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Calvário da Linha de Cascais tem data para acabar… mas não a forma final
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Calvário da Linha de Cascais tem data para acabar… mas não a forma final
Estação de Caxias. Foto: João Cunha
A linha de Cascais faz parte dos investimentos públicos previstos na rede ferroviária até 2021. Aquela que é a segunda linha com mais passageiros no país, logo atrás da linha de Sintra, debate-se há muitos anos com graves problemas de infraestrutura e de material circulante, com repercussões devastadoras na qualidade de serviço prestado – tem sido aliás uma linha com uma tendência de perda de passageiros constante nos últimos anos.
Com a confirmação da execução dos investimentos ferroviários planeados em 2014, a linha de Cascais já tem uma data para se reapresentar de cara lavada e com a resolução de muitos dos problemas de que enferma na atualidade – em 2021, toda a infraestrutura deve ter passado por um programa de profunda renovação que vai custar mais de 125 milhões de Euros.
Contrariamente a boa parte dos investimentos anunciados, que se integram no quadro das redes transeuropeias de Transportes e estão por isso ao abrigo dos mecanismos de financiamento europeu do programa TEN-T, a linha de Cascais será candidata a financiamento comunitário via Plano Juncker. Por esta razão, a calendarização exata e a tipologia das obras não estão completamente fechadas.
Se a data limite para conclusão das obras parece estar fixada, já a forma não é tão clara – sabe-se apenas que o Governo descarta para já a hipótese de concessionar a linha a empresas privadas e abdicará assim de pedir a contribuição dos privados para os objetivos fixados. Os objetivos estão sobretudo relacionados com a fiabilidade da infraestrutura, cujo grau de obsolescência levanta há vários anos grandes preocupações.
Planeada nos últimos anos, é muito provável que tão profunda renovação se faça acompanhar finalmente da transição para uma eletrificação a 25.000V / 50 Hz. Na atualidade, a linha de Cascais é a única linha nacional eletrificada em corrente contínua, a 1500 V, o que obriga a dispor de um parque de material circulante completamente diferente da restante rede e que, ainda por cima, está também ele em avançado estado de decadência. Não só a eletrificação a 25.000V permite dispor de instalações de tracção muito mais modestas e fáceis de manter, como facilitaria de forma decisiva as opções de seleção da nova frota de material circulante, visto que poderia ser integrada numa rotação mais alargada do restante parque suburbano de Lisboa.
A bela linha de Cascais terá finalmente uma oportunidade de rejuvenescer.
A eletrificação a 1500V data de 1926 e era na altura o sistema mais moderno que existia. As instalações em frequência industrial 50 Hz só se começaram a aplicar na década de 50, sendo que Portugal foi pioneiro conjuntamente com a França, eletrificando os troços Lisboa – Carregado e Lisboa – Sintra a 25.000V ainda em meados da década de 50.
Todos os equipamentos de via serão substituídos, sendo a sinalização também renovada e unificada com a restante rede. Ao mesmo tempo serão instalados os sistemas de segurança comuns à restante rede, visto que a linha de Cascais também nisto é uma ilha na rede nacional. A velocidade máxima continuará a ser de 90 km/h em toda a extensão, o que é perfeitamente razoável para uma via de cariz urbano como é o caso.
Factor-chave para a melhoria do serviço nesta linha é a definição do material circulante a utilizar no futuro e neste ponto o Ministro do Planeamento indicou que está tudo em aberto e as soluções quer técnicas quer de financiamento se encontram em estudo. É sabido que para a CP a linha de Cascais há muito que é uma prioridade absoluta de investimento, pois nela se multiplicam os incidentes relacionados sobretudo com o material circulante vetusto, com graves implicações na fiabilidade do serviço prestado – as supressões são uma constante por avaria ou outras causas imputáveis quer ao material circulante, quer à própria linha.
As subestações de tracção existentes apresentam também um alto grau de obsolescência, pelo que podem ser um incentivo decisivo a trocar o sistema de eletrificação – é que mesmo mantendo a tensão em 1.500V, este tipo de equipamentos teria de ser completamente renovado e pouco se poderia reaproveitar.
13 FEVEREIRO, 2016
Portugal Ferroviário
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