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Mensagem por Admin Qui Ago 21, 2014 5:03 pm

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Copenhaga, capital da Dinamarca, quer ser a primeira cidade do mundo sem emissões de CO2, em 2025. No entanto, como muitas outras cidades e países bem-intencionados descobriram, reduzir significativamente as emissões de CO2 é muito mais difícil do que parece, e pode exigir alguma contabilidade criativa.

O que é mais surpreendente é que os políticos de Copenhaga declararam, com segurança, que o corte de CO2 acabará por tornar a cidade e os seus cidadãos mais prósperos, já que os investimentos em energia verde acabarão por compensar a subida dos preços dos combustíveis fósseis. Mas como é que limitar deliberadamente as opções de alguém pode melhorar as suas perspectivas? Isto soa a argumentos dos militantes verdes – e o mais provável é que estejam errados.
 
O primeiro desafio que Copenhaga enfrenta no seu objectivo de reduzir a zero as emissões de carbono é a falta de alternativas económicas para alguns emissores de CO2, especialmente os automóveis. A Dinamarca já oferece o maior subsídio do mundo para carros eléctricos, isentando-os do imposto de registo automóvel de 180%. Para o carro eléctrico mais popular, o Nissan Leaf, esta isenção é de 63 mil euros. No entanto, apenas 1.536 dos 2,7 milhões de carros da Dinamarca são eléctricos.
 
Existe também o desafio inerente à electricidade gerada pelo vento: garantir que a cidade pode continuar a funcionar quando o vento não está a soprar. Para resolver este problema, Copenhaga teve que elaborar uma estratégia de produção de energia que lhe permite, por vezes, funcionar com recurso ao carvão, quando necessário, sem a criação de emissões líquidas.
 
O plano da cidade é a construção de mais de 100 turbinas eólicas dentro da área metropolitana de Copenhaga e nas águas pouco profundas que a rodeiam. Com uma potência combinada de 360 ??megawatts, que irá alimentar eletricidade na rede, essas turbinas mais do que cobrirão as necessidades de energia eléctrica de Copenhaga – sendo que o excedente pode ser utilizado para compensar as restantes emissões de CO2 da cidade, incluindo as geradas pelos milhões de automóveis não eléctricos.
 
O sucesso de Copenhaga depende, assim, das áreas circundantes que não partilham o objectivo de neutralidade de CO2. Afinal de contas, o exercício de contabilidade, no seu conjunto, só funciona se os outros ainda estiverem a utilizar combustíveis fósseis que o poder imprevisível do vento de Copenhaga possa substituir. Neste sentido, Copenhaga está a aproveitar a oportunidade de mostrar superioridade.
 
Os líderes políticos da cidade garantem que esta estratégia para alcançar a neutralidade de carbono "fornece um quadro económico global positivo e vai trazer benefícios económicos para os habitantes de Copenhaga" com base na expectativa de que os preços de fontes de energia convencionais, como o carvão, petróleo e gás vão subir no próximo ano. No entanto, a justificação mais frequente deste pressuposto - que a humanidade está a esgotar rapidamente estes recursos escassos - é incompatível com os acontecimentos do mundo real, já que inovação tem ampliado efectivamente as reservas de petróleo, gás e carvão para níveis sem precedentes nos últimos anos.
 
Consideremos o plano de turbinas eólicas de Copenhaga, a maior fonte esperada de poupança. O custo total estimado da construção e manutenção é de 919 milhões de dólares. Mesmo assumindo um grande imposto sobre o carbono, ele representa uns escassos 142 milhões de dólares, o que significa que o valor do projecto - 261 milhões em poupanças – provém, em grande parte, dos 1,04 mil milhões de dólares poupados no pagamento de electricidade.  
 
Ainda que pareça impressionante, depende de um enorme aumento de 68% no preço da electricidade produzida a partir de combustíveis fósseis até 2030 e Copenhaga não é a única a fazer tais suposições; o Departamento de Energia e Mudanças Climáticas do Reino Unido estima um aumento dos preços de 51% em 2030.
 
É provável que estas projecções sejam irrealistas. Vejamos as tendências de longo prazo dos preços do carvão e do gás, que alimentam uma grande parte da produção mundial de electricidade. Apesar do aumento recente, os preços reais do carvão têm registado uma tendência de queda desde 1950.
 
Nos Estados Unidos, a revolução do gás de xisto, facilitada pelo desenvolvimento da fracturação hidráulica ("fracking"), conduziu os preços para os níveis mais baixos desde que o gás natural ganhou destaque após as crises do petróleo da década de 1970. Na medida em que muitos mais países se estão a preparar para explorar as reservas de gás de xisto na próxima década, esta tendência deverá continuar, ajudando a reduzir ainda mais o custo da produção de electricidade. Por esta razão, o centro de análise de dados sobre os mercados energéticos, Aurora Energy Research, estimou recentemente uma queda significativa nos preços da electricidade para as próximas três décadas.
 
A tecnologia de fracturação hidráulica também permitiu aos EUA usarem as suas grandes reservas de óleo de xisto, tornando-se o maior produtor de petróleo do mundo, à frente da Arábia Saudita. O Citigroup estima que, até 2020, o petróleo custará apenas 75 dólares por barril, enquanto o ex-director de previsões internacionais da OCDE sugere que o número pode estar mais perto dos 50 dólares.
 
Isto é inconveniente para os mandarins do clima no Reino Unido e Copenhaga, porque reduz o fascínio pela energia limpa. Mesmo que os preços da electricidade gerada por combustíveis fósseis permaneçam constantes, as turbinas eólicas de Copenhaga serão uma perda. Se a previsão da Aurora estiver correcta, o projecto eólico de Copenhaga seria um enorme fracasso, custando 50% mais do que o valor da electricidade economizada.
 
Em vez de permitir que os políticos gastem dinheiro público em projectos climáticos baseados em previsões incertas e remotas, os cidadãos deviam exigir aos seus líderes que investissem esses recursos em pesquisa e desenvolvimento de energia limpa, com o objetivo de tornar o preço das energias renováveis ??baixo o suficiente para superar os combustíveis fósseis no mercado. Por mais maravilhosas que pareçam, iniciativas como a de Copenhaga são, em última análise, pouco mais do que projectos de vaidade muito caros.
 
Bjørn Lomborg, professor adjunto na Copenhagen Business School, é fundador e director do Centro de Consenso de Copenhaga.
 
Direitos de Autor: Project Syndicate, 2014.
www.project-syndicate.org
Tradução: Rita Faria

21 Agosto 2014, 15:13 por Bjørn Lomborg | © Project Syndicate, 2008 www.project-syndicate.org
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