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Afinal não quero
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Afinal não quero
Portugal tem um sector público enorme. A Madeira, proporcionalmente, embora por razões diversas, também o tem, porventura ainda maior. Isto significa encargos, muitos encargos, sobretudo para a percentagem da população que contribui através dos seus impostos para isso.
Se isto, na perspectiva de organização de sociedade que entendo ser a melhor, já é mau, pior ainda é a teia de interesses privados que gira à volta do Estado, se alimenta do seu orçamento, enriquece à custa de decisões políticas.
Por isto, sobretudo por isto, é que não mudamos, pois para quê arriscar quando tão grande número de pessoas vive hoje mais ou menos confortavelmente à sombra desta suposta segurança, que já tantas vezes foi inclusivamente assegurada por intervenções externas? Que os grandes beneficiários não se cansam de criticar, o que no mínimo é curioso...
Volto no entanto à questão dos interesses privados, não focando na (i)legitimidade com que alguns deles se movem, conseguindo muitas vezes alcançar os seus intentos mas no resultado que, no caso exemplificativo que aqui trago - o dos táxis - foi conseguido, que desde já reputo de extraordinário, de tão absurdo.
Se alguém no seu perfeito juízo viesse reclamar que existia uma chatice de uns novos concorrentes, a oferecerem o mesmo serviço de forma mais ágil, mais dinâmica, mais adaptada às ferramentas do nosso tempo, com maior qualidade e a preços mais competitivos, o que acham deveria ser a resposta?
Neste caso, pasme-se, até foram duas: - não só o Estado andou a perder tempo em batalhas jurídicas para impedir o aparecimento desta nova concorrência como, cereja no topo do bolo, ainda vai utilizar o nosso dinheiro para subsidiar os táxis, certamente por razões atendíveis que sou eu não consigo entender.
Trabalhar para melhorar, formar os profissionais, investir no produto, isso nem pensar; seria aliás uma estupidez, como se viu...
Aqui chegado e à míngua de caracteres, apetece-me rematar com um: também quero! O enquadramento permite-me sonhar pois também estou aí para ter novos concorrentes e seria bem mais fácil (alguns diriam até lógico) esperar que o Estado venha em meu socorro tratar de cuidar do que é meu.
Por acaso, se calhar até não me apetece; é muito bom e faz-nos muito bem ter concorrência, sobretudo quando ela é melhor do que nós. E tristes daqueles que não percebem isto...
André Barreto
Diário de Notícias da Madeira
Sexta, 8 de Abril de 2016
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