Quando mal, nunca pior!

Até já querem pôr os bebés a nascer com o cartão de cidadão na mão. Podem ainda não ter nome, mas número de contribuinte não pode faltar

Aos poucos e poucos temos vindo a tentar corrigir os erros... É com regozijo que assisto à solução encontrada para o cais 8. Servirá agora de heliporto! De repente veio-me à ideia o tão desejado ferry e dei por mim a pensar onde o atracar... De momento só me ocorre na marina do Lugar de Baixo. Já o avião cargueiro, se quiser aterrar pode sempre fazê-lo nos terrenos do campo de golfe da Ponta do Pargo. Hole in one!

Para contornar a constante e fundada contestação aos preços das passagens aéreas e ao subsídio de mobilidade, a saída foi, também esta, de salutar. Já que as companhias insistem em praticar preços obscenos, não abrindo mão dos lucros astronómicos (que depois espatifam em não sei o quê... Sim, porque regra geral apresentam prejuízo), pede-se a S. Pedro que sopre com força. Assim ao menos a duração da “corrida” é maior e com sorte ainda podemos incluir escalas em destinos como Porto Santo ou Canárias. Ou mesmo o regresso à origem com novo passeio por iniciar. All inclusive!

Aproveitando a boleia e com o retângulo à vista, não é que um artista andou a aconselhar clientes que quiseram enviar dinheiro para paraísos fiscais e depois foi chamado para um cargo em que tinha como missão, entre outras, fiscalizar estas movimentações defendendo o superior interesse do Estado? Pior... Mesmo tendo sido solicitado, não concedeu autorização para serem publicados dados relativos às transferências para offshores. Resolveu assumindo a responsabilidade política! E? O que devia ter sido retido dos cerca de 10 mil milhões de euros quem assume? Não fica muito difícil adivinhar. Os mesmos do costume, pois está claro. Reparem que até já querem pôr os bebés a nascer com o cartão de cidadão na mão. Podem ainda não ter nome, mas número de contribuinte não pode faltar. Cruzes, credo, abreNúncio!

Finalmente, aterrado no aeroporto CR7, debruço-me sobre as equipas de futebol profissional. O Marítimo depois de ter sido patrocinado anos a fio por uma cadeia de supermercados regional que viria a ruir e dar lugar a alguns Continentes, parece manter-se de boa saúde. Chega-lhe o patrocínio do Governo Regional. Consta que o União recorreu a uma empresa de elevadores tal a facilidade com que sobe e desce (só não sobe de novo pois já arrancou tarde). O Nacional após tantos anos de resistência acabou por ceder a uma revista! Não é à Sábado que sai à quinta. É uma outra que sai à segunda. Mas ainda não está nada assinado. Embora pareça estar encaminhado.

All the best.

PEDRO NUNES , MÉDICO DENTISTA  / 16 MAR 2017 / 02:00 H.
Diário de Notícias da Madeira