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A ideologia da escola pública
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A ideologia da escola pública
Tenho as minhas duas filhas numa escola privada. Em casa, já determinámos que quando elas chegarem ao 7.º ano de escolaridade vão para a escola pública, o Liceu Pedro Nunes. Se houvesse na minha zona de residência uma boa escola primária pública era lá que elas estavam. Uma escola que pudesse e soubesse perceber que, mesmo com as minhas filhas que são gémeas, é fundamental iniciar a aprendizagem das crianças tendo em conta que elas são muito diferentes umas das outras e têm, portanto, necessidades e ritmos diferentes. Há escolas públicas assim, mas não estão perto de mim.
A educação dos filhos é determinante para o que eles vão ser como adultos. Por isso, faço um esforço financeiro para poder ter as duas filhas num colégio privado. Sonho ter uma escola pública de tal modo inclusiva e eficaz que não obrigue muitos pais a ter de fazer esta opção. Com o que eu nunca sonho é com os impostos de todos os portugueses para me ajudar a pagar a opção que fiz em relação à escola das minhas filhas. Isto significa que eu tenho um preconceito ideológico em relação aos colégios privados? Por certo não terei, porque de outro modo as minhas filhas não estariam no privado.
No meu ideal de justiça social existe a melhor escola pública, onde verdadeiramente possa começar uma igualdade de oportunidades que teima em não existir em Portugal. Sou defensor de que o dinheiro do Estado, dos contribuintes, no que à educação diz respeito, deve ser inteiramente canalizado para a escola pública. Com excepções? Claro, de forma temporária, nos tais casos em que os privados fazem o que compete ao Estado fazer. Investindo no sector público, para que isso deixe de acontecer.
Os contratos de associação não são, não podiam ser, para que exista liberdade de escolha. Os contratos de associação não podem ser uma espécie de cheque-educação às escondidas. É de facto uma questão ideológica que está em causa. É por ideologia que defendo a escola pública. Na verdade, eu é que não tenho verdadeira liberdade de escolha. Se tivesse, escolhia a escola pública. É por isso que o que faz falta é aumentar o investimento, para que toda a escola pública seja boa.
Ideologia, como conjunto de ideias, convicções e princípios que caracterizam o pensamento de alguém é uma coisa boa, ao contrário do que nos quiseram dizer os que defendem mais contratos de associação. E eles também têm ideologia. Mas até o liberalismo pressupõe a igualdade de oportunidades. Não é cada um por si, desde a nascença.
Por decisão pessoal, o autor do texto não escreve segundo o novo Acordo Ortográfico
08 DE MAIO DE 2016
00:00
Paulo Baldaia
Diário de Notícias
A educação dos filhos é determinante para o que eles vão ser como adultos. Por isso, faço um esforço financeiro para poder ter as duas filhas num colégio privado. Sonho ter uma escola pública de tal modo inclusiva e eficaz que não obrigue muitos pais a ter de fazer esta opção. Com o que eu nunca sonho é com os impostos de todos os portugueses para me ajudar a pagar a opção que fiz em relação à escola das minhas filhas. Isto significa que eu tenho um preconceito ideológico em relação aos colégios privados? Por certo não terei, porque de outro modo as minhas filhas não estariam no privado.
No meu ideal de justiça social existe a melhor escola pública, onde verdadeiramente possa começar uma igualdade de oportunidades que teima em não existir em Portugal. Sou defensor de que o dinheiro do Estado, dos contribuintes, no que à educação diz respeito, deve ser inteiramente canalizado para a escola pública. Com excepções? Claro, de forma temporária, nos tais casos em que os privados fazem o que compete ao Estado fazer. Investindo no sector público, para que isso deixe de acontecer.
Os contratos de associação não são, não podiam ser, para que exista liberdade de escolha. Os contratos de associação não podem ser uma espécie de cheque-educação às escondidas. É de facto uma questão ideológica que está em causa. É por ideologia que defendo a escola pública. Na verdade, eu é que não tenho verdadeira liberdade de escolha. Se tivesse, escolhia a escola pública. É por isso que o que faz falta é aumentar o investimento, para que toda a escola pública seja boa.
Ideologia, como conjunto de ideias, convicções e princípios que caracterizam o pensamento de alguém é uma coisa boa, ao contrário do que nos quiseram dizer os que defendem mais contratos de associação. E eles também têm ideologia. Mas até o liberalismo pressupõe a igualdade de oportunidades. Não é cada um por si, desde a nascença.
Por decisão pessoal, o autor do texto não escreve segundo o novo Acordo Ortográfico
08 DE MAIO DE 2016
00:00
Paulo Baldaia
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