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Cimeira do Clima de Paris
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Cimeira do Clima de Paris
Nos últimos dias, as atenções no meu país também se viraram para a Cimeira do Clima de Paris. A participação de Chefes de Estado e de Governo de cerca de 150 países na abertura da conferência representa um sinal inequívoco de solidariedade depois dos ataques terroristas de 13 de novembro.
Esta forte presença também evidencia outra questão: as alterações climáticas passaram, em todo o mundo, para o topo das agendas políticas, e as perspetivas para um acordo abrangente, ambicioso e vinculativo subiram consideravelmente. A Alemanha esteve representada na abertura pela chanceler federal Angela Merkel, que há 20 anos, como Ministra do Ambiente, foi a anfitriã da primeira Conferência do Clima da ONU em Berlim. Nessa função, contribuiu decisivamente para as negociações do Protocolo de Quioto de 11 de dezembro de 1997, que estabeleceu pela primeira vez objetivos vinculativos para a emissão de gases de efeito de estufa.
A meta mais importante na Cimeira de Paris vai ser a de garantir um limite de aquecimento de dois graus: até 2100 a subida de temperatura global não deve superar 2° C em comparação com o nível pré-industrial. É uma meta ambiciosa: segundo as previsões, a temperatura vai aumentar cerca de 4° C se mantivermos, em termos globais, o nível atual de emissão de gases de efeito de estufa.
Portanto, chegou a altura para uma mudança fundamental e esta mudança compete a cada um de nós. Na próxima primavera, a nossa atual ministra do Ambiente vai apresentar um plano para a proteção do clima que vai consolidar os objectivos a alcançar até 2050, incluindo a redução das emissões em 80% a 95%. Além disso, já foi apresentado o “Programa de ação para a proteção do clima”, com o fim de reduzir as emissões em 40% até 2020, em comparação com o nível de 1990. Um aspecto indispensável é também a “descarbonização”, um processo inevitável a longo prazo. A Alemanha tem respondido a este desafio através da desativação de centrais de carvão com uma potência de 2,7 gigawatts. No total, o “Programa de ação para a proteção do clima” permite poupar até 78 milhões de toneladas de gases de efeito estufa até 2020. As energias renováveis representam atualmente 27% do consumo energético alemão.
No entanto, para proteger o clima e garantir o limite de 2 graus de aquecimento, é necessário a colaboração de todos os Estados. É importante distribuir de forma justa os encargos dos países industrializados e dos países em vias de desenvolvimento. É de saudar que muitos Estados já tenham apresentado propostas próprias para a proteção do clima em preparação à Cimeira de Paris. Está previsto que, a partir de 2020, sejam disponibilizados anualmente 100 mil milhões de dólares aos países mais pobres para o seu processo de adaptação às alterações climáticas.
A Alemanha vai aumentar para o dobro a sua contribuição de verbas públicas para este fundo. Para um avanço decisivo no combate às alterações climáticas é indispensável um acordo comum e vinculativo entre todos os Estados-membros, que clarifique objetivos e diretivas comuns, incentivando um maior empenho de todos os países. O preço a pagar por não alcançarmos um acordo seria demasiado elevado: significaria um aumento de catástrofes naturais, de conflitos, mais pessoas refugiadas, significaria viver num mundo mais perigoso.
00:05 h
Ulrich Brandenburg
Económico
Esta forte presença também evidencia outra questão: as alterações climáticas passaram, em todo o mundo, para o topo das agendas políticas, e as perspetivas para um acordo abrangente, ambicioso e vinculativo subiram consideravelmente. A Alemanha esteve representada na abertura pela chanceler federal Angela Merkel, que há 20 anos, como Ministra do Ambiente, foi a anfitriã da primeira Conferência do Clima da ONU em Berlim. Nessa função, contribuiu decisivamente para as negociações do Protocolo de Quioto de 11 de dezembro de 1997, que estabeleceu pela primeira vez objetivos vinculativos para a emissão de gases de efeito de estufa.
A meta mais importante na Cimeira de Paris vai ser a de garantir um limite de aquecimento de dois graus: até 2100 a subida de temperatura global não deve superar 2° C em comparação com o nível pré-industrial. É uma meta ambiciosa: segundo as previsões, a temperatura vai aumentar cerca de 4° C se mantivermos, em termos globais, o nível atual de emissão de gases de efeito de estufa.
Portanto, chegou a altura para uma mudança fundamental e esta mudança compete a cada um de nós. Na próxima primavera, a nossa atual ministra do Ambiente vai apresentar um plano para a proteção do clima que vai consolidar os objectivos a alcançar até 2050, incluindo a redução das emissões em 80% a 95%. Além disso, já foi apresentado o “Programa de ação para a proteção do clima”, com o fim de reduzir as emissões em 40% até 2020, em comparação com o nível de 1990. Um aspecto indispensável é também a “descarbonização”, um processo inevitável a longo prazo. A Alemanha tem respondido a este desafio através da desativação de centrais de carvão com uma potência de 2,7 gigawatts. No total, o “Programa de ação para a proteção do clima” permite poupar até 78 milhões de toneladas de gases de efeito estufa até 2020. As energias renováveis representam atualmente 27% do consumo energético alemão.
No entanto, para proteger o clima e garantir o limite de 2 graus de aquecimento, é necessário a colaboração de todos os Estados. É importante distribuir de forma justa os encargos dos países industrializados e dos países em vias de desenvolvimento. É de saudar que muitos Estados já tenham apresentado propostas próprias para a proteção do clima em preparação à Cimeira de Paris. Está previsto que, a partir de 2020, sejam disponibilizados anualmente 100 mil milhões de dólares aos países mais pobres para o seu processo de adaptação às alterações climáticas.
A Alemanha vai aumentar para o dobro a sua contribuição de verbas públicas para este fundo. Para um avanço decisivo no combate às alterações climáticas é indispensável um acordo comum e vinculativo entre todos os Estados-membros, que clarifique objetivos e diretivas comuns, incentivando um maior empenho de todos os países. O preço a pagar por não alcançarmos um acordo seria demasiado elevado: significaria um aumento de catástrofes naturais, de conflitos, mais pessoas refugiadas, significaria viver num mundo mais perigoso.
00:05 h
Ulrich Brandenburg
Económico
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