Procurar
Tópicos semelhantes
Entrar
Últimos assuntos
Tópicos mais visitados
Quem está conectado?
Há 392 usuários online :: 0 registrados, 0 invisíveis e 392 visitantes :: 1 motor de buscaNenhum
O recorde de usuários online foi de 864 em Sex Fev 03, 2017 11:03 pm
Madeira: apostar forte no Turismo Activo (parte I)
Página 1 de 1
Madeira: apostar forte no Turismo Activo (parte I)
Uma primeira constatação: as autoridades e os operadores turísticos da Região ainda não mediram bem o alcance de um recurso turístico que advém da sua natureza privilegiada, que além de poder dar uma imagem favorável em consonância com as novas tendências do turismo mundial, pode fazer a diferença na promoção do turismo da Madeira, a par de estarmos a desenvolver um produto turístico de excelência.
Falo das levadas, que são únicas, e onde existem já registos de um turismo organizado, em 1860, em torno deste produto, ao ler-se dos autores Robert White e James Johnson uma publicação editada em Edimburgo intitulada «Madeira:Its Climate and Scenery»,seguida de outra publicada mais tarde em Londres, por Ellen Taylor, em 1882, designada por «Madeira:How to see it», onde se diz expressamente no que havia a fazer, e ver, pelos turistas ingleses que demandassem a Madeira, designadamente, o seguinte:
WALKS-«One of the most pictures and charming walks near Funchal is the waterfall, the source of the «levadas» which crosses the «Caminho do Meio» a litlle way above Mr.Hollway`s House.
Ou seja, as levadas já eram uma razão forte para ir á Madeira em programas de 1 dia e de 3 a 14 dias, existentes á época no mercado inglês, a par do clima, o que pode ser ilustrado pela frase seguinte: «the excursion to Rabaçal and back, can be made in the same way».
Portanto, não descobrimos hoje «a pólvora», as levadas já eram consideradas apetecíveis no século XIX e motivo de visita ao destino. Mas, hoje, as levadas não esgotam o deslumbramento que a paisagem madeirense oferece.
Quero com isto dizer que as levadas não fazem o pleno das caminhadas a pé para deleite dos turistas, porque existem caminhos e veredas que mereciam ser exploradas pela igual beleza das suas paisagens (ex: vereda do Pico do Areeiro ao Pico Ruivo) mas ainda estão por recuperar. Outras, como as antigas «estradas reais», podiam fazer reviver a história de outros tempos se devidamente identificadas, recuperadas e «contadas».
A procura a nível mundial neste segmento do turismo é tal que países como a Nova Zelândia ou a Costa Rica e regiões como a Ilha de La Palma (Canárias) especializaram-se neste tipo de turismo activo e vivem muito dele.
Mas não basta partir do que existe e melhorar as condições de usufruto de uma «experiência única» proporcionada pelo património natural da Ilha, é necessário investir mais neste produto para que tenha a escala pretendida e a adaptação que requer, em termos de alargamento da «rede» e sua adequação à prática do turismo a pé, com a segurança que é vital em trilhos a percorrer quantas vezes no meio de ribanceiras e túneis, onde nem se vê a luz do dia.
Quando se compara com o nível de investimentos em equipamentos colectivos sem necessidade, efectuados de há anos a esta parte, na região (desde túneis, a heliportos, passando por centros de convívio onde ninguém vai), não teria sido mais sensato ter investido em caminhos a pé, veredas, e outros trilhos, tal como, por exemplo, fizeram os espanhóis em Málaga com «o Caminito d`el Rey» (www.caminitodelrey.info) que custou milhões mas que o Governo Provincial espera poder amortizar em meia dúzia de anos com a receita das «entradas»? Não é isso que diferencia os governantes com visão dos que na gíria apelidamos de «vistas curtas»?
Nuno Jardim Fernandes
Diário de Notícias da Madeira
Domingo, 15 de Maio de 2016
Tópicos semelhantes
» Madeira: apostar forte no Turismo Activo (parte II)
» Vamos apostar no turismo?
» Turismo Em Portugal – Setor Em Mudança E Crescimento (Parte 1)
» Vamos apostar no turismo?
» Turismo Em Portugal – Setor Em Mudança E Crescimento (Parte 1)
Página 1 de 1
Permissões neste sub-fórum
Não podes responder a tópicos
Qui Dez 28, 2017 3:16 pm por Admin
» Apanhar o comboio
Seg Abr 17, 2017 11:24 am por Admin
» O que pode Lisboa aprender com Berlim
Seg Abr 17, 2017 11:20 am por Admin
» A outra austeridade
Seg Abr 17, 2017 11:16 am por Admin
» Artigo de opinião de Maria Otília de Souza: «O papel dos custos na economia das empresas»
Seg Abr 17, 2017 10:57 am por Admin
» Recorde de maior porta-contentores volta a 'cair' com entrega do Maersk Madrid de 20.568 TEU
Seg Abr 17, 2017 10:50 am por Admin
» Siemens instalou software de controlo avançado para movimentações no porto de Sines
Seg Abr 17, 2017 10:49 am por Admin
» Pelos caminhos
Seg Abr 17, 2017 10:45 am por Admin
» Alta velocidade: o grande assunto pendente
Seg Abr 17, 2017 10:41 am por Admin