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População portuguesa cansada de guerra
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População portuguesa cansada de guerra
A vida dos portugueses é uma história de cordel. Não de peste, fome e guerra, morte e amor como a de Tereza Batista, mas com contornos dramáticos e resistência semelhantes.
Passados os anos da ‘troika’, e o esforço que isso implicou para todos, o Governo de Costa apresentou um esboço do OE para 2016 que prevê um crescimento de 2,1% e uma redução do défice para 2,6% com um ajustamento estrutural de 0,2 pontos percentuais. Diz o seu sumário executivo que a estratégia que usa para o conseguir é possível porque há um processo de consolidação orçamental em curso que é necessário manter; há um potencial de crescimento económico dando espaço às reformas já realizadas; há condições internacionais, aumento das exportações, recuperação das economias europeias, crescimento do emprego e redução do desemprego. Tudo isto, obviamente, vem dos últimos quatro anos.
E uma vez lentamente ‘back on track’ o que vai o governo fazer?
Tábua rasa disso e voltar a 2011!
Repõe salários e prestações sociais e reduz a sobretaxa e IVA da restauração para estimular o consumo. Voltam as 35 horas na Função Pública, que também é exceção ao manter as reformas antecipadas numa vergonhosa reposição de privilégios.
Descongela as contratações pelo Estado, contratando jovens qualificados para compensar a saída de funcionários públicos.
Mas prepara-se para reverter as medidas de flexibilização do mercado laboral do último governo que o Economist reconheceu como catalisadoras do emprego jovem. O Estado tomará conta da economia. Reverte privatizações e subconcessões, acaba a descida do IRC. Sobe o salário mínimo e também cria o crédito fiscal para trabalhadores mais pobres. Toma medidas que anulam os efeitos umas das outras. A imprensa internacional cai-nos em cima e os investidores afastam-se porque ninguém investe com tanta imprevisibilidade. A despesa já vai em mil milhões, sem outra receita para a compensar que não a que o Governo confia que os efeitos das suas políticas gerará: por cada euro de estímulos a retoma devolverá quatro. Isto tudo com Centeno a dizer que este OE representa o maior esforço de contenção de despesa pública dos últimos anos.
A Comissão já comunicou que tem sérias dúvidas sobre os pressupostos deste OE e que, basicamente, o Governo terá de o alterar. Isto depois da Fitch avisar que nos pode cortar o ‘rating’ se falhar a redução do défice e da dívida, o que lhe parece provável dado que a estratégia se baseia em previsões de crescimento, receita e despesa irrealistas e da Moody’s se mostrar preocupada com uma estratégia económica focada no consumo privado e no aumento dos salários acima do crescimento da produtividade, que poderá resultar no regresso aos antigos desequilíbrios, com défices da balança corrente e uma perda de competitividade. Ao resgate. Acresce que não só se destrói a mudança estrutural que o país estava a fazer como se tenta garantir que essa mudança nunca acontecerá. Em Davos discutiu-se a quarta revolução industrial, autonomização e desintermediação, prevendo-se perturbações no modelo dos negócios e no mercado de trabalho e a perda de cinco milhões de empregos nos próximos cinco anos no mundo. Alertou a WEF que sem uma atuação urgente e focada em gerir esta transição a médio prazo e criar uma mão-de-obra com competências para o futuro, os governos vão enfrentar desigualdades e um desemprego crescente. A esquerda não encontrou melhor momento para destruir o sistema educativo e a CGTP sai para a rua para manter os privilégios de um regime em vias de extinção. Costa garante ao FT que a economia não crescerá alicerçada em fatores competitivos terceiro-mundistas enquanto destrói as possibilidades de criarmos os fatores do primeiro. Diz que sim a tudo porque lhe é indiferente desde que consiga alimentar os seus nichos de voto a tempo de ganhar as próximas eleições. Espera que Bruxelas lhe dê margem com o argumento que o PS é o campeão português da integração europeia (?). ‘Here we go again’.
00:05 h
Sandra Clemente
Económico
Passados os anos da ‘troika’, e o esforço que isso implicou para todos, o Governo de Costa apresentou um esboço do OE para 2016 que prevê um crescimento de 2,1% e uma redução do défice para 2,6% com um ajustamento estrutural de 0,2 pontos percentuais. Diz o seu sumário executivo que a estratégia que usa para o conseguir é possível porque há um processo de consolidação orçamental em curso que é necessário manter; há um potencial de crescimento económico dando espaço às reformas já realizadas; há condições internacionais, aumento das exportações, recuperação das economias europeias, crescimento do emprego e redução do desemprego. Tudo isto, obviamente, vem dos últimos quatro anos.
E uma vez lentamente ‘back on track’ o que vai o governo fazer?
Tábua rasa disso e voltar a 2011!
Repõe salários e prestações sociais e reduz a sobretaxa e IVA da restauração para estimular o consumo. Voltam as 35 horas na Função Pública, que também é exceção ao manter as reformas antecipadas numa vergonhosa reposição de privilégios.
Descongela as contratações pelo Estado, contratando jovens qualificados para compensar a saída de funcionários públicos.
Mas prepara-se para reverter as medidas de flexibilização do mercado laboral do último governo que o Economist reconheceu como catalisadoras do emprego jovem. O Estado tomará conta da economia. Reverte privatizações e subconcessões, acaba a descida do IRC. Sobe o salário mínimo e também cria o crédito fiscal para trabalhadores mais pobres. Toma medidas que anulam os efeitos umas das outras. A imprensa internacional cai-nos em cima e os investidores afastam-se porque ninguém investe com tanta imprevisibilidade. A despesa já vai em mil milhões, sem outra receita para a compensar que não a que o Governo confia que os efeitos das suas políticas gerará: por cada euro de estímulos a retoma devolverá quatro. Isto tudo com Centeno a dizer que este OE representa o maior esforço de contenção de despesa pública dos últimos anos.
A Comissão já comunicou que tem sérias dúvidas sobre os pressupostos deste OE e que, basicamente, o Governo terá de o alterar. Isto depois da Fitch avisar que nos pode cortar o ‘rating’ se falhar a redução do défice e da dívida, o que lhe parece provável dado que a estratégia se baseia em previsões de crescimento, receita e despesa irrealistas e da Moody’s se mostrar preocupada com uma estratégia económica focada no consumo privado e no aumento dos salários acima do crescimento da produtividade, que poderá resultar no regresso aos antigos desequilíbrios, com défices da balança corrente e uma perda de competitividade. Ao resgate. Acresce que não só se destrói a mudança estrutural que o país estava a fazer como se tenta garantir que essa mudança nunca acontecerá. Em Davos discutiu-se a quarta revolução industrial, autonomização e desintermediação, prevendo-se perturbações no modelo dos negócios e no mercado de trabalho e a perda de cinco milhões de empregos nos próximos cinco anos no mundo. Alertou a WEF que sem uma atuação urgente e focada em gerir esta transição a médio prazo e criar uma mão-de-obra com competências para o futuro, os governos vão enfrentar desigualdades e um desemprego crescente. A esquerda não encontrou melhor momento para destruir o sistema educativo e a CGTP sai para a rua para manter os privilégios de um regime em vias de extinção. Costa garante ao FT que a economia não crescerá alicerçada em fatores competitivos terceiro-mundistas enquanto destrói as possibilidades de criarmos os fatores do primeiro. Diz que sim a tudo porque lhe é indiferente desde que consiga alimentar os seus nichos de voto a tempo de ganhar as próximas eleições. Espera que Bruxelas lhe dê margem com o argumento que o PS é o campeão português da integração europeia (?). ‘Here we go again’.
00:05 h
Sandra Clemente
Económico
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