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Contagiar o país com o Web Summit
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Contagiar o país com o Web Summit
Enquanto evento âncora de promoção e internacionalização do empreendedorismo português, parece-nos indispensável alargar geograficamente os efeitos do Web Summit e assim abarcar um público mais amplo.
De acordo com um estudo da Informa D&B, para o período compreendido entre 2007 e 2014, é no Porto que se concentra a maior fatia de ‘startups’ do país: 36% do total. A região do Porto é agora a mais empreendedora de Portugal, ultrapassando Lisboa que representa 32% do tecido de ‘startups’.
Estes dados justificam-se, desde logo, pela tradição burguesa da cidade e pelo espírito empreendedor do Norte de Portugal, onde estão instalados os grandes setores exportadores do país. Mas há que acrescentar à equação o notável progresso que, nos últimos anos, o Porto e o litoral Norte em geral – de Aveiro a Braga – registaram ao nível dos ecossistemas empreendedores, das infraestruturas digitais e dos centros de produção e difusão do conhecimento.
Hoje, o ‘hub’ de empreendedorismo do Porto dispõe de um número considerável de instituições do ensino superior, centros de I&D+i, institutos de interface, incubadoras e aceleradoras de base tecnológica, associações empresariais e até investidores com alguma capacidade de financiamento. E se a este ‘hub’ somarmos os ecossistemas de Aveiro e Braga, por exemplo, temos uma região com bastantes potencialidades no segmento das ‘startups’ – o qual, como diz o mesmo estudo, representa 34% do tecido empresarial nacional, 46% do emprego gerado por esse mesmo tecido e 9,6% do volume total de negócios.
Claro que este ‘hub’ de empreendedorismo é muito jovem e apresenta algumas fragilidades, nomeadamente no acesso a capital, a recursos humanos qualificados e a redes internacionais. Por isso, há que criar condições para que o ‘hub’ do Porto tenha um impulso condizente com as suas potencialidades, de forma a aproveitar um contexto que, em Portugal e na Europa, é favorável ao empreendedorismo.
O atual Governo parece genuinamente apostado em promover o empreendedorismo, como se percebe pelas medidas já anunciadas para esta área, que vão desde o apoio financeiro ao combate à burocracia. Acresce que, nos próximos anos, as ‘startups’ portuguesas têm a possibilidade de concorrer aos incentivos do Portugal 2020 e do Horizonte 2020. Paralelamente, Lisboa vai receber, durante os próximos três anos, o Web Summit.
Ora, o Web Summit deve ter um efeito difusor sobre o resto do país, nomeadamente sobre a região Norte, ao invés de ficar confinado a Lisboa. Enquanto evento âncora de promoção e internacionalização do empreendedorismo português, parece-nos indispensável alargar geograficamente os efeitos do Web Summit e assim abarcar um público mais amplo: mais empreendedores, empresas, investidores, académicos, mentores, etc.. Para tanto, poder-se-iam realizar eventos paralelos ao Web Summit e com o seu ‘endorsement’, de modo a contagiar mais cidades e regiões com a dinâmica empreendedora que preside ao maior certame tecnológico do mundo.
Importa, contudo, não esquecer que em Portugal predominam os pequenos negócios, não raras vezes de autoemprego, cuja relevância socioeconómica não deve ser desvalorizada. Este empreendedorismo mais abrangente também necessita de incentivos, designadamente ao nível do financiamento. Daí a necessidade de um programa nacional de microcrédito, que permita a quem não tem acesso ao crédito bancário tradicional obter financiamento para criar negócios de pequena escala. Até porque, apesar da sua já aqui sublinhada importância, o Web Summit não vai resolver todos os problemas do empreendedorismo português…
O autor escreve ao abrigo do novo acordo ortográfico.
00:05 h
João Rafael Koehler, Presidente da ANJE
Económico
De acordo com um estudo da Informa D&B, para o período compreendido entre 2007 e 2014, é no Porto que se concentra a maior fatia de ‘startups’ do país: 36% do total. A região do Porto é agora a mais empreendedora de Portugal, ultrapassando Lisboa que representa 32% do tecido de ‘startups’.
Estes dados justificam-se, desde logo, pela tradição burguesa da cidade e pelo espírito empreendedor do Norte de Portugal, onde estão instalados os grandes setores exportadores do país. Mas há que acrescentar à equação o notável progresso que, nos últimos anos, o Porto e o litoral Norte em geral – de Aveiro a Braga – registaram ao nível dos ecossistemas empreendedores, das infraestruturas digitais e dos centros de produção e difusão do conhecimento.
Hoje, o ‘hub’ de empreendedorismo do Porto dispõe de um número considerável de instituições do ensino superior, centros de I&D+i, institutos de interface, incubadoras e aceleradoras de base tecnológica, associações empresariais e até investidores com alguma capacidade de financiamento. E se a este ‘hub’ somarmos os ecossistemas de Aveiro e Braga, por exemplo, temos uma região com bastantes potencialidades no segmento das ‘startups’ – o qual, como diz o mesmo estudo, representa 34% do tecido empresarial nacional, 46% do emprego gerado por esse mesmo tecido e 9,6% do volume total de negócios.
Claro que este ‘hub’ de empreendedorismo é muito jovem e apresenta algumas fragilidades, nomeadamente no acesso a capital, a recursos humanos qualificados e a redes internacionais. Por isso, há que criar condições para que o ‘hub’ do Porto tenha um impulso condizente com as suas potencialidades, de forma a aproveitar um contexto que, em Portugal e na Europa, é favorável ao empreendedorismo.
O atual Governo parece genuinamente apostado em promover o empreendedorismo, como se percebe pelas medidas já anunciadas para esta área, que vão desde o apoio financeiro ao combate à burocracia. Acresce que, nos próximos anos, as ‘startups’ portuguesas têm a possibilidade de concorrer aos incentivos do Portugal 2020 e do Horizonte 2020. Paralelamente, Lisboa vai receber, durante os próximos três anos, o Web Summit.
Ora, o Web Summit deve ter um efeito difusor sobre o resto do país, nomeadamente sobre a região Norte, ao invés de ficar confinado a Lisboa. Enquanto evento âncora de promoção e internacionalização do empreendedorismo português, parece-nos indispensável alargar geograficamente os efeitos do Web Summit e assim abarcar um público mais amplo: mais empreendedores, empresas, investidores, académicos, mentores, etc.. Para tanto, poder-se-iam realizar eventos paralelos ao Web Summit e com o seu ‘endorsement’, de modo a contagiar mais cidades e regiões com a dinâmica empreendedora que preside ao maior certame tecnológico do mundo.
Importa, contudo, não esquecer que em Portugal predominam os pequenos negócios, não raras vezes de autoemprego, cuja relevância socioeconómica não deve ser desvalorizada. Este empreendedorismo mais abrangente também necessita de incentivos, designadamente ao nível do financiamento. Daí a necessidade de um programa nacional de microcrédito, que permita a quem não tem acesso ao crédito bancário tradicional obter financiamento para criar negócios de pequena escala. Até porque, apesar da sua já aqui sublinhada importância, o Web Summit não vai resolver todos os problemas do empreendedorismo português…
O autor escreve ao abrigo do novo acordo ortográfico.
00:05 h
João Rafael Koehler, Presidente da ANJE
Económico
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