Procurar
Tópicos semelhantes
Entrar
Últimos assuntos
Tópicos mais visitados
Quem está conectado?
Há 43 usuários online :: 0 registrados, 0 invisíveis e 43 visitantes Nenhum
O recorde de usuários online foi de 864 em Sex Fev 03, 2017 11:03 pm
O Declínio do Transporte Marítimo
Página 1 de 1
O Declínio do Transporte Marítimo
É oficial. Ninguém pode dizer o contrário. O Transporte Marítimo saturou tanto, que entrou numa fase de declínio de onde deverá sair lentamente até 2018. A inauguração de novos navios, cada vez maiores, na sua dimensão e capacidade levou a uma enorme sobre-procura que inundou o mercado e o levou a estagnação. Os maiores armadores mundiais, andam em contenção de custos, redução de investimento e em certos casos em despedimentos.
As alianças entretanto formadas, reduziram os custos, mas de certa forma também reduziu a autonomia de cada armador. Desde 2014 para cá, já fecharam 43 Terminais Portuários, sendo que dos últimos que fecharam, dois pertenciam a PSA Internacional ( Que opera em Sines ), e outro pertencente ao grupo Yildirim ( Que opera agora em vários Terminais nacionais, Lisboa incluída). Apesar do Transporte Marítimo de Contentores, ser o principal meio de transporte à nível Mundial, as crises cíclicas vem acontecendo de há anos para cá. Em 2009, 2012 e agora em 2015, os ciclos vão-se sucedendo, fazendo com que o mercado se tenha de redimensionar a cada ciclo de crise.
Mas o futuro não augura nada de bom. A tendência dos concessionários portuários para a inovação, para o futuro da automatização, irá criar não só um novo paradigma, em que o meio automático será preferível que o meio humano, tornando os terminais mundiais em terminais sem vida, sem a componente humana, tornando-se quiçá numa qualquer cena de um filme futurista. A enorme pressão para conter custos, não só devido à enorme questão da oferta, irá fazer com que seja cada vez menos necessário a figura do Estivador, querendo esta nova mentalidade quase que extinguir aquele que foi o principal alicerce no crescimento do sector portuário.
Chegamos a 2015, não com uma visão mais positivista deste Sector, mas com quase a certeza de que ao aumentar a oferta e a diminuir a procura, ao querermos automatizar em vez de incentivar o potencial humano, irá levar a um novo modelo de gestão que não beneficiara ninguém, ao não ser os interesses dos grupos portuários, cansados de ter de lutar contra uma classe laboral de valor e de trabalho. É o futuro dirão uns. É um retrocesso social que irá levar ao despedimentos ( Ainda mais do que tem existido ultimamente). Sem navios e movimentação, não há lucro. Sem investimento, não há crescimento. Sem todos estes factores, o sector dispersa e decresce. Será que queremos um futuro brilhante? Ou será que queremos um futuro frio?
Em Portugal, o futuro é ainda incerto. Ainda tem de clarificar o seu caminho. Mas é cada vez mais complicados para os concessionários lutarem contra a concorrência barata e quase desleal. Lisboa é um Terminal com futuro muito incerto, apesar do investimento milionário proveniente da Turquia. Em Sines, também afectada pela conjuntura global, também afundou, tendo ainda de lutar com a concorrência feroz do Transhipment proveniente do Norte de África. Os restantes terminais também com os seus problemas, nomeadamente a sua reduzida dimensão, hinterlands de baixo rendimento e estratégia sem sentido, com uma excepção clara de Setúbal, que tem tido o engenho de reinventar-se de modo a surgir como uma alternativa muito credível à Lisboa. Uma coisa temos a certeza. Quando a Economia Global reacender, a Economia do Mar irá recuperar. Mas que estragos irá existir até voltarmos ao crescimento?
segunda-feira, 14 de dezembro de 2015
Publicada por Portal do Mar à(s) 11:29
Portal do Mar
Tópicos semelhantes
» Transporte marítimo de contentores crescerá até 3,8% ao ano
» Transporte Maritimo em má onda visto do Espaço
» OE 2017: O que esperar para o Transporte Marítimo?
» Transporte Maritimo em má onda visto do Espaço
» OE 2017: O que esperar para o Transporte Marítimo?
Página 1 de 1
Permissões neste sub-fórum
Não podes responder a tópicos
Qui Dez 28, 2017 3:16 pm por Admin
» Apanhar o comboio
Seg Abr 17, 2017 11:24 am por Admin
» O que pode Lisboa aprender com Berlim
Seg Abr 17, 2017 11:20 am por Admin
» A outra austeridade
Seg Abr 17, 2017 11:16 am por Admin
» Artigo de opinião de Maria Otília de Souza: «O papel dos custos na economia das empresas»
Seg Abr 17, 2017 10:57 am por Admin
» Recorde de maior porta-contentores volta a 'cair' com entrega do Maersk Madrid de 20.568 TEU
Seg Abr 17, 2017 10:50 am por Admin
» Siemens instalou software de controlo avançado para movimentações no porto de Sines
Seg Abr 17, 2017 10:49 am por Admin
» Pelos caminhos
Seg Abr 17, 2017 10:45 am por Admin
» Alta velocidade: o grande assunto pendente
Seg Abr 17, 2017 10:41 am por Admin