Olhar Sines no Futuro
BEM - VINDOS!!!!

Participe do fórum, é rápido e fácil

Olhar Sines no Futuro
BEM - VINDOS!!!!
Olhar Sines no Futuro
Gostaria de reagir a esta mensagem? Crie uma conta em poucos cliques ou inicie sessão para continuar.
Procurar
 
 

Resultados por:
 


Rechercher Pesquisa avançada

Entrar

Esqueci-me da senha

Palavras-chaves

2016  2018  cmtv  2011  2017  2014  tvi24  cais  2010  2023  2013  2015  2012  2019  

Últimos assuntos
» Sexo visual mental tens a olhar fixamente o filme e ouvi fixamente
A Alemanha não é a Volkswagen EmptyQui Dez 28, 2017 3:16 pm por Admin

» Apanhar o comboio
A Alemanha não é a Volkswagen EmptySeg Abr 17, 2017 11:24 am por Admin

» O que pode Lisboa aprender com Berlim
A Alemanha não é a Volkswagen EmptySeg Abr 17, 2017 11:20 am por Admin

» A outra austeridade
A Alemanha não é a Volkswagen EmptySeg Abr 17, 2017 11:16 am por Admin

» Artigo de opinião de Maria Otília de Souza: «O papel dos custos na economia das empresas»
A Alemanha não é a Volkswagen EmptySeg Abr 17, 2017 10:57 am por Admin

» Recorde de maior porta-contentores volta a 'cair' com entrega do Maersk Madrid de 20.568 TEU
A Alemanha não é a Volkswagen EmptySeg Abr 17, 2017 10:50 am por Admin

» Siemens instalou software de controlo avançado para movimentações no porto de Sines
A Alemanha não é a Volkswagen EmptySeg Abr 17, 2017 10:49 am por Admin

» Pelos caminhos
A Alemanha não é a Volkswagen EmptySeg Abr 17, 2017 10:45 am por Admin

» Alta velocidade: o grande assunto pendente
A Alemanha não é a Volkswagen EmptySeg Abr 17, 2017 10:41 am por Admin

Galeria


A Alemanha não é a Volkswagen Empty
maio 2024
DomSegTerQuaQuiSexSáb
   1234
567891011
12131415161718
19202122232425
262728293031 

Calendário Calendário

Flux RSS


Yahoo! 
MSN 
AOL 
Netvibes 
Bloglines 


Quem está conectado?
52 usuários online :: 0 registrados, 0 invisíveis e 52 visitantes

Nenhum

O recorde de usuários online foi de 864 em Sex Fev 03, 2017 11:03 pm

A Alemanha não é a Volkswagen

Ir para baixo

A Alemanha não é a Volkswagen Empty A Alemanha não é a Volkswagen

Mensagem por Admin Qua Out 21, 2015 10:48 am

O escândalo da Volkswagen levantou questões sobre o modelo de produção alemão. Se o sucesso dos veículos da empresa com motores diesel se deveu, em parte, a esforços fraudulentos para esconder a quantidade de poluentes perigosos que emitiam, revelações semelhantes por parte de outras empresas vão levantar questões relativamente à transformação do país "doente da Europa" em potência económica assente nas exportações?

Felizmente, a resposta é quase certamente não. A vantagem competitiva da Alemanha não se baseia em tramas mas na forma como as suas empresas são estruturadas e na cultura em que operam. A empresa automóvel germânica líder foi uma excepção às normas de produção que impulsionaram o êxito do país e não um exemplo delas.
 
De facto, o sucesso da Alemanha é frequentemente citado como um modelo que outros países deveriam imitar e com razão. Desde o início do século, o país cresceu para tornar-se um dos líderes mundiais de exportações, ultrapassando todos os grandes países europeus. De 2000 a 2013, as exportações alemãs cresceram 154%, comparando com os 127% que cresceram as exportações alemãs, os 98% que cresceram as exportações do Reino Unido, 79% das exportações francesas e 72% das exportações italianas.
 
A principal explicação para o desempenho impressionante das exportações alemãs recentemente é a contenção salarial. Mas, como mostra uma comparação com a Espanha, um crescimento mais célere dos salários em outros lugares não pode ser a história completa. Para ser clara, de 2000 a 2008, os salários na Alemanha cresceram 19%, comparado com os 48% registados em Espanha. Mas depois da crise financeira de 2009, os papéis reverteram-se. De 2009 a 2013, os salários nominais germânicos subiram mais de 14%, comparando com os 4% em Espanha. E, apesar de um mais rápido crescimento dos salários na Alemanha, as exportações do país recuperaram mais rapidamente que as espanholas – ou em qualquer outro país da União Europeia.
 
O factor mais importante por detrás do sucesso da Alemanha é que a estrutura das suas empresas melhora a qualidade dos seus produtos. As companhas exportadoras germânicas estão organizadas de uma maneira que é menos hierarquizada e mais descentralizada que outras empresas europeias. Isto dá-lhes várias vantagens. A descentralização permite aos empregados dos níveis mais baixos da hierarquia da empresa elaborar e implementar novas ideias. Como esses funcionários estão frequentemente mais próximos dos clientes do que os que estão nos níveis mais elevados, o seu conhecimento colectivo sobre o que o mercado está a pedir é uma importante fonte de valor.
 
O aproveitamento deste conhecimento permite à Alemanha competir em qualidade, não em preço. De facto, se a contenção salarial foi o principal factor do sucesso alemão, seria difícil ultrapassar os exportadores franceses, italianos, britânicos e espanhóis, que concorrem sobretudo no preço através de uma deslocalização da produção para países como salários baixos. De facto, o foco germânico na qualidade permite às empresas cobrar preços mais elevados e ganhar novos clientes. Quando as exportadoras são chamadas a classificar os seus produtos em relação à média do mercado, 40% das empresas exportadoras alemãs classifica os seus bens como de qualidade de topo, enquanto apenas 10% das empresas francesas o fazem.
 
Uma gestão descentralizada ajudou as exportadoras alemãs a triplicar a sua quota do mercado mundial para bens com qualidade elevada comparativamente com as empresas que não se reorganizaram. De facto, quando estudei 1% das exportadoras alemãs de topo – as super estrelas exportadoras do país – descobri que elas mais do que duplicaram a sua quota do mercado mundial de exportações quando optaram por descentralizar as suas organizações.
 
Este foco na qualidade pode explicar porque as exportações germânicas recuperaram rapidamente depois de 2009, apesar do crescimento nominal dos salários. A qualidade torna as exportações menos vulneráveis a mudanças de preços – incluindo aquelas que são conduzidas pela subida dos salários. Por outro lado, os países em que as empresas concorrem em preço podem ter sentido mais pressão para transferirem a produção para o estrangeiro dado que os salários domésticos tinham subido. A insensibilidade relativa da Alemanha em relação à subida dos custos pode também explicar porque é que o governo está confortável com um euro forte, enquanto a França e a Itália têm pedido ao Banco Central Europeu para enfraquecer a moeda.
 
De facto, a Volkswagen escolheu uma abordagem diferente à da maioria das empresas alemãs. Em vez de descentralizar o poder, o CEO Martin Winterkorn manteve-se como líder de uma organização centralizada, comandada e controlada, em que actuava como patriarca. O seu desejo de levar a companhia ao topo da indústria automóvel mundial, ultrapassando a Toyota, colocou uma pressão enorme nos seus gestores para entregarem crescimento. O resultado – uma decisão para falsear testes de emissões – diz menos sobre a cultura germânica de produção do que da podridão da empresa automóvel, começando mesmo no topo.
 
De acordo com o Inquérito Mundial de Valor, a Alemanha é uma sociedade de elevada confiança, na qual os cidadãos têm confiança nos seus concidadãos e actuam de acordo com isso. De facto, a lição que se pode tirar do escândalo da Volkswagen é que a cultura pode ser necessária para que o seu modelo exportador possa funcionar. As exportadoras francesas e italianas que introduziram uma gestão descentralizada não aumentaram a sua quota do mercado mundial de bens de elevada qualidade. A razão possível é que dar mais autonomia aos directores de divisão não lhes dá apenas mais tempo para responder às exigências do mercado; permite-lhes também colocar os seus interesses da sua carreira acima do bem-estar da empresa.
 
Se a Alemanha quer manter o seu domínio económico, terá de fazer algo mais do que restringir salários ou restruturar hierarquias. Vai ter de assegurar que uma cultura de integridade, subjacente ao seu sucesso, continua inalterada apesar das pressões da concorrência mundial. 
 
Dalia Marin é professora de Economia Internacional na Universidade de Munique e investigadora sénior no think tank económico Breugel.
 
Direitos de Autor: Project Syndicate, 2015.
www.project-syndicate.org
Tradução: Ana Laranjeiro

20 Outubro 2015, 20:00 por Dalia Marin
Negócios
Admin
Admin
Admin

Mensagens : 16761
Pontos : 49160
Reputação : 0
Data de inscrição : 07/12/2013
Idade : 37
Localização : Sines

http://olharsinesnofuturo.criarforum.com.pt

Ir para o topo Ir para baixo

Ir para o topo

- Tópicos semelhantes

 
Permissões neste sub-fórum
Não podes responder a tópicos