Governo tem prazo de um ano para apresentar linhas estratégicas do Plano Ferroviário Nacional

O actual Governo terá ao seu dispor o prazo de um ano para apresentar à Assembleia da República um documento estratégico respeitante ao sistema ferroviário, elaborando um planeamento de promoção da mobilidade, quer de passageiros quer de mercadorias. A resolução que assim ditou o limite temporal foi assinada por Ferro Rodrigues e publicada em Diário da República na passada Terça-feira.

Segundo a resolução firmada, o documento estratégico funcionará como base a "um Plano Ferroviário Nacional, que tenha por orientação a requalificação e reabilitação da rede ferroviária e se traduza em princípios de sustentabilidade articulando os diversos sistemas de transportes e assente num modelo em rede", incluindo a definição das linhas ferroviárias focadas na abrangência dos territórios nacional, regional assim como as ligações transfronteiriças, ibéricas e transeuropeia.

O documento terá delinear também as linhas orientadoras de um sistema de interligação ferroviário que garanta 'hinterlands' portuários atlânticos e aeroportuários, de modo a assegurar conexões capazes de constituir um todo dotado de interoperabilidade; terão de ser igualmente incluídas as linhas ferroviárias de cariz metropolitano e de vocação urbana e as linhas ferroviárias e os ramais com elevado potencial de desenvolvimento territorial (onde se inclui o desenvolvimento turístico).

O documento inclui ainda a ligação das áreas metropolitanas com os sistemas urbanos e a "intermodalidade entre os vários sistemas de transporte de pessoas e de mercadorias através de interligações entre os principais portos, aeroportos e fronteiras terrestres", como noticia o Jornal de Negócios na sua edição online. É ainda expectável a consonância de linhas de bitola ibérica e da UIC (União Internacional de Caminhos-de-Ferro) e a construção de ligações ferroviárias internacionais com vista ao transporte de passageiros/mercadorias.

30/12/2015
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