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Filhos: quantos menos... melhores serão?
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Filhos: quantos menos... melhores serão?
Participei, como orador, no passado dia 18 no terceiro debate do ciclo “Mês da População” organizado, em Lisboa, pela Fundação Francisco Manuel dos Santos. Neste conjunto de 4 debates suscitava-se uma reflexão alargada sobre o problema da evolução demográfica em Portugal, em particular a baixa fecundidade e o envelhecimento populacional.
No debate intitulado “Filho Único: Menos é Mais” tive oportunidade de relembrar que a Economia da População é a área da Economia que estuda as decisões que os indivíduos tomam, ao longo da sua vida, de modo a terem a máxima satisfação dadas as restrições que enfrentam. Assim, após atingirem a maioridade os indivíduos têm que decidir se vão continuar a estudar e até que grau, se vão casar e quando (e se) vão ser pais e de quantos filhos. Estas decisões não têm que seguir uma ordem pré-estabelecida, no entanto parece existir uma ordem que a maioria dos indivíduos segue, a qual é a que se apresenta acima.
Centrando-me na decisão de ter filhos e do seu número (num cenário em que o casal já passou por todas as outras decisões) expliquei que o casal não só decide o número de filhos, mas também a qualidade de vida que quer dar a cada um deles. Deste modo existe a possibilidade de o casal maximizar o seu bem-estar tendo um só filho e dando-lhe uma qualidade que não poderia ter dado se tivesse mais filhos. Os estudos empíricos mostram que é isto o que acontece: as famílias com menos filhos tendem a ter filhos com mais educação, se bem que em termos de saúde não pareça existir diferença significativa entre os filhos de famílias com um ou poucos filhos e de famílias com muitos filhos.
Os casais portugueses escolheram ter menos filhos e dar-lhes maior qualidade, como se pode confirmar pelos indicadores do nível educacional atingido pelas gerações mais novas. Infelizmente muitos destes jovens não conseguiram encontrar trabalho compatível em Portugal e escolheram emigrar dando a outros países a mais-valia de poderem contar com uma mão-de-obra altamente qualificada e a custo zero. Perante esta situação, o urgente não é tentar que as famílias tenham mais filhos, mas encontrar formas de promover o crescimento económico e a criação de emprego de qualidade para que os poucos jovens que temos não abandonem o País e, se possível, alguns dos que foram “aconselhados” a emigrar voltem. Sem os jovens qualificados Portugal não tem futuro!
Pedro Telhado Pereira
Diário de Notícias da Madeira
Sábado, 21 de Maio de 2016
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