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Mais que um número
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Mais que um número
O êxodo dos refugiados passou a notícia de poucos caracteres. Há pouca pressão pública para que se perceba o que se está a fazer em Portugal. Provavelmente pouco mais que nada, nestes dias de governo a prazo com cada gabinete preocupado com tratar da sua vidinha e respectivas famílias de interesses.
Mas a vaga de gente nos caminhos da Europa não parou com a chegada do mau tempo. Foge-se da guerra, foge-se da fome. Não se olha a estações do ano, nem às angústias da tremelicante democracia lusa.
Por cá continuamos a pensar que nos caberão 5 mil refugiados e que o seu acolhimento extinguirá as nossas responsabilidades no drama. Mas 5 mil é um número de quem não vê pessoas nas unidades de moeda da folha de cálculo. De quem evita afrontar o problema.
O movimento é muito maior e estamos longe de conseguir medir a sua dimensão.
A Síria é um dos países que alimentam este êxodo mas não é o único. Será, provavelmente, o que melhor mostra como a acção da NATO e da UE conseguiu lançar o caos naquele que, até há bem pouco, era um dos países de cultura religiosa e política mais liberal do Médio Oriente. Mas este êxodo é mais longínquo – temporal e geograficamente. Há muitos anos que se assiste a um movimento de deslocação de populações em fuga da África Central. Numa primeira fase deslocam-se para o Norte de África, mais próspero. Não são recebidos por muros mas são metidos em campos que são prisões sem qualquer possibilidade de começarem uma vida nova e em condições de isolamento até pelo racismo marcado pela tez diferente. São pessoas da Eritreia, do Mali, da Nigéria, da Somália ou do Chade, que há anos chegam à costa italiana. A estes fluxos ainda se junta gente proveniente do Oriente – dos países em que Bush lançou a guerra desde 2001 – Afeganistão, Paquistão ou Iraque –, do Norte de África – sobretudo, da Líbia – e dos Balcãs.
Estamos pois perante uma realidade que tenderá a ser um tema central na Europa das próximas décadas.
Escreve à segunda-feira
Tiago Mota Saraiva
Jornal i
Mas a vaga de gente nos caminhos da Europa não parou com a chegada do mau tempo. Foge-se da guerra, foge-se da fome. Não se olha a estações do ano, nem às angústias da tremelicante democracia lusa.
Por cá continuamos a pensar que nos caberão 5 mil refugiados e que o seu acolhimento extinguirá as nossas responsabilidades no drama. Mas 5 mil é um número de quem não vê pessoas nas unidades de moeda da folha de cálculo. De quem evita afrontar o problema.
O movimento é muito maior e estamos longe de conseguir medir a sua dimensão.
A Síria é um dos países que alimentam este êxodo mas não é o único. Será, provavelmente, o que melhor mostra como a acção da NATO e da UE conseguiu lançar o caos naquele que, até há bem pouco, era um dos países de cultura religiosa e política mais liberal do Médio Oriente. Mas este êxodo é mais longínquo – temporal e geograficamente. Há muitos anos que se assiste a um movimento de deslocação de populações em fuga da África Central. Numa primeira fase deslocam-se para o Norte de África, mais próspero. Não são recebidos por muros mas são metidos em campos que são prisões sem qualquer possibilidade de começarem uma vida nova e em condições de isolamento até pelo racismo marcado pela tez diferente. São pessoas da Eritreia, do Mali, da Nigéria, da Somália ou do Chade, que há anos chegam à costa italiana. A estes fluxos ainda se junta gente proveniente do Oriente – dos países em que Bush lançou a guerra desde 2001 – Afeganistão, Paquistão ou Iraque –, do Norte de África – sobretudo, da Líbia – e dos Balcãs.
Estamos pois perante uma realidade que tenderá a ser um tema central na Europa das próximas décadas.
Escreve à segunda-feira
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