C.P. de Setúbal: melhorias na ferrovia são cruciais para progresso contínuo do porto

Na defesa da importância estratégica do Porto de Setúbal, não apenas para a região mas também dentro de um contexto nacional, a Comunidade Portuária de Setúbal (CPS) veio a terreiro exigir o melhoramento das infra-estruturas ferroviárias, tidas como um vital elo de ligação de um progresso constante, que, ainda assim, necessita de fomento, investimento e inequívoca aposta. Para o Porto de Setúbal crescer ainda mais, será necessário investir na intermodalidade maritimo-ferroviária.

Como contextualiza a Comunidade Portuária de Setúbal (CPS) no seu comunicado, "o Porto de Setúbal tem registado um crescimento assinalável na última década, obtido, em boa parte, pelo desenvolvimento da intermodalidade marítimo-ferroviária", relembrando que este é o segundo porto nacional em número de comboios e o que maior crescimento tem demonstrado na utilização da componente ferroviária (crescimento de 33% em 2014 face a 2013), com um terço dos comboios a reportarem-se a Setúbal.

Face à indubitável fulcralidade estratégica do Porto de Setúbal em termos ferroviários, a conclusão é somente lógica: a prioridade de projectos como os que incidem na Zona Central do Porto, na ligação à Termitrena e no acesso ao Triângulo das Praias do Sado deve ser encarada como uma realidade urgente, já que a sua concretização permitirá o crescimento do movimento de cargas, "sendo possível a quase duplicação do número de comboios nos próximos 10 anos".

A CPS faz questão de lembrar, a par da Administração dos Portos de Setúbal e Sesimbra (APSS), tem avisado para o esgotamento das actuais infra-estruturas ferroviárias de acesso aos Terminais do Porto de Setúbal (Setúbal Mar). Com o acentuado crescimento dos últimos dois anos, a CPS poucas dúvidas tem de que se atingiu o limite da capacidade instalada, temendo-se o comprometimento do crescimento, algo que se deveu, em boa parte, ao "bom funcionamento da ferrovia".

Assim, "com o objectivo de responder às necessidades prementes do porto", a Comunidade Portuária colocou mãos à obra e tem promovido sessões de trabalho nas quais foram identificados vários constrangimentos ao nível de linhas, áreas de manobra e estacionamento bem como electrificação de pequenos troços, os quais poderão ser removidos com investimentos de pequena monta, permitindo duplicar a capacidade do porto de receber e expedir mercadorias por ferrovia.

26/01/2016
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