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Um tempo novo para o interior?
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Um tempo novo para o interior?
As recentes inaugurações do Túnel do Marão e do Parque de Ciência e Tecnologia de Vila Real - Regia-Douro Park - são momentos que dão confiança para acreditar num tempo novo para todo este interior norte do país, comumente designado de território de baixa densidade, e que prefiro antes apelidar de território desafiante.
Na cerimónia de inauguração do Túnel do Marão, o primeiro-ministro sublinhou que esta ligação rodoviária está desfasada 50 anos em relação à construção da Ponte 25 de Abril, o que elucida bem o atraso de investimentos em relação aos grandes centros urbanos. Relembrou que o interior Norte não pode continuar a representar 61% do PIB per capita em relação ao lado de lá do Marão, a zona do Grande Porto.
Indubitavelmente, o futuro destes territórios exige outras novas dinâmicas que diminuam, ou no mínimo atenuem, as crescentes assimetrias regionais. Após um ciclo de investimento em que a principal aposta se centrou na criação de uma gama diversa de infraestruturas e na requalificação de espaços públicos urbanos, o futuro convoca as regiões para dinâmicas vocacionadas para o conhecimento e para a atração de mão de obra qualificada. Neste contexto, a magnitude dos desafios societais e a centralidade atribuída ao conhecimento, no desenvolvimento do país, e sobretudo de regiões desafiantes, exigem a consolidação de efetivas redes colaborativas, integrando o poder central e regional, os municípios, o sistema científico e o tecido empresarial.
Na execução desta estratégia é determinante apostar num contrato estratégico, ou de legislatura, entre o Governo e as universidades que, entre outras prioridades, contemple as questões da coesão territorial. Por outras palavras, além de garantir estabilidade e previsão na qualificação dos portugueses, na implementação de projetos científicos e de valorização do conhecimento, visando o desenvolvimento socioeconómico nacional num quadro de referência internacional, importa consolidar as atribuições das universidades situadas nos territórios desafiantes que tenho denominado como universidades do "arco do interior".
Esta estratégia pode ser acompanhada pela Unidade de Valorização do Interior, envolvendo a organização de um programa estruturado de desenvolvimento e de inovação, com impacto no aproveitamento e potenciação do enorme stock de recursos endógenos destes territórios. Caso contrário, a coesão do país continuará em causa e os custos de aglomeração serão certamente, superiores aos benefícios, continuando a saga da divergência económica e social entre regiões.
* REITOR DA UTAD
António Fontainhas Fernandes
24 Maio 2016 às 00:01
Jornal de Notícias
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