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“Os políticos que temos hoje não sabem o que é a vida com dificuldades”
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“Os políticos que temos hoje não sabem o que é a vida com dificuldades”
O general que montou o plano de transmissões do 25 de Abril afirma, em entrevista ao jornal “i” que “ainda não nos adaptámos à democracia porque não sabemos viver em democracia”.
“Acha que os nossos actuais políticos são democratas, sabem viver em democracia? Sabem governar o nosso País? Os políticos que temos hoje são uns garotos que nunca fizeram nada na vida, por um lado, e nem sequer sabem o que é a vida com dificuldades”. Garcia dos Santos, que integrou o movimento dos capitães e em Abril de 1974 montou o plano de transmissões do golpe de Estado, critica aquilo que considera a “falta de rumo” do País.
Numa entrevista ao jornal “i”, em que revisita a revolução de Abril e os tempos que a antecederam, o general afirma que “o português não planeia, vive um pouco ao sabor do dia-a-dia. E o País tem esse grande problema. Não temos nenhum projecto de futuro”.
Numa altura em que se comemoram os 40 anos do 25 de Abril, Garcia dos Santos, 78 anos, recorda o seu primeiro encontro com Salazar – “fiquei impressionadíssimo com o olhar daquele homem. Quando ele olhava para as pessoas parecia que nos sentíamos furados” – e fala da guerra colonial – “liquidámos aquela gente de uma forma absolutamente desumana e solvagem em alguns casos”.
A descolonização, afirma, devia ter sido feita mais cedo e de uma forma pacífica. “Estaríamos hoje a conviver com aqueles países de uma forma completamente diferente”, considera. “Se calhar estamos a caminhar para ái, mas só trinta ou quarenta anos depois e com custos muito elevados”.
GENERAL GARCIA DOS SANTOS
17 Março 2014, 10:30 por Jornal de Negócios | negocios@negocios.pt
“Acha que os nossos actuais políticos são democratas, sabem viver em democracia? Sabem governar o nosso País? Os políticos que temos hoje são uns garotos que nunca fizeram nada na vida, por um lado, e nem sequer sabem o que é a vida com dificuldades”. Garcia dos Santos, que integrou o movimento dos capitães e em Abril de 1974 montou o plano de transmissões do golpe de Estado, critica aquilo que considera a “falta de rumo” do País.
Numa entrevista ao jornal “i”, em que revisita a revolução de Abril e os tempos que a antecederam, o general afirma que “o português não planeia, vive um pouco ao sabor do dia-a-dia. E o País tem esse grande problema. Não temos nenhum projecto de futuro”.
Numa altura em que se comemoram os 40 anos do 25 de Abril, Garcia dos Santos, 78 anos, recorda o seu primeiro encontro com Salazar – “fiquei impressionadíssimo com o olhar daquele homem. Quando ele olhava para as pessoas parecia que nos sentíamos furados” – e fala da guerra colonial – “liquidámos aquela gente de uma forma absolutamente desumana e solvagem em alguns casos”.
A descolonização, afirma, devia ter sido feita mais cedo e de uma forma pacífica. “Estaríamos hoje a conviver com aqueles países de uma forma completamente diferente”, considera. “Se calhar estamos a caminhar para ái, mas só trinta ou quarenta anos depois e com custos muito elevados”.
GENERAL GARCIA DOS SANTOS
17 Março 2014, 10:30 por Jornal de Negócios | negocios@negocios.pt
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