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Quando a carroça vem a trascalhar
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Quando a carroça vem a trascalhar
Antes dos veículos a vapor - ou mais recentemente os eléctricos -, o transporte de mercadorias e bens de um lugar para outro, principalmente aqui pela costa norte devido a orografia do território, era essencialmente feito às costas, por homens e mulheres. Mas julgo que existiram algumas excepções, nomeadamente nas zonas mais planas como a Santa do Porto Moniz e Santana, onde foram utilizadas carroças movidas por tração animal ou humana. Pelo menos pelos lados de São Vicente, não se ouve falar desse meio de transporte. É mais comum ouvir referências às corças, um espécie de estrado em madeira onde se amarrava a carga e que era puxado pela ladeira abaixo por um ou dois homens.
Talvez por estas razões, nesta zona é pouco utilizada a expressão “quando a carroça vem a trascalhar”, que ouvi pela primeira vez há poucos dias.
Foi durante uma conversa que metia futebol e políticos, que o Carlos se saiu com essa, quando alguém quis comparar os jogadores e treinadores de futebol aos políticos, ao dizer que são todos iguais, dizem todos a mesma coisa, falam muito e por vezes não dizem nada.
Então neste ultimo ano, quer num caso quer noutro, tem sido um falatório e sempre de coisas que não dão em nada. Diz o Alberto: “É o Jesus que fala, fala e vai ficar a ver estrelas. São os políticos que dizem que vem tudo aí a caminho, até um avião e um barco e nunca se vê nada, nem sequer o cabo para amarrar a Madeira, para não andar à deriva.”
Foi neste momento que o Carlos interrompe a conversa e diz: “Nunca ouviste dizer que “quando a carroça vem a trascalhar muito, vem vazia”? E então se for uma daquelas feitas com pedaços de madeira velhos e a estrada estiver esburacada ou com lombas como o túnel da Encumeada faz cá uma trascalhada que até mete medo ao susto. Já se vier cheia e pesada, nunca pode andar depressa, muito menos em estrada esburacada, vai mas é com cuidado para não se partir nem perder a mercadoria pelo caminho.
E remata o Alberto: “Pois, mas não te parece que sempre foi assim? Quem anda nesses lugares faz uma trascalhada dos diabos, mas na prática quando se vira a carroça é sempre igual, não deita nada e às vezes escangalha-se toda.”
Joel Freitas, Empresário
Diário de Notícias da Madeira
Sexta, 13 de Maio de 2016
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