Procurar
Tópicos semelhantes
Entrar
Últimos assuntos
Tópicos mais visitados
Quem está conectado?
Há 94 usuários online :: 0 registrados, 0 invisíveis e 94 visitantes Nenhum
O recorde de usuários online foi de 864 em Sex Fev 03, 2017 11:03 pm
Viver Sem Máscaras
Página 1 de 1
Viver Sem Máscaras
Vivemos uma vida dupla ou múltipla neste labirinto da modernidade, presos, constantemente confrontados com as escolhas, a necessidade de ousar agir ou de crer, de se desesperar ou deixar de acreditar. O filósofo dinamarquês Soren Kierkegaard deambula por tais labirintos de rostos com máscaras que nos aflige e nos aprisiona.
Não creio, como dizia Ralph Waldo Emerson, que “todo o homem é sincero sozinho e que a hipocrisia tem início quando aparece uma segunda pessoa.” A honestidade, sinceridade, verdade devem existir e ser uma constante nas nossas vidas, seja no confronto com os outros seja, sobretudo, connosco próprios. Este exercício de interioridade, de prospeção do eu até às águas freáticas do seu poço exige que estejamos conectados à verdade, à nossa responsabilidade, confrontando-nos com as nossas fragilidades, medos, crenças falsas, convicções erradas.
Este labirinto em que a sociedade vive vai criando autómatos, orientados por um consumismo desenfreado, desprovidos de pensamento e de sentimentos, de respeito e capacidade de raciocinar, de observar e de agir corretamente, privados de princípios e valores morais elevados.
E nesta loucura, as crianças e idosos vão sendo penalizados, punidos, consumidos. De acordo com a Direção Geral da Saúde, as crianças portuguesas, até aos 14 anos, consomem mais de 5 milhões de doses por ano de psicofármacos, como a Ritalina. Dizem que é para tratar a Perturbação de Hiperatividade e Défice de Atenção (PHDA). Assobiamos para o lado e deixamos de olhar de frente para as causas dos problemas, em profundidade. Mascara-se os sintomas com psicofármacos, em vez de assumirmos que as crianças e idosos sentem medo, solidão, sentem dificuldade em gerir as relações, as pressões.
É preciso parar. É urgente debater e refletir sobre o mundo que nos rodeia e nós próprios, as nossas atitudes e comportamentos, tomando consciência que o uso da máscara vai arrastar consequências e efeitos nefastos às nossas vidas e às dos que nos rodeiam. Ser verdadeiro é isso: deixar cair a máscara! É nessa altura que o desespero emerge. Compreendemos que estamos a ser usados e revoltamo-nos contra as grandes mentiras que se vão edificando para nos impedir de enxergar a verdade.
No seu breve documentário, “The Lie We Live” — “A Mentira Em que Vivemos” —, Spencer Cathcart convida-nos a refletir sobre a liberdade, o sistema de ensino, o dinheiro, o capitalismo, o meio ambiente, a mudança climática, a alimentação, e por aí adiante.
De facto, a “internet dá-nos o poder de compartilhar uma mensagem e de unir milhões em todo o mundo. Enquanto ainda podemos, devemos usar os nossos monitores para nos aproximarmos, em vez de nos tornarmos mais distantes.” As redes sociais são poderosas ferramentas de comunicação que, sendo corretamente usadas, com capacidade crítica e discernimento quanto à manipulação, nos pode ajudar a construir um mundo de paz e a unir esforços em prol da felicidade e do bem-estar de todos.
“A vida é um baile de máscaras” — afirma Kierkegaard —, porque esconde a pessoa, o verdadeiro rosto por detrás da personagem. Escondidos, disfarçados, ocultos nunca poderemos construir um mundo de relações assentes na verdade. Assumirmos o nosso mal-estar, a nossa tristeza, as angústias, a indignação, a revolta faz de nós seres humanos verdadeiros, capazes de agir, de intervir e de mudar.
José Paulo Santos
05/05/2016
José Paulo Santos
Opinião
opiniao@newsplex.pt
Jornal i
Não creio, como dizia Ralph Waldo Emerson, que “todo o homem é sincero sozinho e que a hipocrisia tem início quando aparece uma segunda pessoa.” A honestidade, sinceridade, verdade devem existir e ser uma constante nas nossas vidas, seja no confronto com os outros seja, sobretudo, connosco próprios. Este exercício de interioridade, de prospeção do eu até às águas freáticas do seu poço exige que estejamos conectados à verdade, à nossa responsabilidade, confrontando-nos com as nossas fragilidades, medos, crenças falsas, convicções erradas.
Este labirinto em que a sociedade vive vai criando autómatos, orientados por um consumismo desenfreado, desprovidos de pensamento e de sentimentos, de respeito e capacidade de raciocinar, de observar e de agir corretamente, privados de princípios e valores morais elevados.
E nesta loucura, as crianças e idosos vão sendo penalizados, punidos, consumidos. De acordo com a Direção Geral da Saúde, as crianças portuguesas, até aos 14 anos, consomem mais de 5 milhões de doses por ano de psicofármacos, como a Ritalina. Dizem que é para tratar a Perturbação de Hiperatividade e Défice de Atenção (PHDA). Assobiamos para o lado e deixamos de olhar de frente para as causas dos problemas, em profundidade. Mascara-se os sintomas com psicofármacos, em vez de assumirmos que as crianças e idosos sentem medo, solidão, sentem dificuldade em gerir as relações, as pressões.
É preciso parar. É urgente debater e refletir sobre o mundo que nos rodeia e nós próprios, as nossas atitudes e comportamentos, tomando consciência que o uso da máscara vai arrastar consequências e efeitos nefastos às nossas vidas e às dos que nos rodeiam. Ser verdadeiro é isso: deixar cair a máscara! É nessa altura que o desespero emerge. Compreendemos que estamos a ser usados e revoltamo-nos contra as grandes mentiras que se vão edificando para nos impedir de enxergar a verdade.
No seu breve documentário, “The Lie We Live” — “A Mentira Em que Vivemos” —, Spencer Cathcart convida-nos a refletir sobre a liberdade, o sistema de ensino, o dinheiro, o capitalismo, o meio ambiente, a mudança climática, a alimentação, e por aí adiante.
De facto, a “internet dá-nos o poder de compartilhar uma mensagem e de unir milhões em todo o mundo. Enquanto ainda podemos, devemos usar os nossos monitores para nos aproximarmos, em vez de nos tornarmos mais distantes.” As redes sociais são poderosas ferramentas de comunicação que, sendo corretamente usadas, com capacidade crítica e discernimento quanto à manipulação, nos pode ajudar a construir um mundo de paz e a unir esforços em prol da felicidade e do bem-estar de todos.
“A vida é um baile de máscaras” — afirma Kierkegaard —, porque esconde a pessoa, o verdadeiro rosto por detrás da personagem. Escondidos, disfarçados, ocultos nunca poderemos construir um mundo de relações assentes na verdade. Assumirmos o nosso mal-estar, a nossa tristeza, as angústias, a indignação, a revolta faz de nós seres humanos verdadeiros, capazes de agir, de intervir e de mudar.
José Paulo Santos
05/05/2016
José Paulo Santos
Opinião
opiniao@newsplex.pt
Jornal i
Tópicos semelhantes
» IDEIAS POLÍTICAS - Espírito liberal: «viver e deixar viver»
» As máscaras caem com o cheiro a poder
» Viver com medo
» As máscaras caem com o cheiro a poder
» Viver com medo
Página 1 de 1
Permissões neste sub-fórum
Não podes responder a tópicos
|
|
Qui Dez 28, 2017 3:16 pm por Admin
» Apanhar o comboio
Seg Abr 17, 2017 11:24 am por Admin
» O que pode Lisboa aprender com Berlim
Seg Abr 17, 2017 11:20 am por Admin
» A outra austeridade
Seg Abr 17, 2017 11:16 am por Admin
» Artigo de opinião de Maria Otília de Souza: «O papel dos custos na economia das empresas»
Seg Abr 17, 2017 10:57 am por Admin
» Recorde de maior porta-contentores volta a 'cair' com entrega do Maersk Madrid de 20.568 TEU
Seg Abr 17, 2017 10:50 am por Admin
» Siemens instalou software de controlo avançado para movimentações no porto de Sines
Seg Abr 17, 2017 10:49 am por Admin
» Pelos caminhos
Seg Abr 17, 2017 10:45 am por Admin
» Alta velocidade: o grande assunto pendente
Seg Abr 17, 2017 10:41 am por Admin