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Relações económicas entre Portugal e Índia "muito abaixo do potencial"
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Relações económicas entre Portugal e Índia "muito abaixo do potencial"
As relações económicas entre Portugal e a Índia figuram, "de facto, muito abaixo do seu potencial", defende o embaixador português em Nova Deli, Jorge Roza de Oliveira, apesar de notar um aumento do comércio bilateral.
"Não tenho visto um movimento muito grande, pelo facto de as nossas empresas não terem, neste momento, capacidade para virem investir na Índia", afirmou Jorge Roza de Oliveira, aludindo ao contexto potenciado pela crise financeira que chegou a Portugal justamente no ano em que foi nomeado para Nova Deli: 2011.
Para inverter a atual conjuntura e, portanto, potenciar as relações económicas bilaterais, Jorge Roza de Oliveira entende ser preciso "continuar o trabalho de promover a Índia como oportunidade" para as empresas portuguesas e, vice-versa, isto é "promover Portugal como um destino ideal para o investimento indiano".
Atualmente, devem existir entre 15 a 20 empresas nacionais na Índia, segundo estimativas facultadas pelo embaixador. Tal não significa, porém, necessariamente uma presença física, já que podem funcionar por via de parcerias estabelecidas com companhias indianas.
A Efacec ou a Brisa representam dois exemplos de empresas portuguesas com presença e/ou projetos no mercado do gigante asiático.
Em sentido inverso, o embaixador de Portugal em Nova Deli sinaliza o interesse por parte de grupos ou empresas indianos: "Há e tem havido investimentos e um crescimento dessa presença. Cito, por exemplo, a Tata que comprou há pouco tempo a Aerosoles e está de vento em poupa nessa relação".
Há também outros setores, realça o diplomata, dando de conta de contactos com a Agência para o Investimento e Comércio Externo de Portugal (AICEP) por parte de entidades que procuram Portugal como "alternativa" no quadro de planos de expansão na Europa.
"Mas grandes notícias ultimamente, de facto, não temos tido", ressalva.
Já do prisma do comércio, o cenário aparenta ser mais animador. "Nos últimos anos, as relações comerciais -- com base nas importações e exportações -- têm, de facto, aumentado", observou Jorge Roza de Oliveira, em entrevista à agência Lusa.
Dados da AICEP confirmam-no. No período entre 2010-14, a média das taxas de crescimento anuais das exportações portuguesas correspondeu a 14,4%, enquanto a das importações a 6,9%.
Contudo, em 2014, Lisboa vendeu menos face a 2013, ao ter exportado bens avaliados em 95,3 milhões de euros (contra 116,8 milhões de euros no ano anterior); e comprou produtos no valor de 491,8 milhões de euros (mais 99,2 milhões do que em 2013), numa balança comercial claramente favorável a Nova Deli.
Já entre janeiro e maio de 2015, Lisboa exportou bens avaliados em 30,8 milhões de euros -- menos 26,6% em termos anuais homólogos --, contra importações de 197,7 milhões de euros -- menos 11,2% face aos primeiros cinco meses do ano transato.
Em 2014, a Índia figurava como o 41.º cliente de Portugal; enquanto Portugal se apresentava na 58.ª posição no quadro do comércio internacional da Índia, de acordo com a AICEP que cita como fonte dos dados o Instituto Nacional de Estatística (INE) e do Internacional Trade Centre (ITC), respetivamente.
Existiam, no ano passado, 553 exportadores para a Índia -- contra 555 em 2013.
Máquinas e aparelhos ocuparam um peso superior a um quarto (25,2%) nas exportações nacionais de 2014, seguidos de químicos (13,8%) e de metais comuns (13,3%). Em sentido contrário, foram as matérias têxteis (29,1%) que lideraram o `ranking` das importações de Portugal em 2014. Em segundo lugar figuraram os produtos agrícolas (11,2%).
Ainda no plano económico, Jorge Roza de Oliveira nota também uma fraca adesão ao programa de atribuição de vistos `gold` criado por Portugal, ao observar que, no âmbito dessa iniciativa, "a Índia, de facto, não tem um papel cimeiro".
Segundo o embaixador, "serão poucos" os indianos interessados, isto apesar de o primeiro visto especial de residência do Estado português ter sido precisamente concedido um empresário indiano em março de 2013.
Lusa
18 Ago, 2015, 11:12
RTP
"Não tenho visto um movimento muito grande, pelo facto de as nossas empresas não terem, neste momento, capacidade para virem investir na Índia", afirmou Jorge Roza de Oliveira, aludindo ao contexto potenciado pela crise financeira que chegou a Portugal justamente no ano em que foi nomeado para Nova Deli: 2011.
Para inverter a atual conjuntura e, portanto, potenciar as relações económicas bilaterais, Jorge Roza de Oliveira entende ser preciso "continuar o trabalho de promover a Índia como oportunidade" para as empresas portuguesas e, vice-versa, isto é "promover Portugal como um destino ideal para o investimento indiano".
Atualmente, devem existir entre 15 a 20 empresas nacionais na Índia, segundo estimativas facultadas pelo embaixador. Tal não significa, porém, necessariamente uma presença física, já que podem funcionar por via de parcerias estabelecidas com companhias indianas.
A Efacec ou a Brisa representam dois exemplos de empresas portuguesas com presença e/ou projetos no mercado do gigante asiático.
Em sentido inverso, o embaixador de Portugal em Nova Deli sinaliza o interesse por parte de grupos ou empresas indianos: "Há e tem havido investimentos e um crescimento dessa presença. Cito, por exemplo, a Tata que comprou há pouco tempo a Aerosoles e está de vento em poupa nessa relação".
Há também outros setores, realça o diplomata, dando de conta de contactos com a Agência para o Investimento e Comércio Externo de Portugal (AICEP) por parte de entidades que procuram Portugal como "alternativa" no quadro de planos de expansão na Europa.
"Mas grandes notícias ultimamente, de facto, não temos tido", ressalva.
Já do prisma do comércio, o cenário aparenta ser mais animador. "Nos últimos anos, as relações comerciais -- com base nas importações e exportações -- têm, de facto, aumentado", observou Jorge Roza de Oliveira, em entrevista à agência Lusa.
Dados da AICEP confirmam-no. No período entre 2010-14, a média das taxas de crescimento anuais das exportações portuguesas correspondeu a 14,4%, enquanto a das importações a 6,9%.
Contudo, em 2014, Lisboa vendeu menos face a 2013, ao ter exportado bens avaliados em 95,3 milhões de euros (contra 116,8 milhões de euros no ano anterior); e comprou produtos no valor de 491,8 milhões de euros (mais 99,2 milhões do que em 2013), numa balança comercial claramente favorável a Nova Deli.
Já entre janeiro e maio de 2015, Lisboa exportou bens avaliados em 30,8 milhões de euros -- menos 26,6% em termos anuais homólogos --, contra importações de 197,7 milhões de euros -- menos 11,2% face aos primeiros cinco meses do ano transato.
Em 2014, a Índia figurava como o 41.º cliente de Portugal; enquanto Portugal se apresentava na 58.ª posição no quadro do comércio internacional da Índia, de acordo com a AICEP que cita como fonte dos dados o Instituto Nacional de Estatística (INE) e do Internacional Trade Centre (ITC), respetivamente.
Existiam, no ano passado, 553 exportadores para a Índia -- contra 555 em 2013.
Máquinas e aparelhos ocuparam um peso superior a um quarto (25,2%) nas exportações nacionais de 2014, seguidos de químicos (13,8%) e de metais comuns (13,3%). Em sentido contrário, foram as matérias têxteis (29,1%) que lideraram o `ranking` das importações de Portugal em 2014. Em segundo lugar figuraram os produtos agrícolas (11,2%).
Ainda no plano económico, Jorge Roza de Oliveira nota também uma fraca adesão ao programa de atribuição de vistos `gold` criado por Portugal, ao observar que, no âmbito dessa iniciativa, "a Índia, de facto, não tem um papel cimeiro".
Segundo o embaixador, "serão poucos" os indianos interessados, isto apesar de o primeiro visto especial de residência do Estado português ter sido precisamente concedido um empresário indiano em março de 2013.
Lusa
18 Ago, 2015, 11:12
RTP
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