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Mensagem por Admin Dom Jan 10, 2016 11:46 am

Acção e Pensamento 12-_Nuno_Santa_Clara_0

Há já alguns anos, numa daquelas conversas à volta de recordações da Guerra (a que marcou a minha geração), falava-se da capacidade inventiva dos portugueses. Aquele célebre “desenrasca”, que resolveu tantas situações, e que parece ser uma especialidade nacional. E aí, um dos presentes definiu exemplarmente um dos decisores dessa época: Homem de Ação e Pensamento – precisamente por esta ordem.

É facto comprovado que muitas vezes essa veia foi a boia de salvação nas situações extremas com que fomos envolvidos. A esse dom da Providência (Divina?), o de encontrar uma solução nos momentos de aperto, só faltou o reconhecimento oficial, mediante a sua inclusão nos compêndios de doutrina e manuais de campanha.

Para além de todas as teorias de tomada de decisão, o “desenrascanço” teria direitos de cidadania.

Essa mesma capacidade foi reconhecida em vários trabalhos ultimamente vindos a público sobre o modo português de fazer a guerra. Neles, entre outras cosas, se admira o engenho português em tornear o bloqueio no fornecimento de armamento, através da conceção e fabrico nacional de algumas soluções, como o da criação de granadas de espingarda, o uso da deteção de minas com um simples espeque de ferro, ou da adoção da manobra evasiva dos nossos aviões aos sofisticados mísseis antiaéreos SAM-7 “Strella”.

O que ninguém disse foi que esse génio nasceu da necessidade extrema, e essa foi o fruto da imprevidência. A título de exemplo, as primeiras tropas a embarcar para Angola em 1961 iam armadas com a espingarda Mauser de 1937, na realidade uma arma adotada pelo exército alemão no fim do século XIX, a famigerada 98K… porque se encontrava ainda em fase de estudo da sua substituição por espingardas automáticas, já em uso nos países da NATO ou do Bloco Soviético.

Dentro deste espírito, digamos que descontraído, vale a pena aqui recordar uma figura típica, um oficial de Estado-Maior, dotado daquele “grain de folie” que todos deveríamos ter, que, ao ser interpelado por um superior para tratar de um assunto definido como “muito urgente”, perfilou-se e disse: “saberá o meu General que, em 32 anos de serviço, só tive um caso muito urgente: as inundações de 1967, de que ninguém estava à espera; o resto, não era urgente: não foi tratado a tempo”.

Fim de citação.

Não se trata aqui de fazer História Militar; mas esta é indissociável do conjunto mais vasto da nossa História, em que as tendências genéticas se manifestam.

Portanto, aquele slogan do antigamente “O Exército é o espelho da Nação” é mais profundo do que se pensa. Sobretudo num País vivendo num regime de serviço militar obrigatório, nisso incluindo os quadros inferiores – ou seja, aqueles que estão no terreno. Nos cem anos da participação portuguesa na I Guerra Mundial, é bom lembrar que a primeira linha de trincheiras era conhecida por “Alameda dos Alferes”, sendo que os Alferes eram, maioritariamente, milicianos.

Sendo o Exército o espelho da Nação, o fenómeno inverso também se verifica, pelo que nada mais natural do que a presença, em altas instâncias, de homens de Ação e Pensamento - precisamente por esta ordem.

A nossa memória tem critérios de seleção que nos escapam. Assim, há coisas que ficam, para além da sua importância (real ou aparente). Por exemplo, quando surgiram os primeiros casos de SIDA, houve um senhor que veio à Televisão e disse: a situação ainda não é grave; quando for, irão ser tomadas providências. Assim mesmo!

As estórias que vão saindo, a conta-gotas, sobre as crises bancárias, têm algo de comum com os exemplos apontados. Lá vemos todos os sinais de alarme, logo escamoteados, para ressurgir mais à frente, para novo eclipse… Aparentemente, está-se a pensar na solução; mas esta acaba por ser imposta, prevalecendo a ação imediata e imposta sobre a solução estudada e amadurecida. Como se tratasse de um confronto: os homens de pensamento e ação contra os homens de ação e pensamento. Quem tem vindo a ganhar?

Em certas obras públicas - e a Madeira em algumas realizações é um caso de estudo – reina o mesmo bom espírito. Primeiro, faz-se: é o primado da ação. Depois medem-se os impactos: é tempo de pensamento.

No Ensino, o comum dos cidadãos fica com a sensação de que se está em pleno programa de simulação, em tempo real e à escala 1:1. Ou seja, enquanto vão decorrendo as aulas, vão-se ensaiando alterações de programas, de avaliação, de competências, etc., como se os alunos fossem cobaias, e os professores voluntários para uma experiência excitante.

A incapacidade de previsão poderia ser exemplificada por algo que nos soa mais familiar. É como constatar que se está a abrir concurso público para aquisição de mangueiras de combate aos incêndios florestais no dia 1 de Julho, em simultâneo com a inauguração da época dos ditos fogos e em pleno alerta laranja, para não dizer vermelho.

Quosque tandem (como dizia Cícero), até quando, abusarão da nossa paciência os mestres da imprevisão?

É importante contabilizar os recursos. Mas há um recurso que raramente é contabilizado: o tempo. Apesar de, já no século XVIII, Benjamin Franklin ter afirmado que “tempo é dinheiro”.

Os madeirenses sabem bem, na própria pele, o que significou o atraso na ampliação do porto do Funchal, o atraso na construção do aeroporto, ou o atraso na adaptação do porto aos grandes cruzeiros. São os exemplos mais flagrantes, pelas implicações económicas e financeiras que tiveram.

Quando entraremos na fase de pensamento e ação – por esta ordem?

Nuno Santa Clara
Diário de Notícias de Madeira
Domingo, 10 de Janeiro de 2016
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