamos convencidos que, através da Casa do Cante, vamos trabalhar para conseguir essa uniformidade. Todos os municípios à sua dimensão, e dentro das suas possibilidades, irão trabalhar no sentido de cumprir o plano de salvaguarda. Dando cumprimento ao plano de salvaguarda, quem fica a ganhar é o cante.

Disse atrás que a cultura é um dos pilares de desenvolvimento de Serpa. A oposição critica precisamente os gastos excessivos nessa área…

Por norma não utilizo a palavra “gastos”. Consideramos, isso sim, que fazemos investimentos. Claro que admito que, numa ou noutra situação, podemos ter cometido alguma gafe, no sentido de direcionar mais o investimento para um lado ou para outro. Isso admite-se. Agora temos de fazer uma análise no geral. E aí acho que a autarquia tem feito os investimentos certos no que diz respeito à cultura e também às outras áreas. Estamos a falar num setor, a cultura, onde as análises são sempre mais subjetivas. Quando falamos que há um investimento num concerto, numa iniciativa, não temos um retorno direto, visível, desse investimento. Mas há sempre um retorno. Quando estamos a projetar o município ele está a ganhar. Está a ganhar a dinamização do comércio local, a dinamização dos produtos locais e com certeza que o resultado final será positivo.

Foram os investimentos na cultura que levaram à degradação financeira da câmara? Esta situação de saneamento, chamemos--lhe assim, está a paralisar o investimento no concelho, como referiu recentemente o PS em comunicado?

Quem utiliza esses argumentos não está a ser sério. A maior parte dos municípios vive com dificuldades financeiras. 

Ponto. No caso concreto de Serpa, quando se diz que as dificuldades têm a ver com os investimentos na cultura, isso não faz sentido. O que levou o município de Serpa a ter mais algumas dificuldades foi uma questão muito simples. 

Quando entrámos no último quadro comunitário a realidade era completamente diferente. A partir de 2009 houve uma grande redução das transferências para as autarquias. Nessa altura tínhamos vários projetos em andamento. A maior parte deles estavam adjudicados, tínhamos candidaturas aprovadas, algumas obras concluídas… tendo em conta os cortes que tivemos nessa altura, tivemos de decidir. Ou parávamos todas estas obras ou continuaríamos, sabendo que íamos aumentar a dívida, porque os recursos financeiros tinham de ser canalizados para estas operações. Foi o que fizemos de forma consciente, até porque se tivéssemos parado, agora estaríamos com um centro escolar, com o Musibéria, com a Casa do Cante, com três ciclovias, com o Museu de Arqueologia, com dois salões polivalentes, como está o IP8 e o IP2. E foi isso que não quisemos. Não quisemos retirar qualidade de vida aos munícipes do concelho de Serpa.

Está a afirmar que foi um endividamento “consciente”?

Entendemos que devíamos continuar todas essas candidaturas, sabendo que possivelmente não iriamos cumprir algumas das exigências ao nível de legislação que quase todos os anos muda. Foi conscientemente que tomámos a decisão: concluir tudo aquilo a que nos tínhamos proposto. Daí que quem coloca essas questões na comunicação social sabe realmente o que aconteceu. 

Como está a dívida da Câmara de Serpa atualmente?

Em termos de valor, está a descer desde há algum tempo a esta parte. Esses valores serão revelados a meio deste ano. Iremos ter, com certeza, boas notícias. 

A autarquia sempre se opôs à passagem do Hospital de São Paulo para administração direta da Santa Casa da Misericórdia de Serpa. Pensa que ainda pode haver alguma reversão neste sentido?


Não há decisões irrevogáveis. Esperamos que as pessoas que no futuro passarem pelo governo tenham outra visão, outra forma de estar na política, e que cheguem à conclusão que as questões da saúde, de acordo com a Constituição, devem abranger Portugal por inteiro. A posição da câmara em relação a esta matéria é a mesma: não temos nada a opor ao funcionamento da Santa Casa da Misericórdia na sua atividade, aliás somos parceiros em muitos projetos, mas estamos contra a gestão do hospital por outras entidades que não o Ministério da Saúde, independentemente de quem seja a entidade.

É uma questão ideológica?

É uma questão ideológica. Todos os portugueses devem ter o direito à saúde de forma igual. E nós não estamos a ser tratados da mesma forma. O munícipe de Serpa, quando faz os seus descontos, que infelizmente cada vez têm sido mais, sabe que uma parte vai para a área da saúde. Quem tem a responsabilidade de fazer a gestão desses dinheiros, digamos assim, é o Ministério da Saúde. Mas, aqui em Serpa, não.

A passagem do hospital para a Santa Casa ocorreu no início do ano. Notou alguma diferença nestes últimos meses?

O que se nota são mais dificuldades. Claro que não temos dados concretos, mas temos muitos casos de munícipes que ao serem atendidos notam mais dificuldades. Estamos a falar até no próprio funcionamento. Era uma máquina que estava oleada e deixou de estar. Sei que tem havido problemas ao nível das questões informáticas… Sabemos que ao nível do atendimento não tem melhorado nada, pelo contrário, parece que há ainda alguns episódios de urgência onde as coisas correm menos bem… Mas temos de ir pedir satisfações a quem de direito e saber dados concretos. Estamos a deixar terminar este primeiro trimestre para ter uma reunião com o conselho de administração da Unidade Local de Saúde, para colocarmos algumas questões e para saber efetivamente como é que está a funcionar o hospital em Serpa.

Acha que é possível fazer mais com menos dinheiro, como se propõe a Santa Casa?

Parece-me muito difícil, para não dizer impossível, que o Hospital de Serpa mantenha as valências que antes tinha e que ainda acrescente algumas, de acordo com aquilo que está escrito e assinado pelas duas partes. Se, por acaso, isso acontecesse, teríamos um Ministério da Saúde que não saberia gerir nem tratar de todos os portugueses. Acredito que essa redução de custos e esse aumento de valências não vai acontecer. Por isso, além de termos um problema de nível nacional, temos também um problema próprio do nosso concelho.

Texto Paulo Barriga
Fotos José Ferrolho
27-03-2015 9:33:48
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