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Debate de ricos sobre um país pobre
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Debate de ricos sobre um país pobre
Pedro Passos Coelho vendeu Portugal como uma Finlândia do Sul, um país que resolveu os problemas graves e em que as empresas podem finalmente crescer e criar emprego como sempre sonharam. A maior saliência no discurso do líder da coligação foi na adjetivação. É preciso uma reforma da Segurança Social e "grande". O resto da economia faz-se por si. António Costa mostrou que a sua nova Itália é um sítio sofisticado sobre o qual é possível montar um cenário macro que gera resultados avassaladores (3,1% de crescimento real em 2017 com inflação baixa). A maior saliência: trazer rendimentos do futuro para o consumidor gastar hoje e rescisões que parecem despedimentos com direito a prémio.
O debate circulou muito em torno de números puxados por Costa (os seus e os do balanço da legislatura) e aí voltou a dominar. Mas Passos, mesmo à sombra da obra feita, quase derrubou o ex-autarca, expondo o plano do PS para "poupar" mil milhões em apoios sociais. Costa, sábio como Pedro Mota Soares (CDS), remeteu detalhes para a concertação social. E contra-atacou com o "corte de 600 milhões nas pensões" da maioria.
Os dois candidatos vivem no mesmo país, mas fingiram neste debate das rádios que Portugal não tem uma dívida monumental para pagar nas próximas décadas, que as empresas não estão ainda mais endividadas do que o Estado.
Fizeram de conta que os bancos, novos e velhos, não estão endividados ou, pior, paralisados à espera uns dos outros na aposta em empresas supercompetitivas e geniais. Mantiveram que as reformas estruturais (cada um puxou das suas) continuam válidas, a dar frutos.
Num debate dominado pela economia, não se falou de corrupção, de desperdício, do buraco imenso do investimento privado e público, muito menos do estado anémico da economia internacional. Como se Portugal pudesse ser mais sem Espanha, Angola, Brasil, Alemanha, ou sem o BCE e a Reserva Federal dentro da equação. Passos disse que, com as condições de base por si criadas, as pessoas podem "sonhar com os pés assentes na terra". Costa prefere "dar mais a quem mais precisa e menos a quem menos precisa". Portugal, sendo um país lindo e especial, ainda esconde lugares-comuns.
por LUÍS REIS RIBEIRO, Jornalista Dinheiro Vivo
Diário de Notícias
O debate circulou muito em torno de números puxados por Costa (os seus e os do balanço da legislatura) e aí voltou a dominar. Mas Passos, mesmo à sombra da obra feita, quase derrubou o ex-autarca, expondo o plano do PS para "poupar" mil milhões em apoios sociais. Costa, sábio como Pedro Mota Soares (CDS), remeteu detalhes para a concertação social. E contra-atacou com o "corte de 600 milhões nas pensões" da maioria.
Os dois candidatos vivem no mesmo país, mas fingiram neste debate das rádios que Portugal não tem uma dívida monumental para pagar nas próximas décadas, que as empresas não estão ainda mais endividadas do que o Estado.
Fizeram de conta que os bancos, novos e velhos, não estão endividados ou, pior, paralisados à espera uns dos outros na aposta em empresas supercompetitivas e geniais. Mantiveram que as reformas estruturais (cada um puxou das suas) continuam válidas, a dar frutos.
Num debate dominado pela economia, não se falou de corrupção, de desperdício, do buraco imenso do investimento privado e público, muito menos do estado anémico da economia internacional. Como se Portugal pudesse ser mais sem Espanha, Angola, Brasil, Alemanha, ou sem o BCE e a Reserva Federal dentro da equação. Passos disse que, com as condições de base por si criadas, as pessoas podem "sonhar com os pés assentes na terra". Costa prefere "dar mais a quem mais precisa e menos a quem menos precisa". Portugal, sendo um país lindo e especial, ainda esconde lugares-comuns.
por LUÍS REIS RIBEIRO, Jornalista Dinheiro Vivo
Diário de Notícias
Dinheiro Vivo: Debate de ricos sobre um país pobre
Passos vendeu Portugal como a Finlândia do sul, Costa já sonha com a nova Itália
Pedro Passos Coelho vendeu Portugal como uma Finlândia do sul, um país que resolveu os problemas graves e em que as empresas podem finalmente crescer e criar emprego como sempre sonharam. A maior saliência no discurso do líder da coligação foi na adjetivação. É preciso uma reforma da Segurança Social e "grande". O resto da economia faz-se por si.
António Costa mostrou que a sua nova Itália é um sítio sofisticado sobre o qual é possível montar um cenário macro que gera resultados avassaladores (3,1% de crescimento real em 2017 com inflação baixa). A maior saliência: trazer rendimentos do futuro para o consumidor gastar hoje e rescisões que parecem despedimentos com direito a prémio.
O debate circulou muito em torno de números puxados por Costa (os seus e os do balanço da legislatura) e aí voltou a dominar. Mas Passos, mesmo à sombra da obra feita, quase derrubou o ex-autarca, expondo o plano do PS para "poupar" mil milhões em apoios sociais.
Costa, sábio como Pedro Mota Soares (CDS), remeteu detalhes para a concertação social. E contra-atacou com o "corte de 600 milhões nas pensões" da maioria.
Os dois candidatos vivem no mesmo país, mas fingiram neste debate das rádios que Portugal não tem uma dívida monumental para pagar nas próximas décadas, que as empresas não estão ainda mais endividadas que o Estado.
Fizeram de conta que os bancos, novos e velhos, não estão endividados ou, pior, paralisados à espera uns dos outros na aposta em empresas super competitivas e geniais. Mantiveram que as reformas estruturais (cada um puxou das suas) continuam válidas, a dar frutos.
Num debate dominado pela Economia, não se falou de corrupção, de desperdício, do buraco imenso do investimento privado e público, muito menos do estado anémico da economia internacional. Como se Portugal pudesse ser mais sem Espanha, Angola, Brasil, Alemanha, ou sem o BCE e a Reserva Federal dentro da equação.
Passos disse que, com as condições de base por si criadas, as pessoas podem "sonhar com os pés assentes na terra".
Costa prefere "dar mais a quem mais precisa e menos a quem menos precisa".
Portugal, sendo um país lindo e especial, ainda está cheio de lugares comuns.
Por Luís Reis Ribeiro
18/09/2015 | 12:00 | Dinheiro Vivo
Pedro Passos Coelho vendeu Portugal como uma Finlândia do sul, um país que resolveu os problemas graves e em que as empresas podem finalmente crescer e criar emprego como sempre sonharam. A maior saliência no discurso do líder da coligação foi na adjetivação. É preciso uma reforma da Segurança Social e "grande". O resto da economia faz-se por si.
António Costa mostrou que a sua nova Itália é um sítio sofisticado sobre o qual é possível montar um cenário macro que gera resultados avassaladores (3,1% de crescimento real em 2017 com inflação baixa). A maior saliência: trazer rendimentos do futuro para o consumidor gastar hoje e rescisões que parecem despedimentos com direito a prémio.
O debate circulou muito em torno de números puxados por Costa (os seus e os do balanço da legislatura) e aí voltou a dominar. Mas Passos, mesmo à sombra da obra feita, quase derrubou o ex-autarca, expondo o plano do PS para "poupar" mil milhões em apoios sociais.
Costa, sábio como Pedro Mota Soares (CDS), remeteu detalhes para a concertação social. E contra-atacou com o "corte de 600 milhões nas pensões" da maioria.
Os dois candidatos vivem no mesmo país, mas fingiram neste debate das rádios que Portugal não tem uma dívida monumental para pagar nas próximas décadas, que as empresas não estão ainda mais endividadas que o Estado.
Fizeram de conta que os bancos, novos e velhos, não estão endividados ou, pior, paralisados à espera uns dos outros na aposta em empresas super competitivas e geniais. Mantiveram que as reformas estruturais (cada um puxou das suas) continuam válidas, a dar frutos.
Num debate dominado pela Economia, não se falou de corrupção, de desperdício, do buraco imenso do investimento privado e público, muito menos do estado anémico da economia internacional. Como se Portugal pudesse ser mais sem Espanha, Angola, Brasil, Alemanha, ou sem o BCE e a Reserva Federal dentro da equação.
Passos disse que, com as condições de base por si criadas, as pessoas podem "sonhar com os pés assentes na terra".
Costa prefere "dar mais a quem mais precisa e menos a quem menos precisa".
Portugal, sendo um país lindo e especial, ainda está cheio de lugares comuns.
Por Luís Reis Ribeiro
18/09/2015 | 12:00 | Dinheiro Vivo
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