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Cata-ventos
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Cata-ventos
Não precisamos no sindicalismo de cata-ventos nem de megafones de partidos.
O trabalho e o emprego são uma causa dos nossos dias. Razão suficiente para que as comemorações do 1º de Maio fossem mais marcantes do que são e do que foram. Não falo pelos ‘bonecos’ televisivos, ‘pintados’ com as habituais manifestações organizadas pelos sindicatos, mas transversalmente, na própria sociedade. O desemprego estrutural, o desemprego jovem e a precariedade laboral em Portugal e na Europa, em particular, são gritantes e justificam políticas, movimentos e reflexão pública à altura da sua gravidade.
O sindicalismo é uma peça fundamental deste combate, mas a sua importância social e eficácia têm sido largamente comprometidas. E são-no sobretudo pela instrumentalização partidária a que tem sido sujeito. A perceção de que os sindicatos são tantas vezes meras extensões de partidos políticos, mudando táticas e lógicas discursivas à medida dos Governos em funções, trai não apenas a nobreza da causa, como a sua eficácia e credibilidade. Não precisamos no sindicalismo de cata-ventos nem de megafones de partidos, mas de estruturas independentes que representem os trabalhadores e uma visão de futuro para o trabalho e o emprego.
Até os dados oficiais mostram ‘simpatias’: no 1º trimestre de 2016, foram apresentados apenas 105 pré-avisos de greve, contra os mais de 300 em igual período de 2015. Em abono da verdade, sem que se tenha alterado significativamente o quadro de emprego e trabalho em Portugal. Também por isso tem caído a pique o número de trabalhadores sindicalizados. Na passada semana, ficámos a conhecer os números: só nos últimos quatro anos, a maior intersindical (CGTP) perdeu 63 588 associados, num universo que é agora pouco superior a meio milhão. Nota final positiva para a UGT, que abdicou dos ‘grandes centros’ de Lisboa e Porto, para concentrar as suas manifestações em Viseu, no coração do Interior. Assim se fala ao ‘país real’.
03.05.2016 00:30
ALMEIDA HENRIQUES
Presidente da Câmara Municipal de Viseu
Correio da Manhã
O trabalho e o emprego são uma causa dos nossos dias. Razão suficiente para que as comemorações do 1º de Maio fossem mais marcantes do que são e do que foram. Não falo pelos ‘bonecos’ televisivos, ‘pintados’ com as habituais manifestações organizadas pelos sindicatos, mas transversalmente, na própria sociedade. O desemprego estrutural, o desemprego jovem e a precariedade laboral em Portugal e na Europa, em particular, são gritantes e justificam políticas, movimentos e reflexão pública à altura da sua gravidade.
O sindicalismo é uma peça fundamental deste combate, mas a sua importância social e eficácia têm sido largamente comprometidas. E são-no sobretudo pela instrumentalização partidária a que tem sido sujeito. A perceção de que os sindicatos são tantas vezes meras extensões de partidos políticos, mudando táticas e lógicas discursivas à medida dos Governos em funções, trai não apenas a nobreza da causa, como a sua eficácia e credibilidade. Não precisamos no sindicalismo de cata-ventos nem de megafones de partidos, mas de estruturas independentes que representem os trabalhadores e uma visão de futuro para o trabalho e o emprego.
Até os dados oficiais mostram ‘simpatias’: no 1º trimestre de 2016, foram apresentados apenas 105 pré-avisos de greve, contra os mais de 300 em igual período de 2015. Em abono da verdade, sem que se tenha alterado significativamente o quadro de emprego e trabalho em Portugal. Também por isso tem caído a pique o número de trabalhadores sindicalizados. Na passada semana, ficámos a conhecer os números: só nos últimos quatro anos, a maior intersindical (CGTP) perdeu 63 588 associados, num universo que é agora pouco superior a meio milhão. Nota final positiva para a UGT, que abdicou dos ‘grandes centros’ de Lisboa e Porto, para concentrar as suas manifestações em Viseu, no coração do Interior. Assim se fala ao ‘país real’.
03.05.2016 00:30
ALMEIDA HENRIQUES
Presidente da Câmara Municipal de Viseu
Correio da Manhã
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